Karina Buhr no Recife

Cantora celebra o auge com show vibrante em Recife

Entrevista: Into The Void

Em entrevista ao Metropolis Music, os americanos do Into The Void falam sobre seu novo álbum, a cena Metal da região, o processo de criação de seus clipes e muito mais

Pérola perdida

Funk, Prog e Jazz com os africanos do Demon Fuzz

Band of Skulls

"Sweet Sour apresenta o trio ainda mais flexível, partindo de canções puramente densas à composições com toda a sutileza do folk."

Leonard Cohen

"As velhas ideias deste senhor ainda são muito superiores à várias novas sensações do cenário musical."

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terça-feira, 6 de março de 2012

Anathema: ouça e baixe a inédita 'Untouchable, Part 1'


Untouchable, Part 1, a nova música do Anathema, está disponível para audição e pode ser conferida abaixo. A música faz parte de  "Weather Systems", o novo álbum da banda, que será lançado no próximo dia 24 de abril.

A faixa também foi disponibilizada gratuitamente para download no site da PopMatters, para baixá-la basta clicar aqui.

O tracklist de "Weather Systems" é:

01. Untouchable, Part 1
02. Untouchable, Part 2
03. The Gathering Of The Clouds
04. Lightning Song
05. Sunlight
06. The Storm Before The Calm
07. The Beginning And The End
08. The Lost Child
09. Internal Landscapes

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Álbum da Semana: Dickey Betts & Great Southern - Dickey Betts & Great Southern

O guitarrista Dickey Betts é conhecido entre os mais aprofundados no rock americano, mas, surpreendenmente, nem sempre é lembrado como merece. O músico foi um dos fundadores do Allman Brothers Band, ao lado de Duane Allman, e era um dos principais responsáveis pelo som construído pela banda, tornando-se o líder "não-oficial" dela depois da morte de Duane em 1971 e compondo músicas como "Ramblin' Man" e "Jessica", sucessos comerciais que alavancaram as vendas Brothers and Sisters, o disco mais vendido do quinteto sulista.

Mas, então, os conflitos de ego e personalidade, fatal para qualquer banda de rock, começaram a aparecer e diversas brigas aconteceram, ocasionadas, principalmente, pelo uso de álcool e drogas. Esses conflitos resultaram no irregular Win, Lose or Draw, de 1975, último disco de Betts com o ABB. A sepação ocorreu em 1976, depois de Gregg Allman, preso por posse de drogas, concordar em testemunhar contra John "Scooter" Herring, amigo e empresário da banda, além de responsável por fornecer as drogas para os integrantes. Os demais membros consideraram isso uma traição e resolveram abandonar o barco. Chuck Leavell, Johanny Johanson e Lamar Williams formaram o Sea Level, e Dickey Betts, que já havia lançado o solo Highway Call em 1974, formou a Great Southern.

A Dickey Betts & Great Southern debutou em 1977 com um disco autointulado. Nele, Betts tenta capturar a pureza e a liberdade do southern country tradicional, combinando-a com o blues-rock da Allman Brothers Band, fazendo-o de forma muito bem-sucedida. Guitarras slide e linhas de baixo funkeadas à la New Orleans permeam por todo o álbum, mas grande parte da sonoridade alcançada se deve a gaita de Topper Price, que amplifica muito o clima solto do country em vários momentos.

Os destaques do disco vão para todas a faixas. Desde os primeiros slides de "Out To Get Me" até os últimos acordes de "Bougainvillea", seja a música mais animada ou mais lenta, o disco transmite uma sensação nostálgica latente de Betts, com convicções bem arraigadas. Ela é absorvida até mesmo para quem não é velho o suficiente para sentir saudade do bom e velho country rock e talvez até para quem nunca tenha ouvido o gênero. Em qualquer dos casos, vale muito a pena ouvir este discaço.

Download

Trackslist:
1. Out to Get Me
2. Run Gypsy Run
3. Sweet Virginia
4. The Way Love Goes
5. Nothing You Can Do
6. California Blues
7. Bougainvillea

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Álbum da Semana: Walking into Clarksdale - Jimmy Page & Robert Plant




Em 1994, Page e Plant foram convidados pela MTV para participar do projeto "UnLedded", onde fizeram o bem sucedido álbum ao vivo No Quarter. Além de tocarem vários clássicos do Led Zeppelin, a dupla ainda compôs 3 músicas exclusivamente para o lançamento. A partir daí nasceu a vontade de gravar um disco apenas com material inédito, o que aconteceu 4 anos mais tarde em Walking into Clarksdale.


O álbum foi bem recebido pelo público, estreando em altas posições na Billboard e na UK Album Chart, com "Most High" recebendo o Grammy de Melhor Performance de Hard Rock em 99. O fato é que o disco contém algumas composições que poderiam até fazer parte da discografia da antiga banda da dupla, muito embora, como um todo, fique aquém quando comparado com os lançamentos feitos pelo Led Zeppelin.

Com destaque para a densa "Burning Up", a épica "Most High", a linda "When I Was a Child" e a atmosférica "Walking into Clarksdale", o disco se torna indispensável para fãs do quarteto, que aqui podem  apreciar um pouco da genialidade de metade da lendária banda.

Link (Upload pelo Muro do Classic Rock): http://www.mediafire.com/?uoz741hxx1965wh




Tracklist:


1. Shining in the Light
2. When the World Was Young
3. Upon a Golden Horse
4. Blue Train
5. Please Read the Letter
6. Most High
7. Heart in Your Hand
8. Walking into Clarksdale
9. Burning Up
10. When I Was a Child
11. House of Love
12. Sons of Freedom






quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Álbum da Semana: On an Island - David Gilmour



Lançado em 2006, On an Island é o terceiro álbum solo de David Gilmour. Foi lançado no mesmo dia do aniversário de sessenta anos de Gilmour (6 de março de 2006). Entre as participações especiais estão Richard Wright (Pink Floyd), Phil Manzanera (Roxy Music), Graham Nash e David Crosby (da banda Crosby, Stills, Nash & Young) e o pianista Jools Holland.

A linha seguida no disco, como não poderia deixar de ser, foi a dos dois últimos lançamentos do Pink Floyd (A Momentary Lapse Of Reason e The Division Bell), onde Gilmour assume praticamente a totalidade das composições da banda.

Em meio a arranjos vocais belissimos e as tradicionais guitarras cheias de feeling, Gilmour produz mais uma obra fascinante para amantes da boa música, em especial fãs do Pink Floyd.


Download



Tracklist:
01. Castellorizon
02. On An Island
03. The Blue
04. Take a Breath
05. Red Sky at Night
06. This Heaven
07. Then I Close My Eyes
08. Smile
09. A Pocketful of Stones
10. Where We Start

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Álbum da Semana: Stain - Living Colour



Por Guilherme Vaz

Após dois bem sucedidos álbuns de estúdio, Vivid e Time's Up, alcançando altas posições na Billboard e ganhando ainda um Grammy, os nova iorquinos do Living Colour viriam a lançar em 1993 Stain. Conhecidos por fundir free jazz,  funk, neo-psychedelia, hard rock e heavy metal, o álbum apresentou a banda muito mais pesada e agressiva, incluindo elementos de thrash metal e música industrial.

O teor crítico das composições se tornou mais evidente, tratando, entre outros, de temas políticos, com ataques ao eurocentrismo e o racismo na América. Logo na faixa de abertura, tudo isso se torna explícito em versos como: "I see the starving Africans on TV/ I feel it has nothing to do with me/ I sent my twenty dollars to Liveaid/ I've aided my guilty conscience to go away/ Now go Away/ Go away".

Se você gosta de guitarras pesadas, cozinha grooveada e vocal estiloso esse álbum é pra você. É também  uma grande experiência para fãs de Red Hot Chilli Peppers, Faith No More e Jane's Addiction.


Tracklist:

1. Go Away
2. Ignorance Is Bliss
3. Leave It Alone
4. Bi
5. Mind Your Own Business
6. Ausländer
7. Never Satisfied
8. Nothingness
9. Postman
10. Wtff
11. This Little Pig
12. Hemp
13. Wall
14. T.V. News
15. Love Rears It's Ugly Head







quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Novo álbum de Paul McCartney vaza na web; baixe


Já vazou na web o novo álbum do ex-Beatle Paul McCartney. Kisses On The Bottom será lançado oficialmente no dia 7 de fevereiro e tem participações especiais de Eric Clapton e Stevie Wonder e é composto por covers que o inspiraram a formar os Beatles, junto com John Lennon. ''Quando comecei a compor, percebi como elas eram bem estruturadas. Harold Arlen, Cole Porter: esses caras foram muito importantes para nós'', comentou em seu site oficial.

Clique abaixo para fazer o download de Kisses On The Bottom:


DOWNLOAD

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Álbum da Semana: The Psychedelic Sounds Of The 13th Floor Elevators - 13th Floor Elevators

Quando mais novo, Roky Erickson foi internado num hospício e tratado com eletrochoques, foi preso diversas vezes no Texas, onde morava, e deixava todos os televisores de sua casa ligados fora do ar, com a intenção de captar sons alienígenas. E ainda alegava ter sido abduzido por ET's diversas vezes. Então, o que esperar de uma banda comandada por um ser desses? Nada menos do que muita loucura.

O 13th Floor Elevators era considerado expoente máximo do garage rock sessentista, ao lado de bandas como Strawberry Alarm Clock e The Seeds. O gênero consistia em pegar o rhythm 'n' blues e executá-lo da forma mais extravagante possível, com altas doses de agressividade e muita criatividade. O lirismo da banda era concentrado em experiências astrais de ascensão espiritual, que provavelmente eram conseguidas depois de muita erva, além de viagens em discos voadores e outras coisas relacionadas a extraterrestres. Tommy Hall, o membro fundador da banda, usava uma epécie de jug elétrico que imitava sons de naves espaciais durate as músicas e isso amplicava ainda mais essa temática.

A banda chegou a fazer sucesso com o hit "You're Gonna Miss Me", que chegou a ficar em 3º lugar nas paradas daquele ano, mas o disco foi um verdadeiro fracasso de vendas. A banda, com muito esforço, ainda conseguiu lançar mais dois bons discos - no qual o êxito foi tão grande quanto o do primeiro - antes de desaparecer totalmente. Felizmente, o gênero seria devidamente apreciado anos mais tarde, servindo de influência para jovens como Johnny Rotten e Joey Ramone, e suas coletâneas e discos relançados venderam mais do que os seus vinis na década de 60. O grupo acabou tendo um reconhecimento tardio, porém, muito merecido.

Disco indispensável a qualquer amante do rock

Download


Tracklist:
1. You're Gonna Miss Me
2. Roller Coaster
3. Splash 1
4. Reverberation
5. Don't Fall Down
6. Fire Engine
7. Thru The Rhythm
8. You Don't Know (How Young You Are)
9. Kingdom Of Heaven
10. Monkey Island
11. Tried To Hide

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Metallica: baixe EP de inéditas


Durante as últimas duas semanas, vazaram na internet músicas inéditas do Metallica. O material tratava-se de sobras do álbum Death Magnetic, lançado pela banda em 2008. As quatro músicas, duas já divulgadas, outras desconhecidas, formaram o EP Beyond Magnetic, cujo lançamento oficial atráves de download pago, aconteceu hoje.

Mas já são encontrados para download, de forma gratuita, o EP em sites de compartilhamento. Para fazer o seu download, clique abaixo; confira a tracklist:

1- Hate Train
2- Just A Bullet Away
3- Hell And Back
4- Rebel Of Babylon

Download

sábado, 10 de dezembro de 2011

Mixtape: Rock Progressivo Italiano



Por Rodrigo Luiz

Quando se fala em rock progressivo, muitas bandas vêm imediatamente à cabeça: Pink Floyd, Yes, King Crimson, Jethro Tull, Genesis, dentre várias outras. E essas bandas compartilham da mesma nacionalidade, a inglesa. Está certo que a Inglaterra é o país mais representativo desse gênero, mas também houve outros movimentos significativos no rock progressivo na década de 70: o Krautrock na Alemanha; o "zeuhl" na França, criado pela banda Magma; o Rock In Opposition de Henry Cow; e a cena portuguesa protagonizada por José Cid, com o disco 10.000 Anos Depois Entre Vénus e Marte, que é considerado um dos melhores discos de prog rock da história. Mas nenhuma dessas cenas pôde competir com os ingleses, seja em número ou qualidade de bandas, como o cenário italiano do rock progressivo. Posteriormente categorizado como Rock Sinfônico Italiano, o gênero começou a se desenhar no fim dos anos 60, em meio a um turbilhão de acontecimentos e um clima político bastante denso. A influência desses períodos turbulentos mudou a direção não apenas da música, mas também de muitos outros âmbitos artíticos. Os jovens desejavam uma mudança e absorveram o rock como forma de protesto; o gênero passou a ser cultuado no país e bandas como King Crimson e Genesis passaram a ser adoradas lá, algo que não acontecia nem mesmo na Inglaterra.

Le Orme
Com a maior popularidade do rock no país, consequentemente foram surgindo novas bandas. Ainda no final dos anos 60, bandas como Le Orme, I Giganti e o I Quelli - que posteriormente seria o Premiata Forneria Marconi - viviam da popularide do beat inglês (uma mistura de rock, skiffle e R&B) com relativo sucesso. No início de 1971, seria lançado Terra In Boca, do I Giganti. Abordando a máfia como tema, o disco é considerado por estudiosos o primeiro disco do rock progressivo italiano, ainda sem seus contornos tradicionais. No mesmo ano seria lançado o aclamado Concerto Grosso Nº 1, do New Trolls, o primeiro disco a adicionar a influência da música clássica barroca ao rock. Foi o disco que abriu as portas para o estilo, vendendo quase 1 milhão de cópias. Mas a explosão do prog italiano aconteceu mesmo com o disco Storia Di Un Minuto, do Premiata Forneria Marconi, que impulsionou muitas bandas locais a aderirem de vez ao estilo. A partir daí, o gênero começou a tomar caminhos diferentes e a ganhar contornos cada vez mais sinfônicos, se distanciando de vez  do prog rock tradicional. Já era o início do que viria a ser o rock progressivo italiano.

Banco Del Mutuo Soccorso
Os músicos traziam consigo uma grande influência da música feita no país. Eles cantavam em sua língua nativa e resgatavam o folclórico barroco e todo lirismo das óperas e das obras clássicas, e as imprimiam ao rock sem muita sutileza, garantindo melodias suaves e uma delicada estrutura instrumental, desenhada ao milímetro. O uso de teclados diferentes, como Hammonds, Mellotrons e Moogs, e instrumentos de sopro, principalmente a flauta, era bem comum. Eles apreciavam as melodias e os detalhes, e os trabalhavam com excelência, e não poluiam as músicas com excessos musicais ou exibicionismos técnicos. Dificilmente um instrumento tinha destaque absoluto, eles trabalhavam por momentos, mas solavam em algumas nuances isoladas. Muitos gostam de dizer que é como música clássica tocada como rock. Era algo muito peculiar, de grande riqueza musical, e sua unicidade o fez dissociar-se de todo o restante de subgêneros. Era uma missão ingrata classificar qualquer banda daquele país que não fosse com o termo "Rock Progressivo Italiano", que foi usado também para esclarecer os ardorosos fãs ingleses e americanos. Mas além dessa generalizada influência nativa, as bandas também tinham algo do prog inglês, do jazz, do blues, do psicodélico, e até mesmo dos subgêneros do prog rock supracitados, como Rock In Opposition e o Zeuhl. A presença ou ausência desses elementos variava em cada banda, e davam a elas singularidade, o que valorizava a cena e a tornava ainda mais rica e diversa.

Premiata Forneria Marconi
Mas, apesar de toda a qualidade das bandas, a quantidade delas era tão exorbitante que acabou fazendo o gênero engolir a si mesmo. Apesar do gênero ser popular no país, as bandas locais não tinham público e consequentemente não vendiam muitos discos, então eram obrigadas a encerrar suas atividades. Além do mais, os anos 70 foram os mais prolíficos para o rock em geral e era impossível comprar tudo o que você quisesse ouvir. Existem raras exceções de bandas que conseguiram lançar mais do que 3 discos, e as que conguiram esse feito são os medalhões que ainda estão na ativa e são mundialmente conhecidas, como Premiata Forneria Marconi, Banco Del Mutuo Soccorso e o Le Orme, que lançou o disco La Via Della Seta este ano. Há também bandas que lançaram apenas um disco e se tornaram clássicas, como  Semiramis e Museo Rosenbach e os seus cultuados Dedicato a Frazz e Zarathustra, e até bandas que ainda nem foram descobertas e estão "esperando" que seus discos não lançados sejam achados nos arquivos antigos das gravadoras. Tudo aconteceu de forma muito rápida e estranha demais. Mas apesar disso, ou justamente por isso, a cena italiana virou cult, ganhou um grande grupo de amantes fiéis e deixou um belo legado, que a impediu de cair na obscuridade. O país continuou gerando bandas do gênero nos anos 80 e 90, com uma sonoridade mais moderna, mas mantendo vivo o espírito dos anos 70 e o respeito aos ídolos deste gênero tão rico e bem servido de belas bandas.

Download

Tracklist:

New Trolls - Cadenza, Andante Con Moto
Concerto Grosso

Le Orme - Cemento Armato
La Collage

Premiata Forneria Marconi - Per Un Amico
Per Un Amico
Banco Del Mutuorzo Socorzo - Cento Mani, Cento Occhi
Darwin!

 Museo Rosenbach - Dell'Eterno Ritorno
 Zarathustra

 Maxophone - C'e'un Paese Al Mondo
Maxophone

 Biglietto Per L'Inferno - Confessione
Biglietto Per L'Inferno

 Alphataurus - La Mente Vola
Alphataurus

Buon Vecchio Charlie - Evviva La Contea Di Lane
Buon Vecchio Charlie

Locanda Delle Fate - Cercando Un Nuovo Confine
Forse Le Lucciole Non Si Amano Più

 L'Uovo Di Colombo - Consiglio
L'Uovo Di Colombo

 Area - L'Elefante Bianco
Crac!

 Quella Vecchia Locanda - Sogno, Risveglio e...
(Quella VEcchia Locanda)

I Giganti - Avanti
Terra In Boca

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Álbum da Semana: Victims Of The Modern Age - Star One

O nome de Arjen Anthony Lucassen dispensa maiores apresentações, pois ficou bastante conhecido no cenário metálico depois do disco The Final Experiment, a frente do projeto Ayreon, que surpreendeu por sua incrível generalidade musical. A partir desse disco o nome de Arjen ganhou força, e isso refletiu nos seus discos seguintes, que agora contavam com participações de nomes cada vez maiores dentro do metal, como Bruce Dickinson, Floor Jansen, Tobias Sammet, Derek Sherinian, Jorn Lande, Mikael Åkerfeldt, Michael Romeo, Sharon Den Adel, entre outros. Desde então o músico coleciona projetos, e dentre eles se destacam o Guilt Machine e o Stream Of Passion - que agora caminha com suas próprias pernas - além do Star One, tema deste post.

O Star One estreou em 2002 com o disco Space Metal, totalmente baseado em histórias de ficção científica - tema pelo qual Arjen evidencia sua admiração em seu projetos. Desde o seu nome, que deriva de uma série do gênero dos anos 70/80 chamada Blake's 7, até suas músicas, todas baseadas em filmes e séries também do gênero. A banda ficou 8 anos sem gravar um full-lenght, até o ano passado, quando Victims Of The Modern Age foi lançado.

O disco segue a mesma temática do anterior, mas dessa vez Arjen recorre também à fantasia de clássicos como "Laranja Mecânica" (Victims Of The Modern Age) e "Doze Macacos" (Cassandra Complex). Para o disco o músico conta novamente com nada menos que Russel Allen, Floor Jensen, Damian Wilson e Dan Swanö no vocais, nomes que por si só já atraem grande interesse. Mais do que isso, garantem ao disco um show na parte vocal. Ed Warby (bateria), Peter Vink (baixo), Joost Van Den Broek (teclado solo) e Gary Wehrkamp (guitarra solo) também permaneceram na banda, e dão ao vocalistas uma base instrumental muito bem equilibrada e uma atmosfera espacial e sombria, além de bons momentos isolados, como os riffs verdadeiramente matadores de Wehrbank e os solos alucinantes de Joost Van Den Broek. Alie isso a maturidade que Arjen adquirira nesse hiato de 8 anos, trabalhando com seus outros projetos, e temos um disco bem mais rico e coeso que o anterior, que já era excelente.

Todas as músicas do disco são muito boas, mas fica impossível não destacar "Digital Rain", com seus riffs cortantes e um fantástico trabalho vocal, "Cassandra Complex", um quase hard rock onde a temática do disco é ainda mais vincada, mostrando a luta de um homem e uma mulher pela vida de seu planeta, e a derradeira "It All Ends Here", que tem ares do Ayreon, com diversos andamentos e sonoridades e uma atmosfera densa e pesada, sem perder o dinamismo ao longo de seus mais de 9 minutos.

Victims Of The Modern Age é um disco completo e com excelentes composições, tanto liricamente quando instrumentalmente, e cheio de diversidade. O instrumental aliás se mostra muito competente, com uma base forte e uma atmosfera espacial que reforça ainda mais o lirismo das músicas. Se você gosta dos projetos de Arjen ou de metal progressivo, este disco é um prato cheio.

Download

Tracklist:
1. Down The Rabbit Hole
2. Digital Rain
3. Earth That Was
4. Victim Of The Modern Age
5. Human See, Human Do
6. 24 Hours
7. Cassandra Complex
8. It’s Alive, She’s Alive, We’re Alive
9. It All Ends Here

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Álbum da Semana: Fool For The City - Foghat

Mais conhecido entre os jovens apenas pelo hit "Slow Ride", que está presente na terceira versão do jogo Guitar Hero, o Foghat é bastante cultuado entre os apreciadores do hard rock setentista. A banda foi formada em 1971, na Inglaterra, por três ex-integrantes do Savoy Brown (o vocalista Lonesome Dave Peverett, o baixista Tony Stevens e o baterista Roger Earl) e pelo guitarrista Rod Price. A banda teve o seu ápice na metade dos anos 70, e seus lançamentos ganhavam constantemente discos de ouro e platina, o que é algo louvável, pois conseguiram se sobressair no cenário mundial na época em que dinossauros sagrados como Led Zeppelin e Black Sabbath ainda caminhavam sobre a terra, e no seu auge criativo.

A banda faz um som bem enraizado nos compassos simples e cadenciados do boogie. Mas apesar de sua raíz blueseira, a banda estava longe de ser purista, e misturava o boogie ao hard rock da época e também a um pouco de soul e funk, resultando num som cativante e acessível até mesmo aos não iniciados no gênero, o que a diferenciava das demais. Lonesome Dave era sempre forte nos vocais, e a cozinha era bem dinâmica, e se preocupava em dar diferentes levadas à uma mesma música. Outro diferencial da banda era o talentoso guitarrista Rod Price, com os seus inspirados solos na slide-guitar, que se tornaram uma característica marcante no som do Foghat.

Fool For The City é o quinto álbum da banda, lançado em 1975, e contém o mega hit e maior sucesso do grupo, "Slow Ride". Mas o disco tem muito mais a oferecer do que apenas essa faixa. A clássica "Terraplane Blues", do lendário bluesman Robert Johnson, ganha uma versão arrasadora, com uma performance incrível de Rod Price e Lonesome Dave, bem como a blues ballad "My Babe", do duo americano Righteous Brothers. Outro destaque é a sensual semi-balada "Take It Or Leave It", além da infecciosa faixa-título, que abre o álbum com toda energia.


Este é apenas mais um álbum dentre outros excelentes da discografia da banda, mas é um bom ponto de partida para os que ainda não a conhecem. Uma excelente pedida para quem gosta de um bom hard rock clássico.


Download

Tracklist:
1. Fool for the City
2. My Babe
3. Slow Ride
4. Terraplane Blues
5. Save Your Loving (For Me)
6. Drive Me Home
7. Take It or Leave It

domingo, 6 de novembro de 2011

Is This Indie: baixe tributo de artistas brasileiros ao Strokes


O blog Rock n' Beats teve uma ideia muito interessante: aproveitou a vinda do Strokes para o Brasil no festival Planeta Terra e o aniversário de dez anos de sua cultuada estréia Is This It e reuniu novas bandas brasileiras de destaque no cenário independente para fazer uma releitura para cada faixa do álbum. No começo da semana já era possível ouvir toda a coletânea, mas só agora ela foi disponibilizada para download, que usa o sistema de ''pagar com uma tuitada''. Ao clicar em baixar, será requisitado que você entre em sua conta no Twitter e faça uma postagem.

Tracklist:


1. Is This It - Volver
2. The Modern Age - Vivendo do Ócio
3. Soma - João e os Poetas de Cabelo Solto
4. Barely Legal - Cícero
5. Someday - Sabonetes
6. Alone Togheter - Pública
7. Someday - Vespas Mandarinas
8. Hard to Explain - Volantes
9. New York City Cops - R Sigma
10. Trying Your Luck - Suéteres
11. Take Or Leave It - Charme Chulo
12. When I Started - Jennifer Lo-Fi

Bônus tracks:
13. Rosa (Last Night) - Banda Uó
14. Sagganuts (nunca gravada, mas executada ao vivo em 2000 pelos Strokes) - Visitantes

DOWLOAD

Vale a pena acessar o Rock n' Beats e ver a postagem original. Além de comentárado faixa-a-faixa pelos redatores do blog, Is This It ainda ganhou ótimos textos de introdução dos jornalistas Lúcio Ribeiro (Popload) e Marcelo Costa (Scream & Yell). Clique aqui para ler.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Álbum da Semana: After - Ihsahn

Mais conhecido por ter revolucionado o black metal noruguês à frente de sua ex-banda Emperor, Ihsahn - pseudônimo de Vegard Sverre Tveitan - também possui um interessante trabalho solo. O guitarrista está na ativa desde 2005 e After, lançado ano passado, é o seu terceiro disco. A exemplo de  outros músicos do riquíssimo cenário underground da Noruega, seu projeto solo é bem diferente do black metal que se tornou a principal matéria de exportação do país.

Assim como os outros discos, After é bastante experimental e tem uma veia progressiva. O disco tem muitas alternâncias entre momentos mais tranquilos e outros mais brutais, mas a transição entre eles é feita de forma bastante sutil, o que pode ser notado na faixa que abre o disco, "The Barren Lands". As canções possuem diferentes nuances e diversas texturas, riffs escondidos e muitas camadas de guitarra e passagens instrumentais, o que torna possível notar algo mais a cada audição, e o uso de vocais limpos e guturais aliados aos rumos diferentes que as canções tomam faz com que o disco entregue uma gama de emoções diferentes.

Uma coisa que chama a atenção é o uso do saxofone. A princípio pode parecer arriscado e pretensioso, mas acaba dando certo e se torna o principal responsável pela sonoridade avant-garde do álbum, seja ele desesperado, como na frenética "A Grave Inversed", ou melodioso e melancólico, como nas longas "Undercurrent" e "On The Shores". Ele soa simuladamente deslocado e fora de ritmo, e segue um certo padrão dentro da sonoridade do disco, como uma loucura na medida certa.

Fora essa capa que não convence - pra dizer o mínimo - o disco é altamente recomendado para quem procura por um som inovador e fora dos padrões.

Download

Tracklist:
01. The Barren Lands
02. A Grave Inversed
03. After
04. Frozen Lakes On Mars
05. Undercurrent
06. Austere
07. Heaven’s Black Sea
08. On The Shores

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Álbum da Semana: Horehound - The Dead Weather

Por Guilherme Vaz

Composto por Alison Mosshart (do The Kills e Discount), Jack White (do The White Stripes e The Raconteurs), Dean Fertita (do Queens of the Stone Age) e Jack Lawrence (do The Raconteurs e The Greenhornes), o The Dead Weather foi formado em 2009, lançando no mesmo ano Horehound.

No decorrer das 11 faixas do disco o que se ouve é um blues rock estilizado: moderno, com arranjos diretos e endiabrados com Jack White assumindo as baquetas; envolvente pelos sexy vocais de Alison Mosshart e atmosférico beirando o dark com os teclados de Dean Fertita e os efeitos fuzz do baixo de Jack Lawrence.

Destaques do álbum ficam com a densa e "Treat Me Like Your Mother", "I Cut Like A Buffalo" onde Mosshart e White disputam pelo controle dos microfones, e na versão de "New Pony" de Bob Dylan, puramente led-zeppeliana.

Recomendado a quem procura rock contemporâneo de qualidade.


Tracklist:

"60 Feet Tall" 5:33
"Hang You From The Heavens'" 3:39
"I Cut Like A Buffalo" 3:28
"So Far From Your Weapon" 3:40
"Treat Me Like Your Mother" 4:10
"Rocking Horse" 2:59
"New Pony" (Bob Dylan)" 3:58
"Bone House" 3:27
"3 Birds" 3:45
"No Hassle Night" 2:56
"Will There Be Enough Water?" 6:20

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Álbum da Semana: Desert Call - Myrath

O Orphaned Land quando surgiu surpreendeu muita gente misturando o metal com os elementos árabes, mistura que até então nã havia sido explorada profundamente, e a banda surpreendeu também por ser oriunda de Israel, um país um tanto exótico no metal. De origem também exótica, a Tunísia, o Myrath lançou em 2005, apenas em seu país, o disco Double Face. Uma estreia um tanto modesta, mas que permitiu a banda dividir o palco do Carthage Amphitheatre com os franceses do Adagio e do lendário vocalista Robert Plant.

O tecladista do Adagio, Kevin Kodfert, se impressionou com a qualidade da banda e a ajudou a gravar Hope, trabalho que seria editado em 2007 pela gravadora francesa Brennus, sendo sua estreia mundial. Três anos depois, a banda lançou Desert Call, apostando numa sonoridade mais progressiva e melódica e numa maior incursão dos elementos árabes. A banda não a faz de forma tão grandiosa quantos o Orphaned Land, mas ela contribui bastante para o ambiente do disco, desde a percussão até a utilização de flautas, além das variações vocais de Zaher Zorgati.

Ocidentalmente falando, o som da banda mantém a qualidade, com bons riffs, longos solos e inúmeros duelos de guitarra e teclado. "Madness", "Silent Cries", "Shockwaves" e "Memories", além da faixa-título são bons exemplos da capacidade criativa da banda.

Se gostar deste, fique no aguardo, em breve a banda lançará seu terceiro disco, Tales Of The Sands, que será resenhado aqui.

Download

Track List:
01. Forever And A Day
02. Tempests Of Sorrows
03. Desert Call
04. Madness
05. Silent Cries
06. Memories
07. Ironic Destiny
08. No Turning Back
09. Empty World
10. Shockwave

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Álbum da Semana: Hatfield And The North - Hatfield And The North


Por Pedro Kirsten

O Hatfield And The North foi formado em 1973 e é considerado uma das mais importantes bandas da chamada Cena de Canterbury, ao qual se refere às diversas bandas de Prog Rock e Jazz Fusion que surgiram em Canterbury, na Inglaterra, durante o final da década de 60 e inicio da década de 70.

A banda era composta por nomes conhecidos da cena progressiva da época, tornando o Hatfield And The North uma espécie de supergrupo. A formação consistia em: Richard Sinclair, Phil Miller, Pip Pyle e Dave Stewart. O autointitulado do grupo foi lançado em Janeiro de 1974 e como a maioria das bandas de Canterbury, demonstra muito talento instrumental, musicalidade e um irreverente senso de humor na medida certa. As faixas ligam-se umas às outras de forma muito natural, tornando difícil notar a transição em certos momentos.

Um ano depois, a banda chegou a lançar seu segundo álbum de estúdio, The Rotter's Club, mas se separou pouco tempo depois. Dave Stewart formou o National Health ao lado de Alan Gowen do Gilgamesh onde trabalhou novamente com Phil Miller e Pip Pyle. Os músicos também colaboraram juntos em outros projetos pós Hatfield And The North.

Graças à combinação da complexidade de Stewart, as tendências jazzísticas de Miller, os incríveis grooves de Pyle e a riqueza do baixo e vocal de Sinclair, Hatfield And The North permanece um clássico até hoje. Sem dúvidas alguma vale a audição!

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Tracklist:
01. The Stubbs effect (0:23)
02. Big jobs(Poo Poo extract)(0:36)
03. Going up to people and tinkling (2:25)
04. Calix (2:45)
05. Son of "there's no place like Homerton" (10:10)
06. Aigrette (1:38)
07. Rifferama (2:56)
08. Fol de rol (3:07)
09. Shaving is boring (8:45)
10. Licks for the ladies (2:37)
11. Bossa nochance (0:40)
12. Big jobs No 2 (By Poo and the Wee Wees) (2:14)
13. Lobster in cleavage probe (3:57)
14. Gigantic land-crabs in Earth takeover bid(3:21)
15. The other stubbs effect (0:38)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Álbum da Semana: Wolfmother - Wolfmother





Por Guilherme Vaz

Primeiro álbum de estúdio dos australianos do Wolfmother, autointitulado, apresenta as 4 canções de seu EP, lançado um ano antes deste (2004) com poucas alterações. O estilo voltado especialmente para o Hard Rock e o Stoner Rock influenciado pela música das décadas de 60 e 70 chamou a atenção e conseguiu ótimas vendagens.


O reconhecimento veio também com um Grammy Award para melhor performance de Hard Rock em 2007 com a música Woman, um dos petardos do álbum, que também foi muito utilizada como trilha em games e comerciais.


Recomendado a quem procura rock atual de qualidade.


Tracklist:


"Dimension"
"White Unicorn"
"Woman"
"Where Eagles Have Been"
"Apple Tree"
"Joker & the Thief"
"Colossal"
"Mind's Eye"
"Pyramid"
"Witchcraft"
"Tales From The Forest Of Gnomes"
"Love Train"
"Vagabond"






terça-feira, 19 de julho de 2011

Álbum da Semana: The Black Halo - Kamelot


"The Black Halo" é o sétimo álbum de estúdio lançado pelo Kamelot. Trata-se de um álbum conceitual baseado vagamente em Goethe's Faust. O disco continua a história iniciada em "Epica" (2003) e é a segunda e última parte sobre Ariel. O álbum também traz a participação especial de vários artistas como: Simone Simons (Epica), Shagrath (Dimmu Borgir), Jens Johansson (Stratovarius), entre outros.

O álbum possui uma atmosfera bastante teatral e transita com muita facilidade entre o peso e a calmaria, sempre com um clima épico e inspirador. O vocalista Roy Khan dá simplesmente um show de interpretação e seu timbre se encaixa perfeitamente com os riffs de Thomas Youngblood.

Lançado em 2005, "The Black Halo" continua até hoje sendo o favorito de boa parte dos fãs da banda. Um álbum emblemático para a carreira do Kamelot e indispensável para qualquer um que goste de Power/Symphonic Metal.

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Tracklist:
01 - March of Mephisto
02 - When the Lights Are Down
03 - The Haunting (Somewhere In Time)
04 - Soul Society
05 - Interlude I: Dei Gratia
06 - Abandoned
07 - This Pain
08 - Moonlight
09 - Interlude II: Un Assassino Molto Silenzioso
10 - The Black Halo
11 - Nothing Ever Dies
12 - Memento Mori
13 - Interlude III: Midnight - Twelve Tolls For A New Day
14 - Serenade

terça-feira, 28 de junho de 2011

Álbum da Semana: Shin-Ken - Persefone

Persefone é uma banda andorrana de death metal melódico/progressivo. O grupo foi formado em 2001, e começou fazendo cover de bandas de death melódico, como o Dark Tranquility. O álbum de estreia, e com composições próprias, foi Truth Inside The Shades, no qual a banda utlizava muito elementos de música clássica às suas canções. Em 2006 a banda lançou Core, deixando um pouco de lado os elementos clássicos e apostando numa sonoridade mais grandiosa, moderna e progressiva, contando a história da deusa Perséfone, dividindo-a em três canções épicas com mais de 20 minutos.

Shin-Ken é o terceiro álbum da banda, baseado em histórias de guerras antigas japonesas. Segue a linha do anterior, mas com músicas mais diretas, rápidas e bem mais pesadas, executadas com muita técnica e muito bem trabalhadas. O som é super atmosférico, e tem bons contrastes entre os guturais do vocalista Marc Pia e a voz limpa do tecladista Miguel Espinosa Ortiz, entre guitarras super agressivas e belas passagens de teclado, além de um bom trabalho na bateria, que impõe ritmos poderosos acompanhados de excelentes melodias.

Apesar das músicas mais pesadas, como Fall To Rise, que abre o álbum a todo vapor, a presença do teclado dá espaço para músicas mais calmas, com Purity, que é inteiramente limpa, sem guturais ou guitarras distorcidas, além dos cinco interlúdios que representam os elementos da natureza, que compõem a estrutura do disco e dão mais ênfase à sua atmosfera. Outros destaques são Kusanagi (não banguear ouvindo essa música é impossível), Death Before Dishonour, que mostra toda a técnica da banda, e a faixa título, que é dividida em duas partes, uma super pesada e agressiva e outra mais calma, com bonitas melodias de piano.

Shin-Ken é um álbum complexo, e sempre dá pra perceber algum novo detalhe a cada audição, no qual a banda consegue misturar momentos de pura agressividade com belas melodias como poucas outras, chega a ser difícil acreditar como ela ainda é pouco conhecida. Disco altamente recomendado a fãs do gênero, ou a qualquer um que goste de um som rebuscado e bem trabalhado, que flutue para fora dos padrões.


Tracklist:
01. The Ground Book
02. Fall to Rise
03. Death Before Dishonour
04. The Water Book
05. The Endless Path
06. The Wind Book
07. Purity
08. Rage Stained Blade
09. The Fire Book
10. Kusanagi
11. Shin-Ken Part 1
12. Shin-Ken part 2
13. The Void Book
14. Japanese Poem
15. Sword of The Warrior (Cacophony cover)

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Álbum da Semana: Fused - Tony Iommi & Glenn Hughes


A primeira parceria entre os lendários Tony Iommi e Glenn Hughes aconteceu em 1985 quando Iommi foi abandonado pelo restante de seus parceiros no Black Sabbath. Iommi recrutou uma nova formação, que incluía Glenn Hughes, para o que seria seu primeiro álbum solo, "Seventh Star". Porém por pressão da gravadora, o disco foi lançado como um álbum do Black Sabbath e gerou uma certa polêmica entre os fãs, por se afastar um pouco da sonoridade tradicional do Sabbath.

Glenn Hughes foi demitido após alguns shows da turnê de "Seventh Star", sendo substituído por Ray Gillen. A dupla voltou a trabalhar novamente em 1996 quando gravaram algumas canções, porém sem a intenção de lançarem um álbum. As gravações logo caíram nas mãos de fãs e passaram a circular entre o público, o bootleg recebeu o nome de "Eighth Star". Somente em 2004 as gravações foram remixadas e lançadas no EP "The 1996 DEP Sessions".

Com a boa repercussão do EP, Iommi e Hughes se juntaram um ano depois e lançaram o ótimo "Fused". O casamento perfeito entre a grandeza da voz de Glenn Hughes e o peso dos riffs de Tony Iommi. Um disco avassalador do começo ao fim e talvez o auge da parceria desta dupla. Altamente recomendado!

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Tracklist:
01. Dopamine
02. Wasted Again
03. Saviour of the Real
04. Resolution Song
05. Grace
06. Deep Inside a Shell
07. What You're Living For
08. Face Your Fear
09. The Spell
10. I Go Insane

(Para ter acesso ao link é necessário estar cadastrado no Forum Metal Is The Law).

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