Por Gabriel Albuquerque
Existem centenas de filmes sobre os Beatles e mais um punhado sobre John Lennon. Logo, o maior obstáculo para as novas produções sobre o fab four ou algum de seus membros é apresentar algo novo, pouco comentado ou desconhecido.
Existem centenas de filmes sobre os Beatles e mais um punhado sobre John Lennon. Logo, o maior obstáculo para as novas produções sobre o fab four ou algum de seus membros é apresentar algo novo, pouco comentado ou desconhecido.
Com isso, o Garoto de Liverpool (entitulado originalmente como Nowhere Boy) já sai na frente da concorrência. Com direção da estreante Sam Taylor-Wood, o longa retrata a adolescência de John Lennon, muito antes da explosão da beatlemania, que foi criado pela tia e mal conheceu o pai.
Apesar de também abordar a gênese dos Beatles e o encontro com Paul McCartney e George Harrison, o maior destaque é a vida pessoal de Lennon, com momentos decisivos, mas conhecidos apenas pelos fãs mais intensos, que iriam influenciar a sua personalidade. Assim, músicas como ''Julia'' e ''In My Life'', do Beatles e ''Mother'', de sua carreira solo, ficam mais claras, assim como a sua paixão pelo rock simples, ingênuo e juvenil dos anos 1950 (sempre presente na bem construída trilha sonora), que o levou a gravar um disco tributo em 1975, Rock n´ Roll.
O Garoto de Liverpool consegue apresentar algo novo para um assunto já repetido à exaustão. Só isso já é um mérito. Mas também ajuda a explicar um dos maiores ícones da música popular através das lembraças e sentimentos antes da fama. Além disso, também se sustenta sozinho, como um filme sem refêrencias, um drama, boa parte por causa da interpretação de Aaron Johson, que incorpora com brilhantismo o músico.
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