Black Country Communion é o mais novo supergrupo que surgiu em 2010, a banda é formada por: Glenn Hughes (Deep Purple, Black Sabbath, Trapeze), Joe Bonamassa, Derek Sherinian (Dream Theater, Yngwie Malmsteen, Planet X) e Jason Bonham, filho do lendário John Bonham.
Black Country é o álbum de estréia da banda e recentemente alcançou o primeiro lugar nas paradas da BBC Rock Charts.
Black Country também é o nome da faixa que abre o disco. Uma música bastante agitada com uma percussão sólida e linha de baixo forte, Joe Bonamassa faz um bom solo, mas é Glenn Hughes quem se destaca, mostrando porque é conhecido como The Voice Of Rock.
One Last Soul é o primeiro single do grupo e já deve ter sido ouvido pela maioria, já que foi disponibilizado para download gratuitamente no site da banda. Apesar de parecer uma das músicas mais simples do álbum ela não deixa de ser ótima, o mais difícil é conseguir tirar o refrão grudento da cabeça depois de ouvi-la.
The Great Divide é um dos pontos altos do disco. Bonamassa executa um fraseado muito bom com um toque mais jazzista em certos momentos, Jason Bonham e Derek Sherinian também acompanham muito bem a música que é uma vitrine perfeita para o alcance vocal de Hughes.
Após três faixas de grande qualidade temos Down Again, que não chega a ser uma música completamente ruim, possui bons versos, mas se perde no refrão. Beggarman tem uma das letras mais simples, porém é difícil resistir à pegada da música principalmente com Jason Bonham descendo a lenha na bateria.
A sexta faixa, Song Of Yesterday, é o grande momento do álbum. Nela Bonamassa e Hughes alternam os vocais. A harmonia entre os instrumentos é excelente, com versos melódicos e um refrão mais pesado. O melhor solo de Joe Bonamassa em Black Country está nesta faixa. Derek Sherinian também é essencial para criar a atmosfera presente na música.
No Time, outra faixa com ritmo bastante cativante, é seguida por Medusa, canção clássica do Trapeze. Todos sabemos que se trata de uma música incrível, porém talvez tenha sido um pouco desnecessária, pois não há mais nada em especial ver Glenn Hughes cantando a música em vários dos projetos que participa nos últimos 40 anos.
Bonamassa assume os vocais em The Revolution In Me e executa bons solos com uma pegada mais blues rock.
Stand (At The Burning Tree) dá espaço para todos os membros da banda mostrarem o que sabem fazer em seus respecticos intrumentos, também temos o primeiro solo de Derek Sherinian em todo o álbum. Se formos apontar os pontos negativos do álbum a falta de espaço para Derek Sherinian é um deles, pois além de poucos solos o músico também soa bastante discreto em boa parte das músicas, deixando de mostrar todo o virtuosismo que possui.
Sista Jane é outra ótima faixa onde Hughes e Bonamassa dividem os vocais, possui também um bom refrão.
Too Late For The Sun com seus quase 12 minutos de duração encerra o álbum. Esta música com certeza será um dos principais pontos dos shows ao vivo devido à sua jam no final, gravada em apenas um take, que dá grande liberdade para improvisação.
Em Black Country podemos sentir uma química muito boa entre os integrantes, mesmo com alguns deles nunca tendo tocado juntos antes (Derek Sherinian nunca tinha ouvido nenhum trabalho de Joe Bonamassa até eles tocarem juntos). Apesar de não trazer nada extremamente original em relação aos outros projetos dos músicos envolvidos, Black Country é um ótimo disco.
Com essa avalanche dos chamados supergrupos que temos visto nos últimos anos, o Black Country Communion consegue se destacar entre eles com um debut de qualidade.
Se você é interessado em classic/hard rock vá em frente e ouça o álbum!
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