Por Gabriel Albuquerque
O multi-homem Jack White deu uma pausa em suas dezenas de bandas/projetos e nas suas atividades como produtor para, em fim, dar início a sua tão esperada carreira solo com o disco Blunderbuss, lançado pelo seu selo Third Man Records.
Você já ouviu toda a história: Jack White, o maior guitarrista de sua época e blá, blá, blá. E ele realmente é. White deixou de ser mais um herói ''''alternativo'''' (sim, com aspas dobradas), se juntou com gente competente e inteligente do mercado musical, achou a sua própria musicalidade e por fim tornou-se um guitarrista hábil e talentoso, com amplo reconhecimento dos fãs de música e atestado por bambas como Jimmy Page e Keith Richards.
Blunderbuss apresenta a principal característica do músico e traz aquilo que White faz de melhor: uma releitura moderna e pop do som do blues e do rock de garagem, mas sem faltar com aquele som forte e rústico, sem frescura, e a batida primal que o reconectam a essência do rock: um som divertido e sacolejante.
Ainda há uma grande parcela de céticos/ críticos que vêem em Jack White uma figura milimetricamente calculada para enganar roqueiros saudosistas. Mas a maioria fala julgando um clipe que assistiu na MTV ou algum trecho de ''Seven Nation Army''.
Ao ouvinte mais esperto cabe deixar o preconceito de banda-indie-que-estourou-com-uma-música-bacaninha de lado, abrir a mente e dar play em Blunderbuss, o melhor disco de rock do ano.
Leia também: Single review: ''Love Interruption'', Jack White
Nota 9,0:
Tracklist:
01. Missing Pieces
02. Sixteen Saltines
03. Freedom At 21
04. Love Interruption
05. Blunderbuss
06. Hypocritical Kiss
07. Weep Themselves To Sleep
08. I’m Shakin’
09. Trash Tongue Talker
10. Hip (Eponymous) Poor Boy
11. I Guess I Should Go To Sleep
12. On And On And On
13. Take Me With You When You Go
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