Entrevista: Into The Void
Em entrevista ao Metropolis Music, os americanos do Into The Void falam sobre seu novo álbum, a cena Metal da região, o processo de criação de seus clipes e muito mais
Band of Skulls
"Sweet Sour apresenta o trio ainda mais flexível, partindo de canções puramente densas à composições com toda a sutileza do folk."
Leonard Cohen
"As velhas ideias deste senhor ainda são muito superiores à várias novas sensações do cenário musical."
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Feliz 2011 a todos!!!
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Melhores Discos de 2010 - Parte 5
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Spiritual Beggars - Return To Zero [Review]
No geral, o álbum não tem tantas novidades, o estilo que a banda se propõe a fazer também não permite muitas mudanças, exceto pela estreia de Papathanasio, que, sem dúvida alguma, faz a banda soar diferente, mas é um ponto positivo, pois o vocalista se entrega verdadeiramente às canções com uma emoção tangível, fazendo a banda soa ainda melhor do que antes. A qualidade das músicas é indiscutível, e o Sipritual Beggars ainda destila o seu som fino, com toda a pompa que o hard rock setentista merece, uma verdadeira homenagem à essa década tão importante para o Hard Rock e o surgimento do Heavy Metal.
01. Return To Zero (intro)
02. Lost In Yesterday
03. Star Born
04. Chaos Of Rebirth
05. We Are Free
06. Spirit Of The Wind
07. Coming Home
08. Concrete Horizon
09. A New Dawn Rising
10. Believe In Me
11. Dead Weight
12. The Road Less Travelled
Álbum da Semana: Magic Christian Music - Badfinger
Em 1970, Paul McCartney declarava o fim dos Beatles. A Apple, gravadora criada pela banda em 1968 seguiu sua vida, lançando discos solos dos quatro Beatles. Mas a Apple não vivia só disso, ela contratou vários artistas e bandas, alguns muito populares, como James Taylor e Ravi Shankar, o guru de George Harrison, outros injustiçados e esquecidos, como o Badfinger.
O Badfinger foi a única banda de rock do selo Apple. Recebida com grande entusiasmo por John Lennon, que sugeriu o nome de The Glass Onion And Grad Pix, quando a banda ainda chamava-se The Iveys, e Paul McCartney, que compos a harmoniosa Come And Get It e participou de sua gravação tocando instrumentos de percussão. McCartney também aparece tocando piano em Rock Of All Ages, um rock agitado e inspirado; clássico da banda e candidato fácil a melhor faixa de Magic Christian Music.
O álbum está recheado de baladas fáceis, sinceras e divertidas simultaneamente, como Fisherman, Beautiful And Blue, Dear Angie e Maybe Tomorrow. Crimson Ship, Midnight Sun, Arthur, e a já citada Rock Of All Ages compõem o lado do rock n´ roll do play, que por sua vez, também é simples e contagiante.
Magic Christian Music pode até não ser o melhor disco da banda, mas as levadas melódicas da guitarra de Pete Ham e Tom Evans - que viriam a suicidar-se em períodos distintos - são gostosas, e o vocal saudosista de Ham e participações de Paul McCartney aumentam ainda mais esse clima. Típico do Badfinger, fácil digestão e simplicidade.
1. Come And Get It
2. Crimson Ship
3. Dear Angie
4. Fisherman
5. Midnight Sun
6. Beautiful And Blue
7. Rock Of All Ages
8. Carry On Till Tomorrow
9. I’m In Love
10. Walk Out In The Rain
11. Angelique
12. They’re Knocking Down Our Home
13. Give It A Try
14. Maybe Tomorrow
15. Storm in a Teacup
16. Arthur
Para fazer o download, é requisitado ser cadastrado no Fórum Metal Is The Law. Aproveite para debater sobre o Badfinger e outras bandas do mundo curioso do Rock, Metal, Jazz e Blues.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Dirty Side Down - Widespread Panic [Review]
Com 24 anos de vida, os americanos do Widespread Panic permanecem desconhecidos em terras tupiniquins, mas tendo o seu trabalho conhecido e adorado pelos americanos, que acompanham atenciosamente cada passo da banda.
O grupo faz uma mistura de country, southern rock e blues rock, e no seu som sentimos os reflexos de bandas como Allman Brothers Band, Creedence Clearwater Revival, Greatful Dead e Lynyrd Skynyrd, diferenciando-se pelo seu formato mais descontraído e um pouco mais leve.
Dirty Side Down é décimo primeiro disco da banda, e seguindo o exemplo dos últimos quatro álbuns, foi lançado pela própria gravadora da banda, Widespread Records, que vem põe os trabalhos da banda no mercado desde 2001.
As duas primeiras faixas, Saint Ex e North, com melodias revigorantes e refrões que levantam até defunto, servem sinopse de todo o álbum. Mesmo assim, a instrumental tímida, St. Louis, é a cereja da torta. As baladas conduzidas no violão This Cruel Thing e When You Coming Home são simpáticas e bem-vindas. As vitrines country, Shut Up and Drive e Clinic Cynic, e o fundamental rock do sul dos EUA em True To My Nature, Visiting Day e Cotton Was King, comprovam as fontes de inspiração e os ídolos do conjunto citadas no começo do texto.
Dirty Side Down é a prova viva da importância e influência do southern rock setentista. Singelo, beirando a ingenuidade, o play encanta a todos na primeira audição. Não é difícil imaginar porque ele está em 75% das listas de melhores de 2010 postadas até agora. Essencial é eufemismo!
1. Saint Ex
2. North
3. Dirty Side Down
4. This Cruel Thing
5. Visiting Day
6. Clinic Cynic
7. St. Louis
8. Shut Up and Drive
9. True to My Nature
10. When You Coming Home
11. Jaded Tourist
12. Cotton Was King
Os Melhores Discos de 2010 - Parte 4
Como só há lugar para 10 discos, alguns bons lançamentos tiveram que ficar de fora da lista, o mais difícil nessas horas era escolher quem tirar da lista. No fim das contas acredito que consegui selecionar os 10 lançamentos que mais me agradaram ao longo do ano. Sem mais enrolações, vamos ao que interessa:
Lista por Pedro Kirsten.
domingo, 26 de dezembro de 2010
Review: The Big 4 Live From Sofia, Bulgaria (DVD)
O encontro das bandas do chamado Big Four foi aguardado por fãs da música pesada durante décadas. Para aqueles que ainda não sabem, o Big Four consiste nas quatro bandas consideradas as mais importantes da cena Thrash Metal americana, as bandas são: Metallica, Slayer, Megadeth e Anthrax.
No dia 22 de junho de 2010, a espera de quase 30 anos chegou ao fim, e pela primeira vez na história as quatro bandas dividiram o palco. O local escolhido para o evento foi o Sonisphere Festival, na Bulgaria.
Os shows foram transmitidos para cerca de 800 cinemas em todo o mundo e recentemente as apresentações foram lançadas em três formatos: DVD, Blu-Ray e CD.
Trataremos aqui a versão em DVD. Como são quatro shows diferentes, nada melhor que falarmos de cada um isoladamente.
Anthrax:
A trupe de Scott Ian ficou encarregada de ser a primeira a subir ao palco. No momento uma parte do público ainda não havia chegado, e aos poucos os espaços vazios nas arquibancadas do estádio do Vasil Levski foram sendo preenchidas. O ano de 2010 também marcou o retorno de Joey Belladonna à banda. Durante a apresentação ficou visível que o cantor já não tem mais o mesmo fôlego e alcance de antigamente, porém tudo foi compensado pela dedicação e presença de palco. O repertório foi repleto de clássicos como Caught In A Mosh e Madhouse, além de ter tido espaço para Only, música da época em que John Bush era o vocalista da badna. Foi durante a apresentação do Anthrax que o público se mostrou menos participativo, mesmo com uma boa parte cantando as músicas e alguns mosh-pits. Aos poucos o público foi se soltando, principalmente durante o cover de Heaven And Hell para homenagear Ronnie James Dio, porém nada comparado com os shows seguintes. Ainda sim o show do Anthrax foi digno e mostrou a capacidade de seus músicos.
Megadeth:
O Megadeth não utilizou muito do tempo disponível para interagir com os presentes, foi um petardo atrás do outro quase sem intervalos. Holy Wars...The Punishment Due abriu o show e nem a forte chuva que caia foi o suficiente para impedir a empolgação dos fãs que cantaram em uníssono músicas como A Tout Le Monde e Peace Sells. O show que se assiste no DVD só não é perfeito por um motivo: os vocais de Dave Mustaine. Não, eles não estavam ruins, mas alguns trechos foram visívelmente "maqueados" em estúdio, não tanto quanto no DVD "Rust In Peace Live", mas o suficiente para deixar os trechos modificados sem vida e soando artificiais. Fora este detalhe foi um show e setlist matador, mesmo com a ausência de Tornado of Souls.
Slayer:
O Slayer, a única das quatro bandas ainda com a formação original, não teve pena de ninguém e colocou o local à baixo com o seu peso. Após a cirurgia no pescoço, Tom Araya não está mais "bangueando", mas continua soando o mesmo. A dupla de guitarristas, Jeff Hanneman e Kerry King, se mostrou afiada em todos os momentos, assim como Dave Lombardo, um show à parte na bateria. Foram tocados clássicos como Raining Blood e Seasons in the Abyss e também músicas do álbum mais recente como Hate Worldwide e World Painted Blood.
O show do Slayer encerra o conteúdo do disco 1.
Metallica:
Ok, é fato que 99% dos fãs não gostam dos três álbuns do Metallica lançados entre 1996 e 2003, mas também é fato que a banda retornou à boa forma com o "Death Magnetic" e que ela nunca deixou a desejar ao vivo. O show começou com o tradicional vídeo de Ecstasy of Gold antes da banda abrir com Creeping Death. O setlist percorreu todos os álbuns da banda, com exceção de "Load" e "St. Anger" (que não fizeram falta nenhuma). Músicas como Fuel ainda tiveram direito a um show de efeitos pirotécnicos.
O momento histórico chegou perto do fim da apresentação quando James Hetfield convidou todos os membros das outras bandas para a execução de Am I Evil? do Diamond Head. A única banda que não estava completa durante a música era o Slayer, apenas Dave Lombardo compareceu. Foi a primeira vez desde 1983 que Dave Mustaine tocou com o Metallica, quando foi demitido da banda.
Após a jam, uma viagem no tempo até o primeiro álbum do grupo, "Kill 'em All", onde Hit The Lights e Seek & Destroy encerraram a noite.
Além do show do Metallica, o disco 2 ainda contém um mini-documentário de 45 minutos, repleto de cenas dos bastidores que ainda incluem o ensaio para Am I Evil?.
São ao todo mais de cinco horas de show e apesar de algumas pequenas falhas, nenhuma é suficiente para manchar a performance das bandas. The Big 4 Live From Sofia, Bulgaria é sem dúvidas um item essencial para a coleção dos fãs de qualquer uma das quatro bandas.
Setlist Anthrax:
1. "Caught in a Mosh"
2. "Got the Time"
3. "Madhouse"
4. "Be All, End All"
5. "Antisocial"
6. "Indians"/"Heaven & Hell"
7. "Medusa"
8. "Only"
9. "Metal Thrashing Mad"
10. "I Am the Law"
Setlist Megadeth:
1. "Holy Wars... The Punishment Due"
2. "Hangar 18"
3. "Wake Up Dead"
4. "Head Crusher"
5. "In My Darkest Hour"
6. "Skin o' My Teeth"
7. "A Tout le Monde"
8. "Hook in Mouth"
9. "Trust"
10. "Sweating Bullets"
11. "Symphony of Destruction"
12. "Peace Sells"/"Holy Wars Reprise"
Setlist Slayer:
1. "World Painted Blood"
2. "Jihad"
3. "War Ensemble"
4. "Hate Worldwide"
5. "Seasons in the Abyss"
6. "Angel of Death"
7. "Beauty Through Order"
8. "Disciple"
9. "Mandatory Suicide"
10. "Chemical Warfare"
11. "South of Heaven"
12. "Raining Blood"
Setlist Metallica:
1. "Creeping Death"
2. "For Whom the Bell Tolls"
3. "Fuel"
4. "Harvester of Sorrow"
5. "Fade to Black"
6. "That Was Just Your Life"
7. "Cyanide"
8. "Sad but True"
9. "Welcome Home (Sanitarium)"
10. "All Nightmare Long"
11. "One"
12. "Master of Puppets"
13. "Blackened"
14. "Nothing Else Matters"
15. "Enter Sandman"
16. "Am I Evil?"
17. "Hit the Lights"
18. "Seek & Destroy"
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Vol(l)ume 14 - Tankard (Resenha)
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Innerspeaker - Tame Impala [Review]
Depois do EP autointitulado, o power trio australiano lança Innerspeaker, o seu disco de estréia. Em 2008 a banda assinou contrato com a Modular Records e lançou um EP com cinco músicas. Este o colocou em primeiro lugar no ranking das gravadoras independentes da Austrália (AIR) e em décimo na lista de singles mais vendidos do ranking oficial de música australiana (ARIA).
O grupo tem foco na psicodelia da década de 1960, tais como Jimi Hendrix Experience, Mothers Of Invention, Doors e Cream, constando maiores semelhanças com este último devido ao seu vocal mais limpo e detalhado. Essa característica, ora negativa, ora positiva, é um contrapeso ao instrumental robusto e corpulento. Isso confirma-se na instrumental Jeremy´s Storm, onde o grupo atinge um clímax psicodélico, que seria invejado até pelo mestre do improviso Jimi Hendrix, caso estivesse vivo. Outra música que certamente agradará os apreciadores do ''classic rock'', é Runway, Houses, City, Clouds, a mais longa do álbum, com pouco mais de sete minutos, é uma mini-suíte, fundamentada em um baixo cristalino e um tímido sintetizador moog. Tudo é exarcebado durante os solos, comprovando o ponto forte do trio.
Arranjos mais simples não podem ser ignorados, o Tame Impala também sabe fazer músicas de maior assimilaridade, que vez ou outra beiram o que pode chamar-se de rock alternativo, assim são Lucidity, cujo clip dá as caras, algumas vezes, pela massacrada MTV; I Don´t Really Mind e no tema de abertura It Isn´t Meant to Be.
O maior erro de Innerspeaker é a exclusão de Half Full Glass of Wine e Skeleton Tiger, músicas excepcionais, lançadas no primeiro EP, que fizeram grande sucesso no país de origem do grupo e até em alguns países europeus. O vocal transparente pode soar monótonos em alguns momentos das audições iniciais, mas depois de dar uma atenção maior, entendemos melhor a proposta angelical, e aí posso ousar citar influência do supergrupo sessentista Crosby, Stills & Nash - principalmente Neil Young.
Com uma produção exemplar de Kevin Parker, Innerspeaker entra no hall de melhores discos do ano. Um psicodelismo ingênuo e sem firulas, contradizendo o tabu de que a psicodelia é inconclusiva e sem sentido. Estréia excelente, mas arrisco a previsão de que a banda irá desenvolver-se e lançará discos ainda melhores.
Tracklist
1. "It Isn't Meant to Be" 5:22
2. "Desire Be, Desire Go" 4:26
3. "Alter Ego" 4:47
4. "Lucidity" 4:31
5. "Why Won't You Make Up Your Mind?" 3:19
6. "Solitude Is Bliss" 3:55
7. "Jeremy's Storm" 5:28
8. "Expectation" 6:02
9. "The Bold Arrow of Time" 4:24
10. "Runway, Houses, City, Clouds" 7:15
11. "I Don't Really Mind" 3:46
Melhores Discos de 2010 - Parte 3
2010 foi um ano muito produtivo para a música.
Lista por Guilherme Cruz.
Aquarius é o debut da banda Haken. O álbum já era ansiosamente esperado e não decepcionou em nada, foi altamente elogiado pelas mídias especializadas em prog rock/metal e música em geral, fundindo perfeitamente jazz e metal. Prog complexo, virtuoso e original.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
What If... - Mr. Big (Resenha)
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Melhores Discos de 2010 - Parte 2
10º) Blood Of The Nations - Accept
9º) The Obsidian Conspiracy - Nevermore
8º) At The Edge Of Time - Blind Guardian
Nos últimos discos o Blind Guardian tem se distanciado um pouco do power metal que a consagrou, talvez Nightfall In Midle-Earth tenha sido o último nessa linha, e, apesar de a banda continuar agregando elementos que possam somar ao seu som, confesso que torci o nariz para o rumo que a banda estava tomando, mas esse disco...é brilhante! É repleto de momentos épicos, com orquestrações pomposas, solos arrepiantes, os coros já conhecidos, além de elementos folk que dão toda uma atmosfera mística. Sem contar Hansi Kürsch, com sua ainda incrível potência de voz aliada ao seu conhecido talento para interpretar as músicas.
7º) Afraid Of Me - Auvernia
6º) Poetry For The Poisoned - Kamelot
5º) Sting In The Tail - Scorpions
4º) The Never Ending Way Of OrwarriOR - Orphaned Land
Depois de 6 anos da obra-prima "Mabool", a expectativa era muito grande em torno deste álbum e a pressão em cima da banda para fazer um disco a altura de seu predecessor era muito grande. E para felicidade geral, a banda conseguiu, e diria até que se superou. As inserções de música árabe e elementos orientais são muito bem feitas e extremamente cativantes e a criatividade da banda é inesgotável. Ouvir esse álbum é uma experiência única e indescritível, só ouvindo para entender.
3º) Dirty Side Down - Widespread Panic
2º) Black Country - Black Country Comuunion
Conheci a banda a pouco tempo, e, depois de ouvir o excelente Demons, vi que a banda tinha lançado um álbum esse ano e tive vontade de ouvir, ainda mais depois de saber que a banda era de um dos meus guitarristas preferidos, Michael Amott. Um hard rock misturado às veias metálicas dos integrantes fazem um som sensacional, com verdadeiras pérolas que fazem jus às inspirações claras da banda, como Black Sabbath e Deep Purple, e poderiam até vir diretamente delas. Uma verdadeira homenagem ao hard rock setentista. O melhor disco do ano!