Entrevista: Into The Void
Em entrevista ao Metropolis Music, os americanos do Into The Void falam sobre seu novo álbum, a cena Metal da região, o processo de criação de seus clipes e muito mais
Band of Skulls
"Sweet Sour apresenta o trio ainda mais flexível, partindo de canções puramente densas à composições com toda a sutileza do folk."
Leonard Cohen
"As velhas ideias deste senhor ainda são muito superiores à várias novas sensações do cenário musical."
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Álbum da Semana: The House Of Atreus Act I - Virgin Steele
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Angra - Aqua [Review]
Quatro anos após o lançamento do criticado Aurora Consurgens, o Angra está de volta com seu mais novo álbum, Aqua. Inspirado na peça de Shakespeare, A Tempestade, Aqua vem com a proposta de trazer de volta elementos da banda presente em álbuns anteriores, começando pelo retorno de Ricardo Confessori, mas tudo isso sem deixar de evoluir musicalmente.
Como de costume o álbum começa com uma faixa introdutória orquestrada e com alguns coros. Esta é logo seguida pelo primeiro single do álbum, Arising Thunder. Rápida e com um toque de metal neoclássico, Arising Thunder funciona bem no contexto em que é colocada no álbum. Apesar de ser um single a música não chega nem perto de mostrar o que o álbum realmente tem a oferecer, o que é um ponto bastante positivo para alguns, levando em consideração as críticas bastante variadas que a faixa recebeu após seu lançamento.
Awake From Darkness, soa uma típica música do Angra. Tem um ótimo trabalho de percussão e guitarras, mas o que faz a música ganhar destaque é o belo interlúdio de piano e violino no meio da faixa, há uma queda de ritmo bastante drástica nesse trecho e surpreende na primeira audição. O piano e o violino dão espaço para um solo de guitarra antes da música se reestabelecer no ritmo inicial.
Lease Of Life é uma bela balada, o piano soa bem, assim como as guitarras. O destaque nessa faixa fica com Edu Falaschi que conseguiu encontrar um timbre que se encaixa perfeitamente com a música.
The Rage Of The Waters, com riffs pesados e boa linha de baixo, possuí um toque de progressivo, que fica mais evidente nas faixas seguintes, o ponto fraco da música é o refrão que anima pouco.
Um dos destaques de Aqua é sem dúvidas Spirit Of The Air. Esta possui um clima que lembra bastante o álbum Temple Of Shadows. Há belos arranjos de violão com alguns coros ao fundo deixando a música mais atmosférica.
O clima um pouco mais leve de Spirit Of The Air é imediatamente quebrado por Hollow, faixa mais pesada e obscura do álbum. Hollow possuí várias quebras de ritmo e mudanças de harmonia além de ótimos timbres de guitarra e o trabalho de baixo e bateria de Ricardo Confessori e Felipe Andreoli ficou matador.
A Monster In Her Eyes é uma faixa bastante interessante, com bons arranjos e linhas vocais a música possui um pouco daquele toque mais progressivo citado anteriormente que aumenta muito mais na penúltima faixa do disco: Weakness Of A Man. Esta última citada é extremamente bem trabalhada e variada, uma ótima composição da dupla Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt.
Ashes, com bons arranjos e melodia, encerra muito bem o álbum.
Em Aqua podemos perceber que a banda, apesar das várias mudanças de formação entre outros problemas ao longo da carreira ainda consegue apresentar composições de ótima qualidade. Aqua é um disco inspirado e aos poucos vai flertando cada vez mais com outros gêneros musicais como o progressivo e o clássico, porém não apresenta nehuma mudança drástica na sonoridade da banda. Isto pode-se considerar o correto a fazer, pois o momento não era de grandes mudanças e sim de resgatar aquilo que a banda sabe fazer de melhor e acrescentar os detalhes que enriquecem o álbum, a volta de Ricardo Confessori foi um dos pontos que contribuíram para que isto fosse possível.
A dupla de guitarristas, Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt, fez novamente um bom trabalho assim como Felipe Andreoli e Ricardo Confessori, também vale a pena destacar Edu Falaschi que mudou sua forma de cantar, sem tentar alcançar notas muito altas e sem soar forçado, e encontrou alguns timbres bastante densos, acredito que devido a isto não haverá problemas para ele na execução do álbum nos shows.
Enfim, Aqua é um lançamento bem sólido e que com certeza agradará (e vem agradando) a maioria dos fãs. Destaques para: Spirit Of The Air, Weakness Of A Man, Hollow e Awake From Darkness.
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segunda-feira, 16 de agosto de 2010
As Cenas de Uma Vida Passada - Ato I
Em Outubro de 1999 era lançado Metropolis Pt.2: Scenes From A Memory, quinto álbum de estúdio do Dream Theater, muitas vezes considerado uma obra-prima não só da banda, mas sim de todo o progressive metal. Porém para esta matéria deixaremos a parte musical um pouco de lado para tratarmos de outro ponto importante e interessante do álbum: o conceito que o envolve.
Scenes From A Memory é dividido em dois atos. Devido ao tamanho da matéria o post foi dividido em dois, onde neste trataremos do Ato I e no próximo o Ato II.
O álbum dá continuidade à música Metropolis Pt. 1: The Miracle And The Sleeper presente no álbum Images & Words, e conta a história de Nicholas e sua descoberta de uma vida passada. É recomendado que também se leia as letras e ouça o álbum para que a história fique mais clara.
Ato 1:
Cena Um: Regression O álbum inicia com Nicholas relaxando aos sons da voz de um hipnoterapeuta, fazendo-o entrar em hipnose em um estado de regressão (a chamada terapia de vidas passadas). Partes de The Spirit Carries On e Home podem ser ouvidas ao fundo. A música termina com Nicholas se encontrando com uma garota chamada Victoria.
Cena Dois, Parte I: Overtue 1928 Nicholas entra em um estado de transe e começa a se focar no motivo de sua regressão, uma garota chamada Victoria ao qual ele sente que sua vida seja estranhamente similar a dela. Vários trechos de outras músicas do álbum além de um de Metropolis Pt.1 fazem parte de Overtue 1928.
Cena Dois, Parte II: Strange Déjà Vu Descobrimos um pouco sobre os sonhos anteriores que levaram Nicholas a esta terapia. Descobre-se que toda a vez que ele fecha os olhos ele é levado para este sonho, que parece bastante real, de uma vida passada (ainda fora do alcance de compreensão de seu consciente).
O sonho segue da seguinte maneira: há uma trilha para uma casa. Dentro da casa, no andar de cima há um quarto com uma garota que aparece no espelho. Tudo parece similiar para ele, mas logicamente não deveria. Por Nicholas estar em um estado de transe hipnótico algumas coisas aparecem mais claras neste sonho, ele pode ver o rosto da garota e pergunta: "Jovem garota, você não me dirá porque estou aqui?" ("Young child, won't you tell me why I'm here?"). Ele percebe que ela tem algo a dizer, que há uma razão para ela ter o atraído até lá, uma história para ser contada e que há algo terrível nesta história que está rasgando sua alma ("tearing at her soul").
Victoria, a garota de seus sonhos, dá sua primeira dica do porque ela está perseguindo Nicholas. Ela está procurando uma maneira de revelar a verdade sobre seu assassinato. Ela também expressa um grande lamento ("tears my heart in two"). Este verso com o seguinte, "I'm not the one the Sleeper thought he knew", mostra sua culpa por Julian Baynes, seu namorado, nunca ter sabido de seu relacionamento com seu irmão, Edward Baynes, ao qual descobriremos mais tarde.
Agora Nicholas termina a regressão e volta à vida real. Mesmo acordado, pensamentos e eventos de sua vida passada começam a permear sua mente durante o dia todo e ele começa a se tornar obcecado pela verdade. É aqui que ele começa a sentir que ele já viveu no mundo de seus sonhos. Ele sabe que o mundo de seus sonhos possue a chave para sua paz, e ele não descansará até destrancar esta porta.
Cena Três, Parte I: Through My Words Nicholas finalmente percebe que ele foi Victoria em uma vida passada. Agora ele sabe porque ele se sente tão atraído por ela e seu mundo: eles dividem a mesma alma.
Cena Três, Parte II: Fatal Tragedy Ainda na vida presente, Nicholas vai até a casa de um homem velho, ao qual não se sabe nada a respeito, apenas que ele conhece um pouco da história do assassinato de Victoria, acontecido há muito tempo atrás, porém o que realmente aconteceu ainda permanece um mistério.
Nicholas percebe que ele não pode viver sua vida atual em paz até descobrir o que aconteceu com Victoria. A música termina quando Nicholas retorma para mais uma regressão e escuta o hipnoterapeuta lhe dizer: "Agora veremos como você morreu. Lembre-se, a morte não é o fim, é apenas uma transição."
Cena Quatro: Beyond This Life Descobrimos através da uma narrativa de um jornal o que aconteceu em 1928. Uma testemunha ouviu um som terrível e quando chegou na cena viu uma mulher, morta após ser baleada, e o assassino sobre ela. A testemunha tentou ajudar, mas o assassino se suícidou com um tiro. O jornal identifica ambos como possíveis amantes.
O jornal ainda explica que Victoria e seu namorado haviam terminado devido ao estilo de vida decadente que ambos levavam, é mais tarde sugerido que o vicio ao jogo e/ou drogas do homem foram os motivos (provavelmente álcoolismo, pois Julian deixa cair uma garrafa de licor na cena 9).
Cena Cinco: Through Her Eyes Nicholas visita o túmulo de Victoria, e se dá conta que tudo isso aconteceu com ele também, e a injustiça da história começa a incomodá-lo, pois ela era extremamente indefesa e inocente, as palavras em seu túmulo comprovam isso. Ele se sente extremamente triste pela morte de Victoria, este momento de dor foi necessário para que ele aceitasse sua morte em uma vida anterior e compreendesse o motivo desta vida ter re-aparecido à ele: revelar a verdade.
Clique aqui para conferir a segunda parte desta matéria.
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domingo, 15 de agosto de 2010
Progressivo: a Nova Geração
Para finalizar a Semana Especial sobre rock/metal progressivo, preparamos uma matéria sobre os principais representantes do estilo que surgiram na última década e bandas ainda no underground.
Symphony X - Biografia
sábado, 14 de agosto de 2010
Pink Floyd - Biografia
A nossa semana especial agora tem seu momento com a banda mais bem sucedida do Rock Progressivo: Pink Floyd. A banda Inglesa alcançou status de lenda do Rock nos anos 70, após apresentações grandiosas, cheias de teatralidade e o sucesso de vendas de discos como Dark Side Of The Moon, Wish You Were Here e The Wall.
Mas o Pink Floyd não teve essas características durante toda a sua vida. Em 1964 estava sendo formada uma banda que contava com Nick Mason na bateria, Roger Waters no baixo, Richard Wright nos teclados e piano e Syd Barret, guitarrista, vocalista e principal compositor do grupo. O grupo foi rejeitado pela crítica da época, que não entendia a música de bandas como o Pink Floyd, mas os jovens, que se afundavam cada vez mais no LSD e na psicodelia amaram o quarteto.
O primeiro Single do Pink Floyd foi Arnold Layne, música que falava sobre um travesti que roubava roupas íntimas. Como é de se esperar, essa não foi uma música que levou a banda à mídia; isso veio a acontecer com o segundo single, See Emily Play, que fala sobre uma jovem aristocrata psicodélica.
Enquanto a banda ia sendo mais aceito por parte de crítica e público, o líder do Pink Floyd não ia bem; Syd Barret se afundava cada vez mais no vício do LSD e acaba saindo da banda. Antes de sair da banda, Syd trouxe à banda mais um guitarrista e vocalista, David Guilmor, que tocou junto com Syd e o resto da banda no segundo disco, A Saucerful Of Secrets.
Depois de Syd Barret, o Pink Floyd adotou a teatralidade para os seus shows, algo que se tornaria sua marca registrada mais tarde. Um grande momento teatral da banda foi o show que eles fizeram no anfiteatro de Pompei, na Itália, que foi destruído por lava vulcânica há quase 2.000 anos.
Apesar de alcançar grande fama na Inglaterra, eles ainda não eram muito conhecidos nos EUA, mas isso mudou a partir do Dark Side Of The Moon, um disco conceitual, que falava sobre guerra, loucura e as pressões do mundo moderno. A partir do Dark Side Of The Moon o som do Pink Floyd ficou menos experimental, mas não menos progressivo; tornou-se mais maleável e mais fácil gostar da banda, assim Dark Side Of The Moon foi sucesso não só nos EUA, mas no mundo todo, tornando-se o terceiro disco mais vendido dos dias atuais, com mais de 40 milhões de cópias vendidas no mundo inteiro.A partir do Dark Side, banda lançou outros discos que lhe renderam conseguiu mais fãs e mais hits, como Confortably Numb, Wish You Were Here, Another Brick In The Wall e Run Like Hell.
Mais tarde, Roger Waters decidiu sair da banda, e sem ele, foi gravado o disco A Momentary Lapse Of Reason. Mesmo sem o principal compositor da banda, o disco ficou em terceiro lugar no Reino Unido, mas assim como em seu sucessor The Division Bell, o disco recebeu muitas críticas, dizendo que apenas David Guilmor participou, e com mais algumas brigas, a banda acabou.
Em 2005, a banda se reuniu, e com o aumento significativo em CD´s da banda, começaram os rumores sobre mais uma turnê da banda, porém, em 2006 Guilmor negou tudo. Esse ano Waters confirmou que irá se encontrar com Guilmor para mais um show. Eis sua declaração no seu Facebook:
“Como poderia recusar tal oferta? Eu não poderia, não tinha como. Generosidade ultrapassa o medo. E assim explicando que eu provavelmente seria uma droga [nos vocais do dueto], mas se ele não se importava, eu também não me importaria. Eu concorde e o resto é História. Nós tocamos junto e foi excelente. Fim da história. Ou possivelmente, o início”
Emerson, Lake & Palmer (álbum)
Neste álbum a criatividade dos músicos fica em bastante evidência, assim como sua técnica.
The Barbarian, faixa instrumental que abre o disco confirma isso. Apesar de ser também uma interpretação do famoso solo de piano Allegro Barbaro de Béla Bartók, os arranjos que a banda introduziu deixam a música com uma sonoridade bastante sólida e atmosférica. Pode-se considerar uma faixa de abertura bastante ambiciosa para um debut, mas funcionou perfeitamente.
Take a Pebble talvez seja a música mais rica do disco. Ela começa como uma balada, com piano, baixo e uma leve percussão. O ótimo timbre da voz de Lake deixa o ínico da música muito prazeroso de se ouvir. A música continua com violão até Emerson entrar com o piano novamente, dando um toque de jazz à canção até Lake voltar a cantar na parte final, completando a música de mais de 12 minutos.
Knife-Edge possuí uma excelente linha de baixo que funciona muito bem com o teclado de Emerson e a percussão poderosa de Palmer. A música é também a interpretação da banda do primeiro movimento de Sinfonietta de Leoš Janáček, e com uma pequena parte que nos remete à suíte em Dm de Johann Sebastian Bach, porém assim como The Barbarian a música ganha uma indentidade totalmente nova e interessante, não só pelo instrumental, mas também pelo vocal de Lake.
The Three Fates destaca Emerson que sola no piano e órgão, a música emenda com Tank que começa com uma improvisação antes do solo de bateria de Palmer, mostrando toda sua técnica, e encerra com Emerson improvisando em seu moog. O excesso de solos pode tornar a sequência um pouco cansativa nas primeiras audições.
O álbum encerra com Lucky Man, música mais comercial e hit na época, mas não deixa de ser uma boa música.
O ótimo Emerson, Lake & Palmer abre a carreira de um dos grupos mais reconhecidos dentro do rock progressivo até hoje. É imensa a quantidade de músicos que foram fortemente influênciados pelo trabalho do trio. Apesar de ser um ótimo álbum, esta talvez não seja uma obra muito recomendada para aqueles que ainda não estão acostumados a ouvir trabalhos com tal complexidade musical, mas é altamente recomendado para aqueles que procuram um bom álbum de rock progressivo, já que este possuí uma boa parte do que o gênero tem a oferecer.
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Metal Museum: Progressive Metal
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Álbum da Semana: Anathema - We're Here Because We're Here
O Anathema, banda fundada pelos irmãos Cavanagh, retorna após 7 anos com seu oitavo álbum de estúdio "We're Here Because We're Here", apostando em uma sonoridade mais progressiva, alternativa e atmosférica.
O death/doom apresentado pela banda em seus primórdios já não ecoa tanto, a partir de Eternity, o som do grupo vem sofrendo mudanças com um direcionamento para composições mais complexas e melódicas, o que fica mais que comprovado nesse álbum.
A faixa que abre o disco é "Thin Air", com um instrumetal de certa forma agressivo, por conta de sua aceleração, é também sutil: graças aos arranjos vocais, carregados de feeling. Os trabalhos de teclas, cordas e percussão também são muito bem feitos, aliando peso e sutileza em todo o álbum.
"Summernight Horizon" é bastante intensa, a faixa ganha beleza com os vocais da cantora Lee Douglas bem a mostra, contrastando com os riffs acelerados.
"Dreaming Light" e "Angels Walk Among Us", no qual Ville Valo do HIM dá as caras, são duas ótimas baladas que merecem destaque por conta de sua orquestração.
"Presence" é talvez a música mais atmosférica do álbum, o vocal falado e o instrumental suave dão um toque intimista a essa composição.
"Universal", também com qualidade indiscutível, tem como ponto alto o baixo acentuado e um solo de guitarra carregado de feeling que fala por si só.
A "Simple Mistake" e "Hindsight", ambas beirando oito minutos e meio, merecem destaque por conta de sua complexidade nas longas passagens instrumentais.
A temática do álbum gira em torno do “homem”, seus relacionamentos, suas ambições, seus sentimentos e suas frustrações.
A mixagem do álbum foi por conta de Steven Wilson, do Porcupine Tree.
Apesar da mudança de sonoridade, que não agradou alguns fãs, a banda continua fazendo um ótimo trabalho. O álbum merece ser ouvido sem ressalvas.
Tracklist:
1. "Thin Air" – 5:59
2. "Summernight Horizon" – 4:12
3. "Dreaming Light" – 5:47
4. "Everything" – 5:05
5. "Angels Walk Among Us" (featuring Ville Valo) – 5:17
6. "Presence" – 2:58
7. "A Simple Mistake" – 8:14
8. "Get Off Get Out" – 5:01
9. "Universal" – 7:19
10."Hindsight" – 8:10
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quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Supertramp - Breakfast In America
Logo na primeira faixa, Gone Hollywood, já pode-se notar o bom trabalho de sax de John Helliwell, que também se sobressai em mais faixas ao decorrer do disco.
Músicas como The Logical Song, um dos destaques e maior sucesso do álbum, mostam a voz inconfundível de Roger Hodgson, além de possuir uma ótima letra. Na música seguinte, Goodbye Stranger, é a vez dele se destacar na guitarra.
Breakfast In America, um dos singles do disco, é a música mais curta do álbum e sua letra fala de uma pessoa que nunca esteve na América. O que faz essa música soar bem é, principalmente, o teclado de Rick Davies e o clarinete de John Helliwell.
Oh Darling apesar de ser pouco comentada não decepciona, possuí ótimos arranjos. No lado B temos Take The Long Way Home, com a combinação de Rick Davies na gaita e Helliwell no saxofone, é uma das mais conhecidas de Breakfast In America, e não é para menos, pois se trata de uma ótima música que dá um ritmo diferenciado para o disco.
Na sequência temos a bela Lord Is It Mine, também com excelentes arranjos, seguida de Another Nervous Wreck com um dos refrões mais fortes do álbum e com a guitarra mais presente.
O álbum encerra com a relaxante Casual Conversations e Child Of Vision cheia de sintetizadores.
Breakfast In America é um álbum tão bom e variado que fica difícil não gostar. A banda inteira dá um show, sejam os vocais de Davies e Hodgson, o sax de Helliwell ou a bateria e o baixo de Bob Siebenberg e Dougie Thomson que enriquecem muito as músicas na parte rítmica. A ótima produção também contribuiu para que o resultado final fosse positivo.
Para que ainda não ouviu o trabalho do Supetramp Breakfast In America é um bom lugar para começar.
2. The Logical Song
3. Goodbye Stranger
4. Breakfast In America
5. Oh Darling
6. Take The Long Way Home
7. Lord Is It Mine
8. Just Another Nervous Wreck
9. Casual Conversations
10. Child Of Vision
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Rush - Biografia
Para a nossa Semana Especial, vamos falar de uma banda que continua contribuindo, ao longo de 40 anos, com o Rock Progressivo: o Rush. Além de fazerem um hard rock primoroso, o trio por apresentar grandes habilidades instrumentais, composições complexas e um lirismo primoroso ficaram conhecidos também como expoentes do prog.
A banda foi formada em 1968, por Jeff Jones, vocalista e baixista; Alex Lifeson (Alex Zivojinovich) guitarrista e John Rutsey, baterista. O nome da banda foi sugerido pelo irmão de Rutsey. Geddy Lee (Gary Lee Weinrib) substitui Jones ainda no mesmo ano.
O primeiro álbum da banda, Rush, foi lançado de forma independente em 1974, é um ótimo álbum de hard rock, mas que não apresentava o tipo de música que projetaria a banda. Neil Peart substitui Rutsey, por problemas de saúde, duas semanas antes do inicio das turnês, criando a formação que permanece até hoje.
Em 75, “Fly by Night” é lançado, já contando com a participação de Peart nas composições, se afastaram do blues e do hard rock, com letras e arranjos mais complexos. "Caress of Steel”, lançado no mesmo ano, e “2112" em 76, ambos álbuns conceituais, flertaram ainda mais com o progressivo. "All The World is a Stage", primeiro álbum ao vivo do trio também saiu em 76.
A” Farewell to Kings", lançado em 1977, mostrou ainda mais maturidade quanto ao som da banda. "Cygnus X-1”, um dos temas do álbum, seria citado posteriormente em vários outros, principalmente em “Hemispheres” de 1978. Hemispheres por sua vez é considerado um dos melhores trabalhos da banda e seu ultimo grande álbum conceitual.
No inicio da década de 80, começaram a se aproximar da musicalidade das rádios, compondo faixas de durações menores, aumentando assim a acessibilidade ao seu som, apesar disso, a qualidade de sua música permanecia indiscutível. "Permanent Waves" (1980), com o hit "Spirit of Radio" e "Moving Pictures" (1981) com "Tom Sawyer", tiveram ótimas vendagens, o ao vivo "Exit Stage Left" foi lançado também em 81.
"Signals" (1982), "Grace Under Pressure" (1983), "Power Windows" (1985) e "Hold Your Fire" (1987), caracterizam a fase dos sintetizadores e dos temas futuristas, "Show Of Hands", ao vivo, foi lançado em 88. Peart recebeu ótimos críticas pelo trabalho na bateria de Signals. Nesse período trocaram de co-produtor três vezes, o cargo ficou por último com Peter Collins.
Na tentativa de resgatar sua sonoridade antiga e simplificar seu som lançaram "Presto" (1990), "Roll The Bones" (1991) e "Counterparts" (1993), álbuns que não obtiveram boa receptividade dos fãs, principalmente por uma aparente má produção.
Com o lançamento de "Test For Echo", em 96, receberam boas criticas de publico e mídia especializada. O álbum tem um som criativo e conciso, porém não apresenta composições longas, as faixas beiram os 5 minutos. "Retrospective I" com clássicos entre 1974 a 1980 e "Retrospective II" que aborda sucessos de 1981 a 1987 foram coletâneas lançadas em 97.
Different Stages (1998,) álbum triplo ao vivo, tinha os 2 primeiros CDs gravados durante as turnês de Counterparts e Test For Echo, o terceiro CD vinha de um concerto gravado em 78, o álbum conta com uma excelente produção e performance indiscutível dos músicos.
Os trabalhos da banda foram interrompidos após Test For Echo, devido a duas tragédias: a morte da mulher e da filha de Peart. Câncer e um acidente de carro, respectivamente, foram as causas das mortes.
Voltaram a ativa em 2002, com Vapor Trails, na turnê do álbum passaram pela primeira vez no Brasil. O DVD e CD Rush In Rio, gravado no Maracanã, foi lançado em 2003.
Snakes & Arrows, o último álbum de estúdio da banda foi lançado no dia 1 de maio de 2007, ele mostra a banda ainda em forma e mantendo sua ótima sonoridade.
Atualmente estão na turnê Time Machine Tour, com datas confirmadas no Brasil, onde tocam o álbum Moving Pictures na integra e material inédito do próximo trabalho de estúdio.
Com previsão de lançamento para 2011, Clockwork Angels será o próximo álbum do trio. "Caravan" e "BU2B", singles do novo álbum, já foram liberadas nas rádios e para download.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Resenha e Conceito de Operation: Mindcrime, Queensrÿche
Dream Theater - Biografia
Tudo começou em 1985 quando três estudantes da Berklee College of Music, uma das escolas de música mais conceituadas do mundo, decidiram montar uma banda para se divertirem durante o tempo livre tocando músicas de bandas como Rush e Iron Maiden. Esses três estudantes eram: John Petrucci (guitarra), John Myung (baixo) e Mike Portnoy (bateria).
Mais tarde John Petrucci convidaria seu amigo, Kevin Moore, para assumir os teclados e Chris Collins para os vocais.
A banda recebeu o nome de Majesty, pois segundo Mike Portnoy a parte final da música Bastille Day do Rush era majestosa.
A banda se apresentou em alguns lugares pequenos durante um ano. Algum tempo depois Chirs Collins foi demitido e Charlie Dominici foi contratado como novo vocalista.
Após isso o número de apresentações cresceu e a banda foi ganhando um certo reconhecimento na região, porém foram obrigados a mudar de nome, pois uma outra banda chamada Majesty entrou com uma ação legal contra a banda. O pai de Portnoy sugeriu o nome Dream Theater e este foi aceito pelos outros.
Em 1989 lançaram o primeiro álbum, When Dream And Day Unite, porém devido a uma quebra de contrato da gravadora eles tiveram dificuldades para conseguirem shows, o que resultou em uma "turnê" para promover o álbum de apenas 5 apresentações. Após o quarto show Dominici foi demitido por diferenças pessoais e musicais.
A banda teve dificuldades para encontrar um novo vocalista, chegaram a cogitar até mesmo o fim da banda, porém durante este "período de espera" nasceram alguns dos maiores clássicos do Dream Theater como: Learning to Live, Metropolis e Take The Time.
Somente quatro anos depois o vocalista James LaBrie entrou para a banda. Eles conseguiram um contrato com uma nova gravadora e lançaram o álbum que seria o grande marco do metal progressivo: Images & Words.
Pull Me Under foi a música resposável por tornar a banda conhecida e contribuiu para que Images & Words recebesse o disco de platina no Japão.
Fortemente elogiado pela crítica, o Dream Theater tinha então a missão de conseguir manter o nível de Images & Words. Foi lançado em 1994 o novo álbum, Awake, outro clássico do gênero e aclamado pela crítica. Porém após o álbum ser mixado Kevin Moore deixa a banda alegando que gostaria de trabalhar em seus próprios projetos musicais. Derek Sherinian foi o novo tecladista escolhido.
Após a entrada de Derek para a banda, eles não começaram a trabalhar imediatamente em um novo material, porém devido a pressão dos fãs foi lançado o EP A Change Of Seasons, que contém a faixa de mesmo nome, considerado por muitos como a melhor música da banda.
Em 1997 é lançado o álbum Falling Into Infinity, primeiro disco da banda a receber críticas negativas, pois devido a músicas como Hollow Years e You Not Me alguns acreditavam que a banda estaria indo para um lado mais mainstream.
Em 1999, Derek é demitido e Jordan Rudess entra para a banda. É lançado então Metropolis Pt. 2: Scenes From a Memory. Este é um álbum conceitual, sequência da música Metropolis Part 1: The Miracle and the Sleeper, e foi extremamente aclamado pela crítica e fãs, sendo considerado a obra-prima da banda.
Após isso o Dream Theater já estava marcado na história do Progressive Metal e seu número de fãs aumentava cada vez mais. Novos álbuns foram lançados e elogiados: Six Degrees Of Inner Turbulence em 2002, que contém a faixa título com mais de 42 minutos de duração, Train of Thought em 2003, mostrando o lado mais pesado da banda e Octavarium em 2005, que experimenta novos elementos nunca usados antes pela banda.
Em 2007 a banda lançou o Systematic Chaos, o segundo álbum a receber críticas negativas e considerado por muitos como o pior da banda. Porém em 2009 chega Black Clouds & Silver Linings que recebe excelentes críticas e consagra a banda ainda mais.
Atualmente a banda se prepara para entrar de férias e voltarão a trabalhar em novos materiais em Janeiro.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Point Of Know Return - Kansas (Resenha)