Karina Buhr no Recife

Cantora celebra o auge com show vibrante em Recife

Entrevista: Into The Void

Em entrevista ao Metropolis Music, os americanos do Into The Void falam sobre seu novo álbum, a cena Metal da região, o processo de criação de seus clipes e muito mais

Pérola perdida

Funk, Prog e Jazz com os africanos do Demon Fuzz

Band of Skulls

"Sweet Sour apresenta o trio ainda mais flexível, partindo de canções puramente densas à composições com toda a sutileza do folk."

Leonard Cohen

"As velhas ideias deste senhor ainda são muito superiores à várias novas sensações do cenário musical."

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Álbum da Semana: The House Of Atreus Act I - Virgin Steele


O Virgin Steele é conhecido por ser uma banda que não conseguiu alcançar o sucesso e reconhecimento que merecia (no Brasil inclusive). Apesar disso, possuia vários clássicos em sua discografia como os dois The Marriage Of Heaven And Hell e Invictus. Mas em 1999, veio o disco que prometia mudar esse cenário, The House Of Atreus Act I, que será tratado nesta review.

A genialidade de David Defeis, vocalista e tecladista, se faz muito presente, pois ele conseguiu produzir um disco praticamente impecável, uma ópera musical inebriante. Parte lírica executada com soberba maestria e com pitadas de música clássica, brindada com letras de um álbum conceitual que trata de temas da Grécia Antiga, sua mitologia e seus deuses, de forma alucinante.

O que esperar de um álbum que já começa com um petardo na orelha como Kingdom Of The Fearless? Uma música incrível, com um baita riff e solo muito bom. Você só consegue ficar mais empolgado à medida que vai ouvindo o restante das músicas. Temos outras faixas com a mesma pegada como a fantástica Through The Ring Of Fire, Return Of The King e The Fire God.

Defeis demonstra sua destreza nos teclados e pianos em faixas como a linda Blaze Of Victory, mas o ponto alto fica por conta da emocionate e épica Child Of Desolation, com uma excelente performance do frontman tanto nos vocais quanto no piano, despejando todo seu feeling. As curtas músicas de um minuto ou pouco mais não estão no disco apenas para efeito de preenchimento, estão para acrescentar ainda mais brilhantismo a ele. Ainda vale destacar Agony And Shame e Gate Of Kings, também cheia de feeling (dizer isso tem um certo tom de redundância nesse disco...).

The House Of Atreus Act I é uma obra prima do metal que dá ao Virgin Steele o direito de figurar entre os "monstros" do gênero. Se ainda não conhece o trabalho da banda, não perca mais tempo, pois não irá se arrepender.


Tracklist:

Kingdom Of The Fearless (The Destruction Of Troy)
Blaze Of Victory (The Watchman's Song)
Through The Ring Of Fire
Prelude In A Minor (The Voyage Home)
Death Darkly Closed Their Eyes (The Messenger's Song)
In Triumph Of Tragedy
Return Of The King
Flames Of The Black Star (The Arrows Of Herakles)
Narcissus
And Hecate Smiled
A Song Of Prophecy
Child Of Desolation
G Minor Invention (Descent Into Death's Twilight Kingdom)
Day Of Wrath
Great Sword Of Flame
The Gift Of Tantalos
Iphigenia In Hades
The Fire God
Garden Of Lamentation
Agony And Shame
Gate Of Kings
Via Sacra



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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Angra - Aqua [Review]

Nota: 9

Quatro anos após o lançamento do criticado Aurora Consurgens, o Angra está de volta com seu mais novo álbum, Aqua. Inspirado na peça de Shakespeare, A Tempestade, Aqua vem com a proposta de trazer de volta elementos da banda presente em álbuns anteriores, começando pelo retorno de Ricardo Confessori, mas tudo isso sem deixar de evoluir musicalmente.

Como de costume o álbum começa com uma faixa introdutória orquestrada e com alguns coros. Esta é logo seguida pelo primeiro single do álbum, Arising Thunder. Rápida e com um toque de metal neoclássico, Arising Thunder funciona bem no contexto em que é colocada no álbum. Apesar de ser um single a música não chega nem perto de mostrar o que o álbum realmente tem a oferecer, o que é um ponto bastante positivo para alguns, levando em consideração as críticas bastante variadas que a faixa recebeu após seu lançamento.

Awake From Darkness, soa uma típica música do Angra. Tem um ótimo trabalho de percussão e guitarras, mas o que faz a música ganhar destaque é o belo interlúdio de piano e violino no meio da faixa, há uma queda de ritmo bastante drástica nesse trecho e surpreende na primeira audição. O piano e o violino dão espaço para um solo de guitarra antes da música se reestabelecer no ritmo inicial.

Lease Of Life é uma bela balada, o piano soa bem, assim como as guitarras. O destaque nessa faixa fica com Edu Falaschi que conseguiu encontrar um timbre que se encaixa perfeitamente com a música.

The Rage Of The Waters, com riffs pesados e boa linha de baixo, possuí um toque de progressivo, que fica mais evidente nas faixas seguintes, o ponto fraco da música é o refrão que anima pouco.

Um dos destaques de Aqua é sem dúvidas Spirit Of The Air. Esta possui um clima que lembra bastante o álbum Temple Of Shadows. Há belos arranjos de violão com alguns coros ao fundo deixando a música mais atmosférica.
O clima um pouco mais leve de Spirit Of The Air é imediatamente quebrado por Hollow, faixa mais pesada e obscura do álbum. Hollow possuí várias quebras de ritmo e mudanças de harmonia além de ótimos timbres de guitarra e o trabalho de baixo e bateria de Ricardo Confessori e Felipe Andreoli ficou matador.

A Monster In Her Eyes é uma faixa bastante interessante, com bons arranjos e linhas vocais a música possui um pouco daquele toque mais progressivo citado anteriormente que aumenta muito mais na penúltima faixa do disco: Weakness Of A Man. Esta última citada é extremamente bem trabalhada e variada, uma ótima composição da dupla Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt.
Ashes, com bons arranjos e melodia, encerra muito bem o álbum.

Em Aqua podemos perceber que a banda, apesar das várias mudanças de formação entre outros problemas ao longo da carreira ainda consegue apresentar composições de ótima qualidade. Aqua é um disco inspirado e aos poucos vai flertando cada vez mais com outros gêneros musicais como o progressivo e o clássico, porém não apresenta nehuma mudança drástica na sonoridade da banda. Isto pode-se considerar o correto a fazer, pois o momento não era de grandes mudanças e sim de resgatar aquilo que a banda sabe fazer de melhor e acrescentar os detalhes que enriquecem o álbum, a volta de Ricardo Confessori foi um dos pontos que contribuíram para que isto fosse possível.
A dupla de guitarristas, Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt, fez novamente um bom trabalho assim como Felipe Andreoli e Ricardo Confessori, também vale a pena destacar Edu Falaschi que mudou sua forma de cantar, sem tentar alcançar notas muito altas e sem soar forçado, e encontrou alguns timbres bastante densos, acredito que devido a isto não haverá problemas para ele na execução do álbum nos shows.
Enfim, Aqua é um lançamento bem sólido e que com certeza agradará (e vem agradando) a maioria dos fãs. Destaques para: Spirit Of The Air, Weakness Of A Man, Hollow e Awake From Darkness.
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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

As Cenas de Uma Vida Passada - Ato I

Por Pedro Kirsten

Em Outubro de 1999 era lançado Metropolis Pt.2: Scenes From A Memory, quinto álbum de estúdio do Dream Theater, muitas vezes considerado uma obra-prima não só da banda, mas sim de todo o progressive metal. Porém para esta matéria deixaremos a parte musical um pouco de lado para tratarmos de outro ponto importante e interessante do álbum: o conceito que o envolve.

Scenes From A Memory é dividido em dois atos. Devido ao tamanho da matéria o post foi dividido em dois, onde neste trataremos do Ato I e no próximo o Ato II.

O álbum dá continuidade à música Metropolis Pt. 1: The Miracle And The Sleeper presente no álbum Images & Words, e conta a história de Nicholas e sua descoberta de uma vida passada. É recomendado que também se leia as letras e ouça o álbum para que a história fique mais clara.

Ato 1:
Cena Um: Regression
O álbum inicia com Nicholas relaxando aos sons da voz de um hipnoterapeuta, fazendo-o entrar em hipnose em um estado de regressão (a chamada terapia de vidas passadas). Partes de The Spirit Carries On e Home podem ser ouvidas ao fundo. A música termina com Nicholas se encontrando com uma garota chamada Victoria.

Cena Dois, Parte I: Overtue 1928 Nicholas entra em um estado de transe e começa a se focar no motivo de sua regressão, uma garota chamada Victoria ao qual ele sente que sua vida seja estranhamente similar a dela. Vários trechos de outras músicas do álbum além de um de Metropolis Pt.1 fazem parte de Overtue 1928.

Cena Dois, Parte II: Strange Déjà Vu Descobrimos um pouco sobre os sonhos anteriores que levaram Nicholas a esta terapia. Descobre-se que toda a vez que ele fecha os olhos ele é levado para este sonho, que parece bastante real, de uma vida passada (ainda fora do alcance de compreensão de seu consciente).
O sonho segue da seguinte maneira: há uma trilha para uma casa. Dentro da casa, no andar de cima há um quarto com uma garota que aparece no espelho. Tudo parece similiar para ele, mas logicamente não deveria. Por Nicholas estar em um estado de transe hipnótico algumas coisas aparecem mais claras neste sonho, ele pode ver o rosto da garota e pergunta: "Jovem garota, você não me dirá porque estou aqui?" ("Young child, won't you tell me why I'm here?"). Ele percebe que ela tem algo a dizer, que há uma razão para ela ter o atraído até lá, uma história para ser contada e que há algo terrível nesta história que está rasgando sua alma ("tearing at her soul").
Victoria, a garota de seus sonhos, dá sua primeira dica do porque ela está perseguindo Nicholas. Ela está procurando uma maneira de revelar a verdade sobre seu assassinato. Ela também expressa um grande lamento ("tears my heart in two"). Este verso com o seguinte, "I'm not the one the Sleeper thought he knew", mostra sua culpa por Julian Baynes, seu namorado, nunca ter sabido de seu relacionamento com seu irmão, Edward Baynes, ao qual descobriremos mais tarde.
Agora Nicholas termina a regressão e volta à vida real. Mesmo acordado, pensamentos e eventos de sua vida passada começam a permear sua mente durante o dia todo e ele começa a se tornar obcecado pela verdade. É aqui que ele começa a sentir que ele já viveu no mundo de seus sonhos. Ele sabe que o mundo de seus sonhos possue a chave para sua paz, e ele não descansará até destrancar esta porta.

Cena Três, Parte I: Through My Words Nicholas finalmente percebe que ele foi Victoria em uma vida passada. Agora ele sabe porque ele se sente tão atraído por ela e seu mundo: eles dividem a mesma alma.

Cena Três, Parte II: Fatal Tragedy Ainda na vida presente, Nicholas vai até a casa de um homem velho, ao qual não se sabe nada a respeito, apenas que ele conhece um pouco da história do assassinato de Victoria, acontecido há muito tempo atrás, porém o que realmente aconteceu ainda permanece um mistério.
Nicholas percebe que ele não pode viver sua vida atual em paz até descobrir o que aconteceu com Victoria. A música termina quando Nicholas retorma para mais uma regressão e escuta o hipnoterapeuta lhe dizer: "Agora veremos como você morreu. Lembre-se, a morte não é o fim, é apenas uma transição."

Cena Quatro: Beyond This Life Descobrimos através da uma narrativa de um jornal o que aconteceu em 1928. Uma testemunha ouviu um som terrível e quando chegou na cena viu uma mulher, morta após ser baleada, e o assassino sobre ela. A testemunha tentou ajudar, mas o assassino se suícidou com um tiro. O jornal identifica ambos como possíveis amantes.
O jornal ainda explica que Victoria e seu namorado haviam terminado devido ao estilo de vida decadente que ambos levavam, é mais tarde sugerido que o vicio ao jogo e/ou drogas do homem foram os motivos (provavelmente álcoolismo, pois Julian deixa cair uma garrafa de licor na cena 9).

Cena Cinco: Through Her Eyes Nicholas visita o túmulo de Victoria, e se dá conta que tudo isso aconteceu com ele também, e a injustiça da história começa a incomodá-lo, pois ela era extremamente indefesa e inocente, as palavras em seu túmulo comprovam isso. Ele se sente extremamente triste pela morte de Victoria, este momento de dor foi necessário para que ele aceitasse sua morte em uma vida anterior e compreendesse o motivo desta vida ter re-aparecido à ele: revelar a verdade.


Clique aqui para conferir a segunda parte desta matéria.
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domingo, 15 de agosto de 2010

Progressivo: a Nova Geração


Por Douglas Paraguassu

Para finalizar a Semana Especial sobre rock/metal progressivo, preparamos uma matéria sobre os principais representantes do estilo que surgiram na última década e bandas ainda no underground.

Um país que vem se mostrando forte matriz do gênero é a Noruega. De lá surgiram bandas como Ark, Pagan's Mind, Aspera, Communic e Circus Maximus. Ainda na Europa temos Stream Of Passion (Holanda) e Adagio (França). Nos EUA podemos destacar Circle II Circle e Redemption. E aqui no Brasil, os paulistanos do Mindflow (foto). Essas serão as bandas abordadas na matéria.

O Ark foi uma banda formada em 2000 e que terminou em 2003, quando seu vocalista Jorn Lande foi para o Masterplan. Isso mesmo, Lande foi o vocalista da banda de efêmera carreira. Ouve tempo de lançarem dois álbuns de estúdio, Ark (2000) e Burn The Sun (2001), com destaque para o segundo. Como já é de se esperar, o vocal é o maior atrativo da banda.

Seus conterrâneos do Pagan's Mind já possuem um considerável reconhecimento, ainda que não o merecido. Seus principais clássicos são Enigmatic: Calling (2005) e God's Equation (2007), verdadeiras obras primas. O vocal de Nils K. Rue é matador e todo o instrumental é de grande destaque sendo muito intrincado.

Os jovens músicos do Aspera (os caras têm 20 anos) também merecem um destaque todo especial, pois seu único lançamento, Ripples (2010), já põe a banda como futuro do gênero. O álbum que recebeu excelentes críticas pela mídia, possui boas músicas como Ripples, Between Black & White e Remorse.

No início da carreira, o Circus Maximus era uma banda que fazia covers de bandas como Dream Theater e Symphony X. Porém, com a evidente técnica e virtuosismo dos músicos, eles começaram a escrever letras e fazer composições próprias. Nisso resultou o The 1st Chapter (2005) e em seguida Isolate (2007). Neles podemos confirmar toda a qualidade dos noruegueses de Oslo em canções muito bem elaboradas. Excelente pedida para os apreciadores.

A última banda da Noruega é o Communic, que possui três álbuns: Conspiracy In Mind (2005), Waves Of Visual Decay (2006) e Payment Of Existence (2008). O álbum Waves Of Visual Decay foi muito bem recebido pela crítica. A banda mescla bastante peso com melodia, lembrando bandas como Nevermore, apesar da sonoridade bem diferente.

Na Holanda a principal representante dos últimos anos é Stream Of Passion, também com influências de metal sinfônico. Lançaram os álbuns Embrace The Storm (2005) e The Flame Within (2009). A vocalista Marcela Bovio tem uma voz de destaque, inclusive já participou de um álbum do Ayreon, The Human Equation. E foi após essa participação que o ex-guitarrista da banda Arjen Lucassen se impressionou com o potencial da vocalista e a chamou para o Stream Of Passion, recrutandoi também o namorado da moça, o tecladista Alejandro Millán.

Adagio é uma banda um pouco "diferente" de progressive metal. Também possui influências sinfônicas, com orquestrações e corais, e mais peculiar ainda, possui vocais guturais em determinadas passagens de algumas músicas. Mas isso não os distancia do progressivo e mostram bastante influência do Symphony X. E mais um detalhe: apesar da banda ser francesa, o vocalista é brasileiro (Gustavo), que só não participou do último álbum Archangels In Black(2009), pois foi para a nova banda do Timo Tolkki, Revolution Renaissance. O álbum Dominate (2005) é o mais indicado.

Passando pelos EUA, podemos falar do Circle II Circle, formado pelo vocalista Zachary Stevens ex-Savatage. Essa banda preza mais pelo peso (apresentando bons riffs) do que o uso de teclados, que inexiste em várias músicas. Seus principais álbuns são Watching Silence (2003) e Burden Of Truth (2006) que possui um conceito em volta da febre em Santo Graal.

Há também os norte-americanos do Redemption formados em Los Angeles, no ano 2000. Vale destacar que seus fundadores foram das bandas Prymary e Fates Warning e que sua primeira formação contava com o baterista Jason Rullo, atualmente no Symphony X. Também do Symphony X, Michael Romeo contribuiu para a banda com arranjos sinfônicos. Seu último álbum de 2009, Snowfall On Judgment Day, apresenta a banda em sua melhor forma.

Já aqui no Brasil, a banda paulista Mindflow é quem vislumbra um futuro para a cena progressiva. A banda é excelente, com destaque principalmente para a bateria de Rafael Pensado que toca muito bem. A banda que já rodou o Brasil, Asia e Europa, possui notáveis influências de Dream Theater, Rush e Pink Floyd, combinando peso com melodia, guitarras distorcidas com teclado. Quem quiser conhecer a banda, procure o álbum Mind Over Body de 2006.

Para melhor ilustrar o resumo sobre as 10 bandas citadas na matéria, ouça duas músicas de cada uma na playlist e bom divertimento.




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Symphony X - Biografia


Os anos 90 viram surgir uma onda de bandas que vinham com um novo propósito na música, com composições mais complexas e elaboradas. Nascia então o Metal Progressivo, e um dos seus principais representantes foi e é o Symphony X.

Formada em Nova Jérsei, Estados Unidos, em 1994 pelo guitarrista Michael Romeo, que emprega muita influência de metal neoclássico nas composições da banda. Na época, completavam o quinteto o vocalista Rod Tyler, o baixista Thomas Miller, o baterista Jason Rullo e o tecladista Michael Pinella.

Com essa formação foram à estúdio gravar seu primeiro álbum, o auto-intitulado Symphony X. O som ainda era um pouco cru, beirando o hard rock. Apesar disso, o debut rendeu algumas boas impressões.

Sem ter nem tempo para entrar em turnê, a banda já entrou em estúdio novamente e com novo vocalista: Russell Allen. No ano seguinte, em 1995, lançaram o The Damnation Game. Agora o som característico do Symphony X começa a tomar forma. O álbum teve uma aceitação ainda maior que o anterior gerando os primeiros clássicos da banda como The Damnation Game, Dressed To Kill, The Edge Of Forever e a linda Whispers.

A banda mais uma vez não ingressou em turnê, ficando dois anos descansando e se preparando para o novo álbum. Até que em 1997 deram um passo importantíssimo para a sua consagração: The Divine Wings Of Tragedy. Este marco na história do progressivo é considerado por muitos o melhor da carreira da banda, trazendo de vez sua identidade. As críticas foram muito positivas e clássicos como Of Sins And Shadows, Sea Of Lies, The Accolade e a épica The Divine Wings Of Tragedy fizeram muito sucesso.

O seu sucessor foi Twilight In Olympus, de 1998, que manteve a boa aceitação e o bom nível alcançado pelo grupo. E finalmente a banda faz uma verdadeira turnê de divulgação, excurcionando pela Europa. Meses depois, Thomas Miller deixaria o cargo de baixista para Mike LePond.

Em 1999 o Symphony X lança o maravilhoso V: The New Mythology Suite, um álbum conceitual que fala sobre a mitologia egípcia, astrologia e Atlântida. Nele está mais presente ainda a influência neoclássica dos músicos. Seus destaques são Evolution (The Grand Design), Fallen, Egypt e A Fool's Paradise. Da turnê desse álbum saiu o primeiro registro ao vivo da banda, o duplo Live On The Edge Of Forever, de 2001.

Em 2002 nasce mais um brilhante trabalho, The Odyssey, mostrando a banda cada vez mais afinada. Dele sairam Inferno (Unleash The Fire), King Of Terrors, a emocionante e repleta de feeling Accolade II e a apoteótica faixa título The Odyssey, com quase 25 minutos de duração, baseada na obra Odisséia, de Homero.

A banda que sempre lançava um álbum atrás do outro, por vezes sem nem fazer uma turnê, dessa vez ficou sem gravar nada de novo durante cinco anos. Após esse hiato, em 2007 finalmente temos Paradise Lost. Nele vemos uma nova sonoridade, com muito mais peso, até o vocal de Allen ficou mais agressivo em algumas passagens. Porém, não menos progressivo, foi muito bem aceito pela mídia e pelos fãs. Destaque para Set The World On Fire, Domination, The Serpents Kiss e a lenta Paradise Lost.

Atualmente o Symphony X trabalha no seu novo álbum, que ainda não tem nome nem setlist divulgada. Segundo o que Michael Romeo disse em março, há uma música que aparenta ser de 10 minutos ou mais e que haverá "um pedacinho de tudo". Infelizmente o Symphony X mantém pouco contato com os fãs e não se sabe bem muitas informações do álbum, sendo sua data de estréia ainda desconhecida.


sábado, 14 de agosto de 2010

Pink Floyd - Biografia


A nossa semana especial agora tem seu momento com a banda mais bem sucedida do Rock Progressivo: Pink Floyd. A banda Inglesa alcançou status de lenda do Rock nos anos 70, após apresentações grandiosas, cheias de teatralidade e o sucesso de vendas de discos como Dark Side Of The Moon, Wish You Were Here e The Wall. 

Mas o Pink Floyd não teve essas características durante toda a sua vida. Em 1964 estava sendo formada uma banda que contava com Nick Mason na bateria, Roger Waters no baixo, Richard Wright nos teclados e piano e Syd Barret, guitarrista, vocalista e principal compositor do grupo. O grupo foi rejeitado pela crítica da época, que não entendia a música de bandas como o Pink Floyd, mas os jovens, que se afundavam cada vez mais no LSD e na psicodelia amaram o quarteto.

O primeiro Single do Pink Floyd foi Arnold Layne, música que falava sobre um travesti que roubava roupas íntimas. Como é de se esperar, essa não foi uma música que levou a banda à mídia; isso veio a acontecer com o segundo single, See Emily Play, que fala sobre uma jovem aristocrata psicodélica. 

Enquanto a banda ia sendo mais aceito por parte de crítica e público, o líder do Pink Floyd não ia bem; Syd Barret se afundava cada vez mais no vício do LSD e acaba saindo da banda. Antes de sair da banda, Syd trouxe à banda mais um guitarrista e vocalista, David Guilmor, que tocou junto com Syd e o resto da banda no segundo disco, A Saucerful Of Secrets.

Depois de Syd Barret, o Pink Floyd adotou a teatralidade para os seus shows, algo que se tornaria sua marca registrada mais tarde. Um grande momento teatral da banda foi o show que eles fizeram no anfiteatro de Pompei, na Itália, que foi destruído por lava vulcânica há quase 2.000 anos.

Apesar de alcançar grande fama na Inglaterra, eles ainda não eram muito conhecidos nos EUA, mas isso mudou a partir do Dark Side Of The Moon, um disco conceitual, que falava sobre guerra, loucura e as pressões do mundo moderno. A partir do Dark Side Of The Moon o som do Pink Floyd ficou menos experimental, mas não menos progressivo; tornou-se mais maleável e mais fácil gostar da banda, assim Dark Side Of The Moon foi sucesso não só nos EUA, mas no mundo todo, tornando-se o terceiro disco mais vendido dos dias atuais, com mais de 40 milhões de cópias vendidas no mundo inteiro.A partir do Dark Side, banda lançou outros discos que lhe renderam conseguiu mais fãs e mais hits, como Confortably Numb, Wish You Were Here, Another Brick In The Wall e Run Like Hell. 

Mais tarde, Roger Waters decidiu sair da banda, e sem ele, foi gravado o disco A Momentary Lapse Of Reason. Mesmo sem o principal compositor da banda, o disco ficou em terceiro lugar no Reino Unido, mas assim como em seu sucessor The Division Bell, o disco recebeu muitas críticas, dizendo que apenas David Guilmor participou, e com mais algumas brigas, a banda acabou.

Em 2005, a banda se reuniu, e com o aumento significativo em CD´s da banda, começaram os rumores sobre mais uma turnê da banda, porém, em 2006 Guilmor negou tudo. Esse ano Waters confirmou que irá se encontrar com Guilmor para mais um show. Eis sua declaração no seu Facebook:

“Como poderia recusar tal oferta? Eu não poderia, não tinha como. Generosidade ultrapassa o medo. E assim explicando que eu provavelmente seria uma droga [nos vocais do dueto], mas se ele não se importava, eu também não me importaria. Eu concorde e o resto é História. Nós tocamos junto e foi excelente. Fim da história. Ou possivelmente, o início”

Emerson, Lake & Palmer (álbum)

Em 1970 nascia na Inglaterra o Emerson, Lake & Palmer, trio de rock progressivo formado por Keith Emerson, Greg Lake e Carl Palmer. No mesmo ano era lançado o primeiro álbum da banda.

Neste álbum a criatividade dos músicos fica em bastante evidência, assim como sua técnica.
The Barbarian, faixa instrumental que abre o disco confirma isso. Apesar de ser também uma interpretação do famoso solo de piano Allegro Barbaro de Béla Bartók, os arranjos que a banda introduziu deixam a música com uma sonoridade bastante sólida e atmosférica. Pode-se considerar uma faixa de abertura bastante ambiciosa para um debut, mas funcionou perfeitamente.

Take a Pebble talvez seja a música mais rica do disco. Ela começa como uma balada, com piano, baixo e uma leve percussão. O ótimo timbre da voz de Lake deixa o ínico da música muito prazeroso de se ouvir. A música continua com violão até Emerson entrar com o piano novamente, dando um toque de jazz à canção até Lake voltar a cantar na parte final, completando a música de mais de 12 minutos.

Knife-Edge possuí uma excelente linha de baixo que funciona muito bem com o teclado de Emerson e a percussão poderosa de Palmer. A música é também a interpretação da banda do primeiro movimento de Sinfonietta de Leoš Janáček, e com uma pequena parte que nos remete à suíte em Dm de Johann Sebastian Bach, porém assim como The Barbarian a música ganha uma indentidade totalmente nova e interessante, não só pelo instrumental, mas também pelo vocal de Lake.

The Three Fates destaca Emerson que sola no piano e órgão, a música emenda com Tank que começa com uma improvisação antes do solo de bateria de Palmer, mostrando toda sua técnica, e encerra com Emerson improvisando em seu moog. O excesso de solos pode tornar a sequência um pouco cansativa nas primeiras audições.
O álbum encerra com Lucky Man, música mais comercial e hit na época, mas não deixa de ser uma boa música.

O ótimo Emerson, Lake & Palmer abre a carreira de um dos grupos mais reconhecidos dentro do rock progressivo até hoje. É imensa a quantidade de músicos que foram fortemente influênciados pelo trabalho do trio. Apesar de ser um ótimo álbum, esta talvez não seja uma obra muito recomendada para aqueles que ainda não estão acostumados a ouvir trabalhos com tal complexidade musical, mas é altamente recomendado para aqueles que procuram um bom álbum de rock progressivo, já que este possuí uma boa parte do que o gênero tem a oferecer.
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Metal Museum: Progressive Metal


Para continuar celebrando a semana especial do Rock/Metal Progressivo, disponibilizamos para vocês uma coletânea sobre Metal Progressivo com várias bandas e músicas. Algumas bandas são bastante conhecidas como Queensrÿche, Dream Theater, Opeth e Fates Warning. Outras são mais underground. Destaque para as bandas Ayreon, Communic, Mindflow, etc.


Tracklist:

Nightingale - To The End
Cloudscape - Out Of The Shadows
Queensrÿche - Empire
Stream Of Passion - Embrace The Storm
Ayreon - Eyes Of Time
Opeth - Harvest
Dream Theater - Just Let Me Breath
Communic - History Reversed
Suspyre - Distant Skies
Richard Andersson's Space Odyssey - Embrace The Galaxy
Sphere Of Souls - Sweet Sorrow
Fates Warning - Through Different Eyes
Mindflow - Another Point Of View
Royal Hunt - Ten To Life
Nova Art - My Beloved Hate



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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Álbum da Semana: Anathema - We're Here Because We're Here


O Anathema, banda fundada pelos irmãos Cavanagh, retorna após 7 anos com seu oitavo álbum de estúdio "We're Here Because We're Here", apostando em uma sonoridade mais progressiva, alternativa e atmosférica.

O death/doom apresentado pela banda em seus primórdios já não ecoa tanto, a partir de Eternity, o som do grupo vem sofrendo mudanças com um direcionamento para composições mais complexas e melódicas, o que fica mais que comprovado nesse álbum.

A faixa que abre o disco é "Thin Air", com um instrumetal de certa forma agressivo, por conta de sua aceleração, é também sutil: graças aos arranjos vocais, carregados de feeling. Os trabalhos de teclas, cordas e percussão também são muito bem feitos, aliando peso e sutileza em todo o álbum.

"Summernight Horizon" é bastante intensa, a faixa ganha beleza com os vocais da cantora Lee Douglas bem a mostra, contrastando com os riffs acelerados.

"Dreaming Light" e "Angels Walk Among Us", no qual Ville Valo do HIM dá as caras, são duas ótimas baladas que merecem destaque por conta de sua orquestração.

"Presence" é talvez a música mais atmosférica do álbum, o vocal falado e o instrumental suave dão um toque intimista a essa composição.

"Universal", também com qualidade indiscutível, tem como ponto alto o baixo acentuado e um solo de guitarra carregado de feeling que fala por si só.

A "Simple Mistake" e "Hindsight", ambas beirando oito minutos e meio, merecem destaque por conta de sua complexidade nas longas passagens instrumentais.

A temática do álbum gira em torno do “homem”, seus relacionamentos, suas ambições, seus sentimentos e suas frustrações.

A mixagem do álbum foi por conta de Steven Wilson, do Porcupine Tree.

Apesar da mudança de sonoridade, que não agradou alguns fãs, a banda continua fazendo um ótimo trabalho. O álbum merece ser ouvido sem ressalvas.

Tracklist:

1. "Thin Air" – 5:59

2. "Summernight Horizon" – 4:12

3. "Dreaming Light" – 5:47

4. "Everything" – 5:05

5. "Angels Walk Among Us" (featuring Ville Valo) – 5:17

6. "Presence" – 2:58

7. "A Simple Mistake" – 8:14

8. "Get Off Get Out" – 5:01

9. "Universal" – 7:19

10."Hindsight" – 8:10


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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Supertramp - Breakfast In America

Lançado em 1979, Breakfast In America é o sexto álbum de estúdio dos britânicos do Supertramp. Este é também um de seus discos mais populares.

Logo na primeira faixa, Gone Hollywood, já pode-se notar o bom trabalho de sax de John Helliwell, que também se sobressai em mais faixas ao decorrer do disco.

Músicas como The Logical Song, um dos destaques e maior sucesso do álbum, mostam a voz inconfundível de Roger Hodgson, além de possuir uma ótima letra. Na música seguinte, Goodbye Stranger, é a vez dele se destacar na guitarra.

Breakfast In America, um dos singles do disco, é a música mais curta do álbum e sua letra fala de uma pessoa que nunca esteve na América. O que faz essa música soar bem é, principalmente, o teclado de Rick Davies e o clarinete de John Helliwell.

Oh Darling apesar de ser pouco comentada não decepciona, possuí ótimos arranjos. No lado B temos Take The Long Way Home, com a combinação de Rick Davies na gaita e Helliwell no saxofone, é uma das mais conhecidas de Breakfast In America, e não é para menos, pois se trata de uma ótima música que dá um ritmo diferenciado para o disco.

Na sequência temos a bela Lord Is It Mine, também com excelentes arranjos, seguida de Another Nervous Wreck com um dos refrões mais fortes do álbum e com a guitarra mais presente.
O álbum encerra com a relaxante Casual Conversations e Child Of Vision cheia de sintetizadores.

Breakfast In America é um álbum tão bom e variado que fica difícil não gostar. A banda inteira dá um show, sejam os vocais de Davies e Hodgson, o sax de Helliwell ou a bateria e o baixo de Bob Siebenberg e Dougie Thomson que enriquecem muito as músicas na parte rítmica. A ótima produção também contribuiu para que o resultado final fosse positivo.
Para que ainda não ouviu o trabalho do Supetramp Breakfast In America é um bom lugar para começar.

1. Gone Hollywood
2. The Logical Song
3. Goodbye Stranger
4. Breakfast In America
5. Oh Darling
6. Take The Long Way Home
7. Lord Is It Mine
8. Just Another Nervous Wreck
9. Casual Conversations
10. Child Of Vision

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Rush - Biografia


Para a nossa Semana Especial, vamos falar de uma banda que continua contribuindo, ao longo de 40 anos, com o Rock Progressivo: o Rush. Além de fazerem um hard rock primoroso, o trio por apresentar grandes habilidades instrumentais, composições complexas e um lirismo primoroso ficaram conhecidos também como expoentes do prog.

A banda foi formada em 1968, por Jeff Jones, vocalista e baixista; Alex Lifeson (Alex Zivojinovich) guitarrista e John Rutsey, baterista. O nome da banda foi sugerido pelo irmão de Rutsey. Geddy Lee (Gary Lee Weinrib) substitui Jones ainda no mesmo ano.

O primeiro álbum da banda, Rush, foi lançado de forma independente em 1974, é um ótimo álbum de hard rock, mas que não apresentava o tipo de música que projetaria a banda. Neil Peart substitui Rutsey, por problemas de saúde, duas semanas antes do inicio das turnês, criando a formação que permanece até hoje.

Em 75, “Fly by Night” é lançado, já contando com a participação de Peart nas composições, se afastaram do blues e do hard rock, com letras e arranjos mais complexos. "Caress of Steel”, lançado no mesmo ano, e “2112" em 76, ambos álbuns conceituais, flertaram ainda mais com o progressivo. "All The World is a Stage", primeiro álbum ao vivo do trio também saiu em 76.

A” Farewell to Kings", lançado em 1977, mostrou ainda mais maturidade quanto ao som da banda. "Cygnus X-1”, um dos temas do álbum, seria citado posteriormente em vários outros, principalmente em “Hemispheres” de 1978. Hemispheres por sua vez é considerado um dos melhores trabalhos da banda e seu ultimo grande álbum conceitual.

No inicio da década de 80, começaram a se aproximar da musicalidade das rádios, compondo faixas de durações menores, aumentando assim a acessibilidade ao seu som, apesar disso, a qualidade de sua música permanecia indiscutível. "Permanent Waves" (1980), com o hit "Spirit of Radio" e "Moving Pictures" (1981) com "Tom Sawyer", tiveram ótimas vendagens, o ao vivo "Exit Stage Left" foi lançado também em 81.

"Signals" (1982), "Grace Under Pressure" (1983), "Power Windows" (1985) e "Hold Your Fire" (1987), caracterizam a fase dos sintetizadores e dos temas futuristas, "Show Of Hands", ao vivo, foi lançado em 88. Peart recebeu ótimos críticas pelo trabalho na bateria de Signals. Nesse período trocaram de co-produtor três vezes, o cargo ficou por último com Peter Collins.

Na tentativa de resgatar sua sonoridade antiga e simplificar seu som lançaram "Presto" (1990), "Roll The Bones" (1991) e "Counterparts" (1993), álbuns que não obtiveram boa receptividade dos fãs, principalmente por uma aparente má produção.

Com o lançamento de "Test For Echo", em 96, receberam boas criticas de publico e mídia especializada. O álbum tem um som criativo e conciso, porém não apresenta composições longas, as faixas beiram os 5 minutos. "Retrospective I" com clássicos entre 1974 a 1980 e "Retrospective II" que aborda sucessos de 1981 a 1987 foram coletâneas lançadas em 97.

Different Stages (1998,) álbum triplo ao vivo, tinha os 2 primeiros CDs gravados durante as turnês de Counterparts e Test For Echo, o terceiro CD vinha de um concerto gravado em 78, o álbum conta com uma excelente produção e performance indiscutível dos músicos.

Os trabalhos da banda foram interrompidos após Test For Echo, devido a duas tragédias: a morte da mulher e da filha de Peart. Câncer e um acidente de carro, respectivamente, foram as causas das mortes.

Voltaram a ativa em 2002, com Vapor Trails, na turnê do álbum passaram pela primeira vez no Brasil. O DVD e CD Rush In Rio, gravado no Maracanã, foi lançado em 2003.

Snakes & Arrows, o último álbum de estúdio da banda foi lançado no dia 1 de maio de 2007, ele mostra a banda ainda em forma e mantendo sua ótima sonoridade.

Atualmente estão na turnê Time Machine Tour, com datas confirmadas no Brasil, onde tocam o álbum Moving Pictures na integra e material inédito do próximo trabalho de estúdio.

Com previsão de lançamento para 2011, Clockwork Angels será o próximo álbum do trio. "Caravan" e "BU2B", singles do novo álbum, já foram liberadas nas rádios e para download.




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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Resenha e Conceito de Operation: Mindcrime, Queensrÿche


Lançado em 1988, pela banda Queensrÿche, Operation: Mindcrime foi um marco na história do metal. Por dois motivos: musicalmente, qualquer pessoa percebe o quão empolgante é o quarto álbum do quinteto; além disso, é considerado o primeiro álbum conceitual do estilo que ajudaram a criar, o progressive metal.

Operation: Mindcrime foi o responsável pela repercussão que obteve a banda nos fim dos anos 80, com sua grande aceitação por público e mídia. A análise dele será feita faixa por faixa em cima da sua envolvente história e das composições musicais em si.

I Remember Now é uma introdução que mostra Nikki (o personagem principal) num hospital psiquiátrico sob observação, já que é tido como suspeito por assassinatos de líderes políticos e religiosos. Ele começa a se lembrar de como chegou ali.

Anarchy-X é uma rápida instrumental que mostra o plano perverso de Dr. X de anarquizar a política do país.

A primeira música é Revolution Calling que começa com a bateria de Scott Rockenfield e possui um grudento refrão. Sua letra tem um teor de crítica social e política. Operation Mindcrime mostra como Dr. X recrutou Nikki, o "Anjo da Morte", para sua organização secreta, através da sua ânsia por mudanças sociais e principalmente pela sua fragilidade causada por drogas, facilitando sua dominação. Speak, com seu baixo vibrante, conta algumas intenções de alvo da "revolução": "eradicate the fascists" (erradicar os fascistas) e "we'll burn the White House down" (queimaremos a Casa Branca).

Spreading The Disease traz a personagem Mary, uma ex-meretriz. Além dela, é apresentado o Padre William que a tirou da prostituição em troca de "serviços" nada religiosos. Em The Mission, Nikki vê a paixão por Mary sua unica forma de diminuir o pesar da vida criminosa. Isso é refletido no ritmo mais melancólico da música.

Suite Sister Mary é o ponto auto, a música mais calcada em opera rock, com corais e já modelando um estilo progressivo. Nela, Geoff Tate (Nikki) faz um dueto com a cantora Pamela Moore (Mary). Dentro da história, Nikki é incubido por Dr. X de matar sua amada e o Padre William (esse foi executado com sucesso).

The Needle Lies é a mais rápida do álbum e narra a tentativa de fuga da organização por parte de Nikki, cansado de ver sangue em suas mãos. Na curta Electric Requiem, Mary aparece morta misteriosamente. Uma das possibilidades é de que ela tenha se decepcionado com Nikki após achar que ele era diferente dos outros homens que passaram por sua vida, tendo assim se suicidado. Mas é apensa uma possibilidade...

Breaking The Silence e I Don't Believe In Love são dois destaques com bons riffs e refrões poderosos. Na primeira, Nikki é levado pela polícia por sua conduta desordeira, causada pelo desespero devido a morte de Mary, e porte de arma ilegal, arma que foi usada em crimes recentes. A segunda revela a desilusão amorosa do personagem central. Waiting For 22 e My Empty Room contam a solidão em que se encontra Nikki.

Mais um bela canção, Eyes Of A Stranger revela a forma como Mary morreu: enforcada pelo seu próprio terço. O final não é nem um pouco feliz. Nikki é levado para um manicômio por camisa de força e recebe sedativos. Ele olha no espelho e vê "olhos de um estranho". No final ele diz: "I Remember Now".

É um disco magnífico com um enredo excelente. Sua importância histórica e musical fazem deste um item obrigatório na discografia do progressive metal.


Tracklist:

I Remember Now
Anarchy-X
Revolution Calling
Operation Mindcrime
Speak
Spreading The Disease
The Mission
Suite Sister Mary
The Needle Lies
Electric Requiem
Breaking The Silence
I Don't Believe In Love
Waiting For 22
My Empty Room
Eyes Of A Stranger

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Dream Theater - Biografia

Dando continuidade a nossa Semana Especial trazemos a biografia de uma das bandas mais importantes e características do Progressive Metal, o Dream Theater.

Tudo começou em 1985 quando três estudantes da Berklee College of Music, uma das escolas de música mais conceituadas do mundo, decidiram montar uma banda para se divertirem durante o tempo livre tocando músicas de bandas como Rush e Iron Maiden. Esses três estudantes eram: John Petrucci (guitarra), John Myung (baixo) e Mike Portnoy (bateria).
Mais tarde John Petrucci convidaria seu amigo, Kevin Moore, para assumir os teclados e Chris Collins para os vocais.
A banda recebeu o nome de Majesty, pois segundo Mike Portnoy a parte final da música Bastille Day do Rush era majestosa.

A banda se apresentou em alguns lugares pequenos durante um ano. Algum tempo depois Chirs Collins foi demitido e Charlie Dominici foi contratado como novo vocalista.
Após isso o número de apresentações cresceu e a banda foi ganhando um certo reconhecimento na região, porém foram obrigados a mudar de nome, pois uma outra banda chamada Majesty entrou com uma ação legal contra a banda. O pai de Portnoy sugeriu o nome Dream Theater e este foi aceito pelos outros.

Em 1989 lançaram o primeiro álbum, When Dream And Day Unite, porém devido a uma quebra de contrato da gravadora eles tiveram dificuldades para conseguirem shows, o que resultou em uma "turnê" para promover o álbum de apenas 5 apresentações. Após o quarto show Dominici foi demitido por diferenças pessoais e musicais.
A banda teve dificuldades para encontrar um novo vocalista, chegaram a cogitar até mesmo o fim da banda, porém durante este "período de espera" nasceram alguns dos maiores clássicos do Dream Theater como: Learning to Live, Metropolis e Take The Time.

Somente quatro anos depois o vocalista James LaBrie entrou para a banda. Eles conseguiram um contrato com uma nova gravadora e lançaram o álbum que seria o grande marco do metal progressivo: Images & Words.
Pull Me Under foi a música resposável por tornar a banda conhecida e contribuiu para que Images & Words recebesse o disco de platina no Japão.

Fortemente elogiado pela crítica, o Dream Theater tinha então a missão de conseguir manter o nível de Images & Words. Foi lançado em 1994 o novo álbum, Awake, outro clássico do gênero e aclamado pela crítica. Porém após o álbum ser mixado Kevin Moore deixa a banda alegando que gostaria de trabalhar em seus próprios projetos musicais. Derek Sherinian foi o novo tecladista escolhido.

Após a entrada de Derek para a banda, eles não começaram a trabalhar imediatamente em um novo material, porém devido a pressão dos fãs foi lançado o EP A Change Of Seasons, que contém a faixa de mesmo nome, considerado por muitos como a melhor música da banda.

Em 1997 é lançado o álbum Falling Into Infinity, primeiro disco da banda a receber críticas negativas, pois devido a músicas como Hollow Years e You Not Me alguns acreditavam que a banda estaria indo para um lado mais mainstream.

Em 1999, Derek é demitido e Jordan Rudess entra para a banda. É lançado então Metropolis Pt. 2: Scenes From a Memory. Este é um álbum conceitual, sequência da música Metropolis Part 1: The Miracle and the Sleeper, e foi extremamente aclamado pela crítica e fãs, sendo considerado a obra-prima da banda.

Após isso o Dream Theater já estava marcado na história do Progressive Metal e seu número de fãs aumentava cada vez mais. Novos álbuns foram lançados e elogiados: Six Degrees Of Inner Turbulence em 2002, que contém a faixa título com mais de 42 minutos de duração, Train of Thought em 2003, mostrando o lado mais pesado da banda e Octavarium em 2005, que experimenta novos elementos nunca usados antes pela banda.

Em 2007 a banda lançou o Systematic Chaos, o segundo álbum a receber críticas negativas e considerado por muitos como o pior da banda. Porém em 2009 chega Black Clouds & Silver Linings que recebe excelentes críticas e consagra a banda ainda mais.

Atualmente a banda se prepara para entrar de férias e voltarão a trabalhar em novos materiais em Janeiro.


terça-feira, 10 de agosto de 2010

Point Of Know Return - Kansas (Resenha)


Passando agora para o Rock Progressivo, preparamos uma resenha de uma das pérolas do gênero. Trata-se de Point Of Know Return, da banda Kansas. Esse foi o seu quinto álbum, lançado em 1977.

As passagens de teclado e violino continuam neste álbum como uma das mais apreciáveis características do Kansas, trazendo grande sutileza às composições. Os vocais tanto de Steve Walsh como de Robbie Steinhardt são bem executados.

A música homônima ao título do disco faz a abertura com grande estilo. Linda e clássica, ela narra a história ilustrada na capa, de um marinheiro na sua trajetória pelo mar. A sequência agora é de arrasar. Paradox e seu início contagiante, a instrumental The Spider, Portrait (He Knew) com seu bom refrão e a maravilhosa Closet Chronicles. Está última começa tranquila, após um minuto acelera, depois acalma de novo para finalmente entrar num riff de baixo maravilhoso de Dave Hope.

Lightning's Hand tem alguns dos melhores solos, principalmente no teclado. Dust In The Wind é sem dúvida o grande hit do grupo, fez um sucesso enorme, gerando inúmeros covers. O seu solo de violino é realmente muito emocionante.

Sparks Of The Tempest é sensacional. Começa com um riff bem legal, a base nos leva para um refrão muito bom e logo o solo de guitarra entra em cena, bem executado. Sem falar no riff final que é o melhor do disco.

Nobody's Home é bastante emocionante e o mais legal dela é o acompanhamento do piano, além de mais um bonito solo de violino. Quem fecha com maestria o disco é Hopelessly Human, a mais longa e épica. Nela há alternância dos dois vocalistas e muito, muito riff e solo para desnortear o ouvinte.

Trabalho repleto de passagens simples, agitadas e bem trabalhadas de uma banda no seu auge, Point Of Know Return é muito mais que aperitivo para o que ainda vem por aí durante a semana.

Tracklist:

Point Of Know Return
Paradox
The Spider
Portrait (He Knew)
Closet Chronicles
Lightning's Hands
Dust In The Wind
Sparks Of The Tempest
Nobody's Home
Hopelessly Human

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