Karina Buhr no Recife

Cantora celebra o auge com show vibrante em Recife

Entrevista: Into The Void

Em entrevista ao Metropolis Music, os americanos do Into The Void falam sobre seu novo álbum, a cena Metal da região, o processo de criação de seus clipes e muito mais

Pérola perdida

Funk, Prog e Jazz com os africanos do Demon Fuzz

Band of Skulls

"Sweet Sour apresenta o trio ainda mais flexível, partindo de canções puramente densas à composições com toda a sutileza do folk."

Leonard Cohen

"As velhas ideias deste senhor ainda são muito superiores à várias novas sensações do cenário musical."

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Metal Open Air anuncia Glenn Hughes no line-up


O festival maranhense, Metal Open Air, anunciou hoje mais uma atração em seu line-up: o vocalista e baixista Glenn Hughes, um dos nomes mais importantes da história do hard rock, conhecido pelo seu trabalho em bandas como Trapeze, Deep Purple e mais recentemente Black Country Communion.

O Metal Open Air acontece nos dias 20, 21 e 22 de abril, no Parque da Independência, em São Luís, capital do Maranhão. Além de Hughes, já foram confirmados outros nomes de peso, como Anvil, Venom,U.D.O., Fear Factory, Blind Guardian, Grave Digger, Megadeth, Anthrax, Exodus, Destruction, Orphaned Land e Symphony X. A atração principal do segundo dia ainda está à ser confirmada.
Para maiores informações, acesse:
www.metalopenair.com

Vendas online em:
http://www.ticketbrasil.com.br/

Álbum da Semana: Dickey Betts & Great Southern - Dickey Betts & Great Southern

O guitarrista Dickey Betts é conhecido entre os mais aprofundados no rock americano, mas, surpreendenmente, nem sempre é lembrado como merece. O músico foi um dos fundadores do Allman Brothers Band, ao lado de Duane Allman, e era um dos principais responsáveis pelo som construído pela banda, tornando-se o líder "não-oficial" dela depois da morte de Duane em 1971 e compondo músicas como "Ramblin' Man" e "Jessica", sucessos comerciais que alavancaram as vendas Brothers and Sisters, o disco mais vendido do quinteto sulista.

Mas, então, os conflitos de ego e personalidade, fatal para qualquer banda de rock, começaram a aparecer e diversas brigas aconteceram, ocasionadas, principalmente, pelo uso de álcool e drogas. Esses conflitos resultaram no irregular Win, Lose or Draw, de 1975, último disco de Betts com o ABB. A sepação ocorreu em 1976, depois de Gregg Allman, preso por posse de drogas, concordar em testemunhar contra John "Scooter" Herring, amigo e empresário da banda, além de responsável por fornecer as drogas para os integrantes. Os demais membros consideraram isso uma traição e resolveram abandonar o barco. Chuck Leavell, Johanny Johanson e Lamar Williams formaram o Sea Level, e Dickey Betts, que já havia lançado o solo Highway Call em 1974, formou a Great Southern.

A Dickey Betts & Great Southern debutou em 1977 com um disco autointulado. Nele, Betts tenta capturar a pureza e a liberdade do southern country tradicional, combinando-a com o blues-rock da Allman Brothers Band, fazendo-o de forma muito bem-sucedida. Guitarras slide e linhas de baixo funkeadas à la New Orleans permeam por todo o álbum, mas grande parte da sonoridade alcançada se deve a gaita de Topper Price, que amplifica muito o clima solto do country em vários momentos.

Os destaques do disco vão para todas a faixas. Desde os primeiros slides de "Out To Get Me" até os últimos acordes de "Bougainvillea", seja a música mais animada ou mais lenta, o disco transmite uma sensação nostálgica latente de Betts, com convicções bem arraigadas. Ela é absorvida até mesmo para quem não é velho o suficiente para sentir saudade do bom e velho country rock e talvez até para quem nunca tenha ouvido o gênero. Em qualquer dos casos, vale muito a pena ouvir este discaço.

Download

Trackslist:
1. Out to Get Me
2. Run Gypsy Run
3. Sweet Virginia
4. The Way Love Goes
5. Nothing You Can Do
6. California Blues
7. Bougainvillea

Regina Spektor: ouça a nova ‘’All The Rowboats’’


Foi divulgado hoje o primeiro single de What We Saw From The Cheap Seats, o novo álbum da Regina Spektor. A faixa, que envereda por uma atmosfera tensa e melancólica, já é apresentada pela cantora desde 2005, mas só agora é registrada em estúdio. What We Saw... ainda não tem data de lançamento definido, mas deve sair em maio.

Maurice André morre aos 78 anos


O trompetista francês Maurice André faleceu no último sábado (25/02) aos 78 anos de idade. O músico morreu em um hospital em Bayonne, na França, e sua família optou por não divulgar a causa de sua morte.

Maurice já colaborou em mais de 250 gravações e foi introduzido à música clássica ainda quando criança, por seu pai. O músico foi o responsável por encorajar compositores contemporâneos, como Andre Jolivet e Marcel Landowski, a escreverem peças para o trompete.

O último concerto do músico foi em 2004.

Review: Van Halen - A Different Kind Of Truth


Por Pedro Kirsten

Após 28 anos de espera, eis que o Van Halen finalmente entra em estúdio com David Lee Roth novamente. Na última vez que isso aconteceu, a banda presenteava os fãs com clássicos como Hot For Teacher, Jump e Panama, no álbum “1984”. Como já era de se esperar, o falatório em cima de “A Different Kind Of Truth” foi grande desde os primeiros boatos que a trupe de Eddie Van Halen estaria trabalhando em um novo álbum, e sempre levantava as mesmas questões: “o sucessor do famigerado ‘Van Halen III’ (1998) conseguiria resgatar o que o Van Halen tem de melhor?”, “Conseguiria ‘A Different Kind Of Truth’ equiparar-se com a qualidade dos álbuns clássicos lançados com Roth nos vocais?”. A resposta para estas perguntas, por incrível que pareça, é “sim”. 

“A Different Kind Of Truth” é a volta do Van Halen em grande estilo. Todos os principais atributos que consagraram a banda no início da carreira estão presentes. Muitos poderão argumentar que o feito se deve ao fato de que parte do material contido no álbum é um reaproveitamento de demos antigas, como é o caso de Tattoo, que é baseada na estrutura de Down In Flames, gravada em 1976. Isso não retira de forma alguma o mérito de “A Different Kind Of Truth”, afinal, a autoria é da própria banda e pouco importa a época em que o material foi composto se o mesmo for de qualidade. Além disso, estas demos eram conhecidas em sua grande maioria apenas pelos fãs mais hardcores da banda e colecionadores de bootlegs. Nada soa requentado, muito pelo contrário, o disco possui um clima revigorante do começo ao fim. 

Não há baladas, teclados, nem qualquer tipo de firula. “A Different Kind Of Truth” é o hard rock em sua forma mais visceral, direta, precisa e cativante. O álbum abre com o single Tattoo, que dividiu a opinião dos fãs em seu lançamento. A faixa se destaca pelo seu pré-refrão melódico e pelo excelente solo de Eddie Van Halen, porém não é a música mais impactante para abrir o disco (She’s The Woman e China Town seriam boas escolhas). Independentemente de sua qualidade, Tattoo pouco diz sobre o álbum como um todo e é fato que sua recepção pouco calorosa por grande parte do público pode ter afastado alguns ouvintes do restante do disco. 

O play dá sua verdadeira cara a partir da segunda faixa, She’s The Woman, trazendo o hard rock que caracterizou a banda durante seus primeiros álbuns e com a típica canastrice de David Lee Roth. E por falar nos primeiros álbuns, não há como ouvir Stay Frosty sem que o cover de Ice Cream Man, presente no debut da banda, venha à cabeça. 

“A Different Kind Of Truth” é um disco com dinâmicas muito bem balanceadas, quem busca algo mais pesado certamente não se decepcionará, pois há espaço para faixas mais agressivas, beirando o heavy metal, como o petardo Bullethead e a veloz China Town

O lado AOR da banda também não é deixado de fora, aparecendo, mesmo que com certa discrição, em dois dos melhores momentos do álbum: o primeiro é You And Your Blues, um dos momentos mais singulares e melodiosos no disco, apresentando também um belo desempenho vocal de Roth. O segundo é Blood And Fire, candidata a single, que começa lenta, com uma introdução de guitarra quase sem distorção, e vai crescendo aos poucos até chegar a seu ápice durante o solo de Eddie. 

Outros destaques ficam a cargo do frenesi de Outta Space, com um riff matador, e a cadenciada Big River, também candidata a ser tornar o próximo single da banda. 

“A Different Kind Of Truth” é o primeiro álbum de estúdio do Van Halen a contar com o jovem baixista Wolfgang Van Halen, filho de Eddie Van Halen. Muito se questionava a respeito da falta que Michael Anthony faria à banda, porém o trabalho foi tão competente que nada há de se contestar. O timbre do baixo está bastante encorpado e os grooves incorporam-se com naturalidade na percussão agressiva e onipresente de Alex Van Halen, uma das marcas registradas da banda. Honeybabysweetiedoll é modelo disto, e ainda conta com um riff que nos remete à Gates Of Babylon, do Rainbow. Os backing vocals de Anthony não fizeram a falta gritante que muitos imaginavam, ao menos nas novas composições. 

“A Diffent Kind Of Truth” mostra o Van Halen em plena forma e afiadíssimo, demonstrando que mesmo após 40 anos de carreira a banda pode sim lançar discos dignos e representativos em sua discografia. Este é o álbum que todos queriam ouvir, mas que muitos duvidavam se a banda realmente seria capaz de lançá-lo.


Nota: 9


Tracklist:
01. Tattoo
02. She's the Woman
03. You and Your Blues
04. China Town
05. Blood and Fire
06. Bullethead
07. As Is
08. Honeybabysweetiedoll
09. The Trouble With Never
10. Outta Space
11. Stay Frosty
12. Big River
13. Beats Workin'

Review: Sleigh Bells - Reign of Terror



Por Guilherme Vaz

A cena musical do Brooklyn, Nova York é, com certeza, uma das que mais chamam a atenção atualmente. Em expansão, é o reduto de uma parcela de músicos que primam pela inovação musical. O Sleigh Bells, como não poderia deixar de ser, faz parte desse meio. 

O duo composto por Alexis Krauss (vocalista) e Derek Miller (compositor, guitarrista), lançou em 2010 seu debut, Treats. O álbum denso e insistente, conseguiu elogios de crítica e público, deixando grande expectativa para um próximo lançamento. 

Embora o título, Reign of Terror, pareça indicar algo ainda mais agressivo que seu antecessor, não é o que acontece. O imediatismo presente em Treats, dá espaço para a expansão do som: em vez de mais volume, mais profundidade. Exemplo disso são as mais melódicas: "End Of The Line", "You Lost Me" e "Never Say Die". As composições se tornaram mais estruturadas e melhores produzidas, aprimorando a sonoridade característica do duo. 

O que não quer dizer que os riffs estrondosos de guitarra, relembrando bandas de hard rock e metal dos anos 80 e os doces vocais dream pop, em meio a efeitos que simulam de gritos de cheerladers à explosões, presentes no primeiro álbum, não tenham sua vez por aqui. "Crush", "Demons" e "Road To Hell", como os nomes sugerem, apresentam o lado mais visceral do álbum.  

Reign of Terror, pode não ser uma continuação de toda a energia incontida em Treats, mas é claramente uma mostra de que o duo deu um passo à frente. A proposta é simples, noise pop com letras quase irrelevantes tratando de temas sobre ganhar ou perder, suicídio, ressacas e tudo o mais. As canções cada vez mais com uma sobrecarga de entusiasmo, em uma abordagem subversiva, são o que melhor se pode encontrar no álbum.


Nota: 7,5   


Tracklist:
1. True Shred Guitar
2. Born To Lose
3. Crush
4. End Of The Line
5. Leader Of The Pack
6. Comeback Kid
7. Demons
8. Road To Hell
9. You Lost Me
10. Never Say Die
11. D.O.A


           

Slash: ouça faixa inédita do novo álbum


Conforme anunciamos anteriormente, o novo álbum de Slash, Apocalypse Love será lançado no dia 22 de maio. No entanto, uma faixa do disco já vazou na íntegra na internet: ''You're a Lie'', que pode ser conferida no player abaixo:

Revelada causa da morte de Gary Moore


Mais de um ano após sua morte, finalmente foi revelado a causa do óbito de Gary Moore, virtuoso guitarrista que imprimiu sua marca no som do Thin Lizzy, Colosseum II, Skid Row e ainda destacou-se numa sólida carreira-solo, com sucessos ''Still Got The Blues'' e ''Parisiense Walks''. De acordo com o jornal britânico The Telegraph, Moore sofreu um ataque cardíaco fulminante após ter consumido uma grande quantidade de álcool - exames mostram que em seu sangue o teor alcóolico estava em 380 mg por decilitro, cinco vezes mais do que o permitido para dirigir.


Leia também:
Dez vídeos para relembrar Gary Moore


Gary Moore morreu em fevereiro de 2011, na Costa Del Sol, na Espanha. O guitarrista estava de férias, junto com a namorada. Tinha 58 anos e deixou quatro filhos.

Keith Richards e Eric Clapton em tributo à Hubert Sumlin; assista


Nesta última sexta-feira, em Nova Iorque, aconteceu um show tributo ao bluesman Hubert Sumlin. O concerto, que contou com participações do quilate de Keith Richards, Eric Clapton e Buddy Guy, é uma homenagem especial ao lendário guitarrista, que morreu no ano passado vítima de uma insuficiência cardíaca em consequência de um câncer de pulmão.

A apresentação relembrou clássicos como ''Spoonful'', que o elevou ao patamar de um dos guitarristas mais influentes de todos os tempos, ecoando em gente como Jimi Hendrix, Eric Clapton e Jeff Beck, a tríade sagrada da guitarra sessentista. Toda a renda obtida com a venda de ingressos foi revertida em doações para a Jazz Foundation of America.

Evidentemente, várias gravações do evento pipocaram na internet. A maioria de baixa qualidade, é verdade. Mas o Eric Clapton e Keith Richards tocando ''Spoonful'' no mesmo palco é um momento impagável; confere:

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Arjen Lucassen: capa do novo disco revelada


O multiinstrumentista holandês Arjen Anthony Lucassen, mentor do Ayreon, Star One e de diversos outros projetos, revelou hoje a capa de Lost In The New Real, seu novo trabalho solo. A capa, feita por  Claudio Bergamin, traz um panorama sci-fi e um pouco futurista, temas que o músico usa com frequência em seus trabalhos. O disco será lançado em 23 de abril, na Europa, e dia 8 de maio, nos Estados Unidos, via InsideOut Music.

Abaixo, um vídeo com comentários sobre a arte da capa e alguns trechos das músicas do álbum:

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Adrenaline Mob: ouça duas músicas inéditas


Em sua página no Facebook, o Adrenaline Mob disponibilizou para audição duas músicas inéditas: ‘’Feelin’ Me’’ e ‘’Angel Sky’’. Ambas as faixas, juntamente com o single ‘’Undaunted’’, que já ganhou vídeo clipe, estarão em Omertá, o primeiro disco do combo, cujo lançamento acontece no dia 13 de março.

O supergrupo Adrenaline Mob foi formado no ano passado e tem em sua formação o ex-baterista do Dream Theater, Mike Portnoy; Russel Allen, vocalista do Symphony X; e o guitarrista do Sonic Stomp, Mike Orlando. O conjunto ainda contava com o guitarrista Rich Ward (Fozzy e Stuck Mojo) e o baixista Paul DiLeo, no entanto, ambos os membros saíram da banda logo após a gravação de Omertá, afirmando falta de tempo para realizar a turnê de divulgação do álbum.

Para ouvir as faixas, acesse: Facebook

Novo álbum póstumo de Joey Ramone chega em maio


Onze anos após sua morte, Joey Ramone terá um novo álbum lançado sob seu nome. Ya Know? será o segundo álbum póstumo do lendário vocalista dos Ramones e chega às lojas em maio. O disco contém 17 gravações demo que Joey fez para a sua banda e carreira solo. Com produçãode Ed Stasium (Road To Ruin, 1978; Mondo Bizarro, 1992) o registro traz canções inéditas como ''Rock & Roll Is The Answer'', ''New York City'' e ''Waiting For That Railroad'', que foram completadas por Joan Jett, Richie Ramone e Steven Van Zandt, da E-Street Band, de Bruce Springsteen.

Aspas #19


‘’A julgar pela minha caixa de entrade de e-mails, essa decisão vai fazer muitas pessoas felizes. É um desafio digno para nós, e tenho certeza de que Adam teria a aprovação de Freddie!’’
Guitarrista e atual dono do QueenBrian May sobre a entrada do vocalista Adam Lambert na banda. Uma mentirinha não faz mal a ninguém...


‘’Infelizmente, mais uma vez a ganância levanta a cabeça latindo. Não acho que devam comprar, nem mesmo os completistas mais famintos.’’
Lemmy, líder do Motorhead, sobre o superbox do grupo, Complete Early Years Box Set, vendido ao preço de 600 libras – algo em torno de 1000 reais.

“Tenho duas faixas com The Damned, duas faixas com o Siskin Skew, uma com Joan Jett, uma com Dave Ghrol e duas com o Reverend Horton Heat.”
Mais uma vez Lemmy, anunciando que está finalizando um disco solo.

Estamos a beira de fazer isso. Eu ainda não sei o que diabos irá acontecer, mas todos achamos que devemos fazer algo para as pessoas.
Ronnie Wood, guitarrista do Rolling Stones, sobre reunião de 50 anos da banda.

Review: Steven Wilson - Grace For Drowning

Por Rodrigo Luiz

Os gênios são poucos atualmente no mundo da música, e para alguns até inexistentes. Jim Morrison ainda levanta dúvidas em relação à sua poesia, que, para alguns, é genial, e para outros, são completamente desprovidas de sentido. Não existe critério eficiente para definir a genialidade ou não de um músico, ela varia de acordo com a opinião e o gosto de cada pessoa, pois cada um absorve de maneira diferente as sensações que uma música pode transmitir. Mas, diante deste disco, é muito difícil resistir e não usar este adjetivo, mesmo sendo tão relativo. Pelo menos por Grace For Drowning, Steven Wilson merece o título de gênio. Nunca deixando de surpreender, seja nos seus trabalhos com o Porcupine Tree, No-Man ou Blackfield, o músico mais uma vez desbrava novas fronteiras musicais e nos leva á uma verdadeira "jornada sonora", como ele mesmo gosta de dizer.

Grace For Drowning é um disco duplo, o seu segundo solo, e conta com diversas participações especiais: Steve Hackett, ex-Genesis; Tony Levin, Pat Mastelotto e Trey Gunn, do King Crimson; Theo Travis, da banda francesa de jazz-rock Gong e o tecladista Jordan Rudess, do Dream Theater. Um grupo que garante um instrunmental tecnicamente perfeito, com o qual Steve compartilha diversas influências setentistas progressivas e dá uma boa margem criativa. Mas apesar dessas influências, Steven conduz o grupo buscando o tempo todo se despregar da sonoridade do prog setentista, passeando por diferentes gêneros e mostrando um apurado nível de experimentação, combinando elementos diversos de forma inventiva e natural.

Na primeira parte do disco, as sonoridades variam bastante entre o jazz e o prog rock tradicional, como na faixa-título "Grace For Drowning", na belíssima "Deform To Form a Star" e na bucólica "Postcard". "Deform To Form a Star" e "Remainder Of The Black Dog" trazem características já conhecidas nos trabalhos de Steven com o Porcupine Tree. A primeira com um intrumental semi-acústico, mas consistente e com uma atmosfera bem envolvente e a segunda com experimentações jazzísticas que lembram um pouco a sonoridade de Heritage, do Opeth, que Steven produziu. E ainda possui solos geniais de sax. "Sectarian" lembra o King Crimson em alguns momentos, com uma atmosfera hipnotizante e quase corrosiva. Nela ainda cabe espaço para algumas experimentações eletrônicas, que são encontradas aos montes em "No Part Of Me", que possui melodias inconstantes e até palmas ao fundo, formando um clima totalmente avant-garde. Esse clima ainda é intensificado por um solo descontrolado de sax distorcido.

A segunda parte abre com "Belle De Jour", um singelo tema acústico. "Index" e "Track One" são bem fragmentadas, bastante experimentais, com muitos elementos eletrônicos. A primeira beira ao trip-hop, enquanto a segunda é tomada por um clima totalmente sinistro depois de um início introspetivo no violão. Até aqui o disco já é impressionante, mas quando "Raider II" começa a tocar, parece que tudo que se ouve até a décima faixa é apenas uma lenta preparação para esta. Uma introdução sombria e grave no piano dá um tom misterioso, seguidos por um riff de guitarra também grave em meio a coros épicos. A flauta começa a ser ouvida e rapidamente toma conta da música, num longo solo jazzístico. Uma quebrada no ritmo seguido por uma passagem caótica e pesada e novamente temos um clima anestesiante de total mistério, pelo menos até os 18 minutos, quando baixo e saxofone explodem num clima épico e cheio de tensão. A música termina em completa calmaria enquanto você se pergunta o que acabou de acontecer. "Like Dust I Have Cleared From My Eye” fecha esta obra com acordes simples e delicados, na mais perfeita paz. Um descanso para os ouvidos.

Grace For Drowning é simplesmente deslumbrante, um prato cheio para os proggers, mas qualquer pessoa que goste de música deveria dar pelo menos uma chance à ele. Ele é longo e cheio de pormenores, mas suas atmosferas são tão envolventes que a longa duração só intensifica o clima de viagem total. Talvez seja subjetivo demais, não tenha sentido algum, mas isso pouco importa. Dê play, feche os olhos e se deixe levar, é tudo que este disco pede.


Nota 10

Tracklist:
Disco 1
1. Grace for Drowning
2. Sectarian
3. Deform to Form a Star
4. No Part of Me
5. Postcard
6. Raider Prelude
7. Remainder the Black Dog

Disc 2
1. Belle de Jour
2. Index
3. Track One
4. Raider II
5. Like Dust I Have Cleared From My Eye

Review: Siba - Avante


Por Gabriel Albuquerque

Ao incorporar a rabeca ao seu repertório, Siba Veloso mergulhou de cabeça no mundo do instrumento. Ele jamais pensava que tocaria guitarra em disco novamente. A paixão foi tão arrebatadora que ele chegou a desfazer-se de todas as suas guitarras, com exceção de Gianinni, seu primeiro instrumento, que comprou quando tinha 16 anos. E eis que chega 2012 e Gianinni volta à ativa e reconecta Siba às suas raízes elétricas em Avante, seu novo álbum solo.

A volta à guitarra elétrica (influência da amizade com Fernando Catatau, guitarrista do Cidadão Instigado e um dos principais instrumentistas do país), conduz Siba por caminhos trilhados no rock, mas não o liga diretamente ao gênero. Também não houve ruptura com o universo da Zona da Mata pernambucana. Tudo faz parte de um grande misto de linguagens que variam do rock à música africana. Mas que mantém a sua assinatura tão original, conectado sempre à poesia nordestina que fizeram seu nome no Mestre Ambrósio e à frente da Fuloresta - dois grupos seminais da música pernambucana, que uniram os ritmos regionais à sonoridades do pop antes mesmo de Chico Science.

No geral, Avante segue linhas instrumentais simples. O grande destaque está nas letras, com forte inclinação à poesia, que se misturam com situações de seu cotidiano/acontecimentos de sua vida pessoal. É o caso da melancólica ‘’Qasida’’, onde Siba percorre memórias afetivas; ‘’Canoa Furada’’, antiga canção da Fuloresta que ganhou o peso de tubas, guitarras e flautas a la Jethro Tull e conta a história de um homem que saiu para pescar e acabou cercado por cercado por tubarões; ‘’Bagaceira’’ é um retrato do frenético carnaval pernambucano; e ‘’Preparando o Salto’’, que abre o play, mostra Siba à procura de sua identidade em meio ao caos – a melhor composição de Avante
.
‘’Mute’’ é uma vinheta instrumental aguada e ‘’Um Verso Preso’’ é um poema engessado declamado por Lirinha, ex-Cordel do Fogo Encantado. Dois momentos desprezíveis, mas compensados pela faixa seguinte, ‘’Avante’’, a mais pesada do disco.

Siba pode ser facilmente taxado como pretencioso - e talvez ele seja mesmo -, juntamente com os seus conterrâneos do Mombojó e Eddie. Mas Siba, diferente dos demais, é dono de um lirismo poderoso e total domínio sobre suas letras que mantém sua poesia firme e concreta.

Siba é um artista talentoso e que não se prende a formulas. Rico e cativante, Avante sintetiza com maestria todo o seu espírito inquieto: sempre em frente, sempre avante.



Nota 8,5


Tracklist:
1.Preparando o Salto
2.A Brisa
3.Ariana
4.Cantando Ciranda na Beira do Mar
5.Bagaceira
6.Canoa Furada
7.Mute
8.Um Verso Preso
9.Avante
10.Qasida
11.Bravura e Brilho

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Mashup: Jorge Ben & Beastie Boys; Talking Heads & Tim Maia; Ramones & Roberto Carlos

Pela internet circulam internet diversos e diversos mashups - mistura de ritmo e letra de duas músicas diferentes em uma só faixa. A maioria são de qualidade duvidosa, mas sempre surgem coisas interessantes, como estes criados e postados no SoundCloud por Rapha Bertazi, misturando Beastie Boys com Jorge Ben, Talking Heads com Tim Maia, e Roberto Carlos com Ramones e Blondie. Confere aí:







Motörhead: Lemmy trabalhando em álbum solo


Lemmy Kilmister, líder do Motörhead, está trabalhando em um álbum solo que incluirá várias contribuições, entre elas Dave Ghrol, The Damned e Joan Jett.

"Já tenho 3/4 do álbum a caminho até o momento. Tenho duas faixas com The Damned, duas faixas com o Siskin Skew (banda de hard rock alemão), uma com Joan Jett, uma com Dave Ghrol e duas com o Reverend Horton Heat.", contou o baixista. "Eu tenho muito saco pra isso. Estou tentando uma faixa com a Skin (pseudônimo de ;Deborah Dyer) do Skunk Anansie."

Nada confirmado sobre a data de lançamento ainda.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Review: ‘Love Interruption’, Jack White



Por Gabriel Albuquerque


Um dos nomes mais influentes da música pop contemporânea e referência para toda a nova geração de guitarristas, Jack White está de volta. E dessa vez não é com o Dead Weather, nem com o Raconteurs tampouco em parceria com Wanda Jackson ou com os rappers do Insane Clown Posse. White evitou, mas não conseguiu. Esse ano o ex-líder do White Stripes inicia a sua carreira solo com Blunderbuss, que chega às lojas no dia 23 de abril via Third Man Records, selo fundado pelo próprio músico.

Junto com o anúncio do álbum, também foi disponibilizado o primeiro single. Com participação da cantora Ruby Amanfu (que por acaso ou não participou de uma turnê de Wanda Jackson recentemente), ‘’Love Interruption’’ tem todo clima vintage e delicioso tempero nostálgico que fizeram de White um dos guitarristas mais admirados de seu tempo. No entanto, não há nenhum vestígio de seus riffs de heavy blues e seus poderosos solos distorcido nem sequer o ritmo pesado da bateria. Em seu lugar aparecem vocais harmoniosos e dedilhados delicados no violão sob uma ambientação calma, tranquila, que beira o minimalismo.

Mas o brilho de ‘’Love Interruption’’ está em sua letra – cuja influência esbarra nitidamente Bob Dylan, ídolo admitido de White. Entre outras coisas, White pede ao Amor para que lhe ''mate minha mãe'', ''transforme os amigos em inimigos'' e ''me deixe morrendo no chão''. Versos sombrios e que hipnotizam com elegância e sutileza como poucos conseguem.

Nota 9,0



Blunderbuss é o primeiro disco solo de Jack White e será lançado no dia 23 de abril via Third Man Records


Classic Tracks: ‘Redemption Song’

Por Gabriel Albuquerque

Dizem que quando um cisne sente que a morte está próxima, ele emite um canto belo canto melodioso, o famoso ‘’canto do cisne’’. Em 1979, Bob Marley já fora diagnosticado com o câncer que tiraria sua vida no ano seguinte. E, como conta sua esposa, ‘’secretamente afundado em fortes dores’’, compôs ‘’Redemption Song’’ - o seu canto do cisne.

Marley já havia gravado uma versão da música ao lado de toda a sua banda, o Wailers. Mas aceitou a sugestão do presidente da Island Records, Chris Blackwell, e tocou-a em uma versão acústica, acompanhado apenas pelo violão, transformando-a em um sublime lamento folk. Um estilo inédito em sua obra, passando longe das batidas pesadas do reggae que fizeram seu nome.

Inspirado pelos escritos do orador Marcus Garvey, Marley compôs uma letra suntuosa sobre a escravidão, tanto mental quanto física. E com paixão e serenidade, convoca: ‘’Libertem-se da escravidão mental. Ninguém além de nós pode libertar nosso espírito’’.

‘’Redemption Song’’ nunca foi um grande sucesso nas paradas – não entrou nem no Top 100 da Inglaterra. Mas hoje é a canção que melhor sintetiza, em pouco mais de três minutos, todo o espírito pacifista de Bob Marley. A última faixa de seu último disco, a última música que ele tocou ao vivo: ‘’Redemption Song’’ é sua última mensagem ao mundo. Seu inesquecível epitáfio. Afinal de contas, só nos restam essas canções de redenção.

Jack Bruce e Vernon Reid envolvidos em supergrupo; confira detalhes


Spectrum Road é o nome do supergrupo que contará com Jack Bruce (baixista e vocalista do Cream), Vernon Reid (guitarrista do Living Colour), Cindy Blackman Santana (baterista do Lenny Kravitz, Santana) e John Medeski, tecladista de jazz.

O álbum de estréia, auto-intitulado, será lançado nos Estados Unidos via Palmetto Records em 05 de junho, onde passarão o verão em turnê.


Reid comentou sobre a banda: "Ser capaz de tocar e gravar nesta banda ao lado de três dos músicos mais criativos do mundo é um sonho antigo que se tornou realidade. A ideia para a Spectrum Road surgiu em 2001. Foi a crença de que juntos poderíamos realizar algo grande que nos fez concretizar esse registro." Abaixo você pode conferir um vídeo do supergrupo ao vivo:

Beirut: veja clipe de "Vagabond"



O Beirut lançou um vídeo para "Vagabond", faixa que integra seu álbum The Rip Tide, lançado em 2011. Em preto e branco, traz a sensação de um filme de guerra de baixo orçamento de 1940. O vídeo mostra um grupo de soldados e marinheiros "flertando" com enfermeiras e garotas locais enquanto dançam. Segundo os diretores, foi inspirado na estética dos filmes de Milos Forman da década de 60. Eles ainda acrescentaram: "Com todas aquelas bebidas, cigarros e gravidez, o vídeo provavelmente será banido da MTV, então esperamos que muitos o apreciem na internet."

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Ouça: Gorillaz/James Murphy/André 3000: "DoYaThing"


Como anunciado há algumas semanas, o Gorillaz, juntamente com Andre 3000 do Outkast e James Murphy, líder do extinto LCD Soundsystem, se juntariam para compor uma canção. A colaboração é fruto do projeto da Converse "Three Artist, One Song". A faixa estará disponível para download amanhã, 23, no site da Converse, entretanto você pode ouvi-la clicando aqui, disponibilizada pelo site Listen Before You Buy.


Jack White: capa e tracklist de álbum solo


O álbum solo de Jack White, Blunderbuss, tem lançamento previsto para 24 de abril via Third Man Records / Columbia. Antecedendo sua performance no Saturday Night Live marcado para 3 de março, ele liberou a arte do álbum (acima) e sua tracklist. Abaixo você também pode conferir o clipe de "Love Interruption", primeiro single do álbum:


Blunderbuss:

01 Missing Pieces
02 Sixteen Saltines
03 Freedom at 21
04 Love Interruption
05 Blunderbuss
06 Hypocritical Kiss
07 Weep Themselves to Sleep
08 I'm Shakin'
09 Trash Tongue Talker
10 Hip (Eponymous) Poor Boy
11 I Guess I Should Go to Sleep
12 On And On And On



Entrevista: Into The Void


Direto dos Estados Unidos, o Into The Void vem ganhando cada vez mais destaque nas mídias sociais. Com as raízes de sua sonoridade baseadas no thrash metal tradicional, o trio liderado pelos irmãos Childers vem aos poucos obtendo seu espaço e conquistando uma base de fãs cada vez mais sólida. Em entrevista ao Metropolis Music, os irmãos Cody (guitarra) e Cameron (baixo, vocal) nos revelam detalhes de seus trabalhos futuros, do processo de criação de seus vídeos e álbuns, e muito mais.

Aos que não conhecem a banda, vale a visita ao site oficial do grupo (http://www.intothevoidtheband.com/) onde todos os álbuns da banda podem ser baixados gratuitamente.


A banda é de West Virginia, correto? Como é a cena Metal da região? 

Não muito ativa, há poucas bandas de Metal na região e a maioria toca estilos diferentes do nosso. A maioria são bandas de estilos mais recentes de Metal. 

Ouvi dizer que a banda está trabalhando em um novo álbum de estúdio. O que vocês podem nos revelar sobre isso? Já existe algo definido, como título e/ou data de lançamento? 

Nosso novo álbum será uma mudança em relação aos anteriores, ele será lançado sob o nome de American Deathwish. Decidimos mudar o nome da banda por vários motivos, mas nossa sonoridade não mudará e ainda manteremos o material do Into The Void na internet. Continuaremos tocando Metal, lançando videoclipes e conversando com nossos fãs.

E quanto à sonoridade do novo álbum? Haverá alguma mudança drástica ou ele seguirá uma linha mais natural em relação aos lançamentos anteriores? 

Haverá certa evolução em relação ao nosso último lançamento, o EP “Call Of The Void”. Sempre tentamos apresentar material original, mas que contenha nosso próprio som. 

Em conversas anteriores, no Twitter, falamos sobre o Orange Goblin. Eles foram uma influência para vocês? Quais bandas vocês consideram como influências chave para a sonoridade do Into The Void? 

Cody: Pessoalmente, eu passo por várias fases, ultimamente tenho ouvido muito stoner metal. Sleep, High On Fire (Matt Pike é um gênio), Orange Goblin, The Sword e coisas do tipo. O Cameron ouve várias coisas diferentes, ele apenas ouve uma boa música. Honestamente, nós dois temos ouvido músicas bastante diferentes ultimamente, tudo de John Hartford, de Gorillaz a Rob Zombie e Napalm Death. 

O Into The Void já lançou vários videoclipes, a banda participa diretamente do processo de criação dos conceitos dos vídeos ou os diretores têm total liberdade para demonstrarem suas próprias interpretações da música nos vídeos? 

Cody: Somos adeptos do conceito de “faça você mesmo” na música. Nós construímos nosso próprio estúdio, modificamos e/ou montamos os eletrônicos que usamos para gravar. Nós construímos nosso próprio PC para editar vídeo e áudio. Também fazemos nossa própria arte gráfica dos álbuns em casa. Então, naturalmente, decidimos fazer nossos próprios vídeos. Nós escolhemos e gravamos todas as imagens, criamos nossos próprios conceitos e editamos tudo. Sinto que os vídeos são uma extensão disto. Eu tento estudar produção cinematográfica e utilizo os vídeos como uma maneira de estender o que uma canção pode ser. 

Algumas das letras do Into The Void lidam com a sociedade como um todo, você acha que os eventos que estamos presenciando atualmente, desde o caos econômico até as revoltas no Oriente Médio, podem influenciar a banda liricamente? 

Talvez sim, depende muito no que estamos motivados para escrever a respeito. 

Qual dos irmãos começou a tocar um instrumento primeiro, Cody ou Cameron? Vocês sempre tiveram a intenção de formarem uma banda juntos?

Cameron: Nós ganhamos nossas guitarras juntas, Cody inicialmente era mais dedicado que eu e sempre estava tocando com alguns amigos. Então eu eventualmente peguei um baixo e montamos uma banda. Decidimos criar um trio, pois era mais fácil de nós organizarmos e dava a todos mais liberdade. 

Já se passaram seis anos desde o lançamento de “See You Pay” (primeiro álbum da banda). Como você avalia estes seis primeiros anos de carreira? 

Ocupados... Você acabou de me deixar impressionado por já terem se passado seis anos... 

Como você descreveria o som do Into The Void para os nossos leitores que ainda não ouviram a banda? 

Algo diferente, sempre tentamos ser únicos, ter nosso próprio som. 

Gostariam de deixar mais algum comentário? 

Fiquem ligados, muita música e vídeos estão por vir. Estamos trabalhando no clipe de Session Zero do EP “Call Of The Void”, e estamos muito próximos da versão final do primeiro álbum do American Deathwish.



Review: Band of Skulls - Sweet Sour


Por Guilherme Vaz

Em 2009, o Band of Skulls veio ao mundo apresentando riffs potentes baseados no blues e no rock clássico entre melodias sensuais condensadas em pop, alternando os vocais de Russell Marsden (vocal, guitarra) e Emma Richardson (vocal, baixo) em seu debut Baby Darling Doll Face Honey. Durante os 3 anos posteriores ao primeiro álbum, o power trio britânico lançou um EP (Friends, 2010), um álbum ao vivo (Live on KCRW's Morning Becomes Eclectic, 2010) e o single "The Devil Takes Care Of His Own" presente em Sweet Sour, álbum recém lançado.

Se em Baby Darling Doll Face Honey, alguns definiram o som da banda como um mix impossível de U2, Coldplay e Clap Your Hands Say Yeah, os pontos para serem tomados como referência em Sweet Sour parecem ter melhorado. A esmagadora faixa de abertura, que leva o nome do disco, é um sludge à la Black Sabbath, porém com as características do trio: vocais em uníssono e um refrão sutil e psicodélico. Já "Bruises", é uma balada crescente estilo Radiohead, com trechos mais agressivos. Além dessas, "Wanderlust" traz similaridades com My Morning Jacket, em passagens atmosféricas e falsetes, com o diferencial de uma linha de guitarra vintage e toques de prog rock.

Outras comparações podem parecer mais óbvias, The Black Keys, The Kills e The Dead Wheater, em faixas que traçam um paralelo do blues e rock de garagem ao indie como: "The Devil Takes Care of His Own", "You're Not Pretty But You Got It Goin' On" e "Lies".

As lindas canções "Lay My Head Down", "Navigate" e  "Hometowns" demonstram a banda mais do que eficaz na criação de composições introspectivas e ainda surpreendentes, onde o baterista Matt Hayward (destruidor ao longo do restante do disco) se apresenta mais comportado.

Sweet Sour apresenta o trio ainda mais flexível, partindo de canções puramente densas à composições com toda a sutileza do folk. Assim, a Band of Skulls se mostra com alguns dos melhores e mais versáteis músicos de toda a cena indie atual. Álbum melhor do que o esperado.

Nota: 8,5





Tracklist:
01 – Sweet Sour
02 – Bruises
03 – Wanderluster
04 – The Devil Takes Care Of His Own
05 – Lay My Head Down
06 – You’re Not Pretty But You Got It Goin’ On
07 – Navigate
08 – Hometowns
09 – Lies
10 – Close To Nowhere

Ouça: "The Devil Takes Care Of His Own"



terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

3 Inches Of Blood: ouça a nova música da banda


O 3 Inches Of Blood disponibilizou para streaming a faixa Dark Messenger, presente no novo álbum de estúdio da banda, "Long Live Heavy Metal", que chegará às lojas no próximo dia 26 de março.

Para ouvir a música basta clicar aqui.

O tracklist de "Long Live Heavy Metal" é:

1. Metal Woman
2. My Sword Will Not Sleep
3. Leather Lord
4. Chief and the Blade
5. Dark Messenger
6. Look Out
7. 4000 Torches
8. Leave it on the Ice
9. Die for Gold (Upon the Boiling Sea IV)
10. Storming Juno
11. Men of Fortune
12. One for the Ditch

Korpiklaani anuncia novo violinista


A banda finlandesa de folk metal, Korpiklaani, anunciou que Tuomas Rounakari é o novo violinista do grupo. No momento, o Korpiklaani encontra-se em estúdio gravando seu oitavo álbum de estúdio, intitulado "Kunnia", ao qual deve ser lançado no próximo dia 18 de julho.

"Trouxemos Tuomas a bordo quando percebemos que ele era realmente a única escolha sensata para nós. Nós já tínhamos pensado nele antes, mas sempre tinhamos medo de que ele estaria ocupado demais para se juntar a nós, porque o KORPIKLAANI exige muito tempo de cada membro da banda. Quando finalmente lhe perguntamos, ele respondeu que seria um desafio emocionante e uma grande chance para ele, então ele concordou em assumir o violino para nós. Estamos mais do que felizes com sua decisão!" declarou a banda.

"No momento, a banda toda está reunida no estúdio onde recentemente entramos na fase final de gravação, com Jonne gravando as suas linhas vocais e com algumas peças folclóricas que faltam serem gravadas. Se tudo correr conforme o planejado, o álbum estará pronto para mixagem no final de março."

Rage: assista ao videoclipe de 'Twenty One'


Twenty One, o novo videoclipe do Rage, pode ser assistido abaixo. O vídeo foi gravado em um cassino na República Tcheca.

Twenty One faz parte do 21º álbum de estúdio do Rage, intitulado "21' por motivos óbvios, e será lançado no próximo dia 24 de fevereiro via Nuclear Blast Records.


Exumer: ouça a inédita 'Fire & Damnation'

Capa de "Fire & Damnation"
A Metal Blade Records disponibilizou para audição Fire & Damnation, a nova música do Exumer, que pode ser conferida no final da postagem. A música faz parte do álbum de mesmo nome que será lançado no dia 10 de abril. O álbum tem a produção assinada por Waldemar Sorychta, ao qual tem em seu currículo o trabalho com bandas como Sodom, Moonspell e Therion.

O tracklist de "Fire & Damnation" é:

01. Fire & Damnation
02. Vermin Of The Sky
03. The Weakest Limb
04. A New Morality
05. Waking The Fire
06. Fallen Saint
07. Crushing Point
08. Devil Chaser
09. I Dare You
10. Tribal Furies
11. Destructive Solution 
(ao vivo) [faixa bônus] 
12. A Mortal In Black 
(ao vivo) [faixa bônus] 
13. Xiron Darkstar
(ao vivo) [faixa bônus]

Queen anuncia o primeiro show com Adam Lambert


Mesmo com os boatos sendo desmentidos pelo próprio Adam Lambert, eis que o Queen confirma seu primeiro show com o vocalista. A apresentação acontecerá no dia 07 de julho em Knebworth, na Inglaterra, onde o Queen será um dos headliners do Sonisphere Festival

"A julgar pela minha experiência de entrada, esta decisão vai fazer um monte de gente muito feliz. É um desafio digno para nós, e tenho certeza que Adam iria receber a aprovação de Freddie! E que melhor lugar para se revisitar, e caminhar nesses caminhos emocionais do que Knebworth? Será o máximo." declarou o guitarrista Brian May.

Adam Lambert foi revelado na edição de 2009 do reality show American Idol, onde ficou em segundo lugar. O cantor já havia se apresentado com o Queen em 2011 durante o MTV Europe Music Awards.

O Sonisphere Festival acontecerá entre os dias 06 e 08 de julho e já confirmou as seguintes bandas:

KISS
QUEEN (with Adam Lambert)
FAITH NO MORE
WITHIN TEMPTATION
WOLFMOTHER
EVANESCENCE
THE DARKNESS
FLOGGING MOLLY
GOJIRA
LACUNA COIL
INCUBUS
MARILYN MANSON
CYPRESS HILL
ANDREW W.K.
REFUSED
MASTODON
THE BLACKOUT
FIELDS OF THE NEPHILIM
GHOST
SWITCHFOOT
I KILLED THE PROM QUEEN
KATATONIA
TIM MINCHIN

Angel Witch revela detalhes do novo álbum; ouça single


A lendária banda britânica de heavy metal, Angel Witch, lançará "As Above, So Below" no próximo dia 20 de março via Metal Blade Records. O álbum, o primeiro da banda em 14 anos, foi produzido por Jaime Gomez Arellano, que já trabalhou com bandas como Ghost e The Gates Of Slumber. Além de composições novas, "As Above, So Below" trará também materiais antigos da banda nunca antes lançados, como é o caso de Dead Sea Scrolls e Witching Hour, que datam do ano 1983, e também de Into The Dark e Guillotine que são ainda mais antigas. Algumas dessas canções já eram conhecidas pelos fãs através de performances ao vivo da banda.

O tracklist de "As Above, So Below" é:

01. Dead Sea Scrolls
02. Into the Dark
03. Geburah
04. The Horla
05. Witching Hour
06. Upon This Cord
07. Guillotine
08. Brainwashed



O Angel Witch conta com a seguinte formação:

Kevin Heybourne - Vocal/Guitarra
Andrew Prestidge - Bateria
Will Palmer - Baixo


Dead Sea Scrolls, o primeiro single do novo álbum, já está disponível para audição e pode ser conferido abaixo:

Ouça o novo álbum do Corrosion Of Conformity na íntegra!


O novo álbum do Corrosion Of Conformity foi disponibilizado para audição na íntegra pelo site da AOL Music, para ouví-lo basta clicar aqui. O álbum, intitulado apenas de "Corrosion Of Conformity", será lançado oficialmente no próximo dia 28 de fevereiro via Candlelight Records.

"Corrosion Of Conformity" estará disponível em três formatos: versão padrão em CD, versão deluxe e em vinil. Este é o primeiro álbum da banda desde "In The Arms Of Gods", lançado em 2005.

Tracklist:

01. Psychic Vampire
02. River Of Stone
03. Leeches
04. El Lamento De Las Cabras
05. Your Tomorrow
06. The Doom
07. The Moneychangers
08. Come Not Here
09. What We Become
10. Rat City
11. Time Of Trials
12. Canyon Man
(versão deluxe/vinil apenas)
13. The Same Way (versão deluxe/vinil apenas)

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Blur: assista vídeo com música inédita


Durante a pré-festa beneficente do Brit Awards, realizada em  Londres, na noite de domingo,19, Damon Albarn e Graham Coxon, apresentaram a inédita “Under The Westway”. Ambos ainda tocaram outras duas canções "He Thought of Cars" e "Strange News From Another Star". O evento angariou fundos para a ONG War Child. Veja abaixo:




domingo, 19 de fevereiro de 2012

MC5: morre o baixista Michael Davis



Michael Davis, baixista da influente banda de rock MC5, faleceu na última sexta-feira (17/02) devido à uma insuficiência hepática. O músico tinha 68 anos e já estava há um mês tratando uma doença no fígado.

Davis entrou para o MC5 em 1965, substituindo Pat Burrows, e participou dos três álbuns de estúdio lançados pela banda. Liderado por Rob Tyner, o MC5 é considerado um dos pioneiros do punk rock norte-americano e é amplamente conhecido por seu maior hit, Kick Out The Jams, presente no primeiro álbum da banda. O grupo se separou em 1972, mas voltou à ativa em 2004, com o vocalista Handsome Dick Manitoba subtituindo Tyner, que faleceu em 1991.

Michael Davis deixa esposa e quatro filhos.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Aspas #18

As aspas são publicadas todo final de semana, sempre com as melhores frases ao longo dos últimos sete dias. Hoje tem as novas músicas do Slayer e Leonard Cohen; mais uma provável reunião do Guns e Paul McCartney e a maconha.


''Não é o tipo de coisa que se fala todo dia. Mas tenho certeza que conversaremos sobre isso.''
Dizzy Red, tecladista do Gun's & Roses, falando sobre a possibilidade de reunir a formação original da banda durante a premiação do Rock & Roll Hall Of Fame.

''Eu não tenho futuro. Eu sei que meus dias são poucos.''
Leonard Cohen em ''Darkness'', a melhor música de seu novo álbum, Old Ideas.


''Temos sete músicas fodas. Vocês vão cagar nas calças!''
Dave Lombardo, baterista do Slayer, comentando as gravações do novo álbum da banda no Facebook.


''Eu fumei muito, e foi o suficiente. Fumei a minha dose. Quando você cria alguém mais jovem, seu senso de responsabilidade o faz acordar em algum momento, se você tiver sorte.''
Paul McCartney, revelando que parou de fumar maconha em respeito à sua filha, Beatrice, de sete anos.

Six Hour Sundown, banda da filha de Steve Harris, lança novo clipe


O Six Hour Sundown lançou seu mais novo videoclipe, Shadows Of My Past. O vídeo foi gravado durante uma sessão de ensaios do grupo.

A banda -liderada por Lauren Harris, filha de Steve Harris (Iron Maiden)- foi formada em 2009 e conta com a seguinte formação:

Lauren Harris - Vocal
Tom Gentry - Guitarra
James Bennett - Guitarra
Mitch Witham - Baixo
Olly Smith - Bateria

Dragonforce: ouça a nova música da banda


Fallen World, a mais nova música do Dragonforce, foi liberada para audição e pode ser ouvida abaixo.  A faixa faz parte de "The Power Within", o novo álbum de estúdio do Dragonforce, que será lançado no próximo dia 15 de abril. Este será o primeiro álbum de estúdio da banda com o vocalista Marc Hudson, que substituiu ZP Theart após o músico deixar o grupo em 2010.


O tracklist de "The Power Within" é:

01- Holding On
02- Fallen World
03- Cry Thunder
04-. Give Me the Night
05- Wings of Liberty
06- Seasons
07- Heart of the Storm
08- Die By the Sword
09- Last Man Stands
10- Seasons (Acoustic Version)

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