Karina Buhr no Recife

Cantora celebra o auge com show vibrante em Recife

Entrevista: Into The Void

Em entrevista ao Metropolis Music, os americanos do Into The Void falam sobre seu novo álbum, a cena Metal da região, o processo de criação de seus clipes e muito mais

Pérola perdida

Funk, Prog e Jazz com os africanos do Demon Fuzz

Band of Skulls

"Sweet Sour apresenta o trio ainda mais flexível, partindo de canções puramente densas à composições com toda a sutileza do folk."

Leonard Cohen

"As velhas ideias deste senhor ainda são muito superiores à várias novas sensações do cenário musical."

sábado, 30 de abril de 2011

Conheça Mike Mangini, o novo baterista do Dream Theater!


Em Setembro de 2010, o baterista Mike Portnoy pegou todos de surpresa ao anunciar que estava deixando o Dream Theater, banda ao qual fundou e fazia parte há 25 anos. Os quatro integrantes remanescentes decidiram continuar com a banda e ontem (29/04), o mistério que durava sete meses chegou ao fim com o anúncio de que Mike Mangini é o mais novo integrante do Dream Theater.

Mike Mangini nasceu nos Estados Unidos em 1963. Começou a tocar bateria aos quatro anos de idade e aos dez começou a estudar música com Walter Tokarczyk. Desde 1987, Mangini dá aulas privadas à bateristas, pianistas e guitarristas.

Em 1991, o baterista começou a trabalhar com a banda de Thrash Metal, Annihilator, ao qual participou do álbum "Set The World On Fire" (1993) e saiu em turnês com o grupo até 1994. Logo em seguida, o músico passou a integrar o Extreme, onde permaneceu até o fim da banda em 1996. No mesmo ano, Mike Mangini completou sua primeira turnê mundial de clínicas, após passar por 40 países. A turnê também rendeu a publicação de seus primeiros materiais instrucionais, Rhythm Knowledge Volumes I e II. Ainda no mesmo ano, Mangini passou a integrar a banda de Steve Vai, onde permaneceu por quatro anos e gravou linhas de bateria para os álbuns "Fire Garden" (1996) e "The Ultra Zone" (1999).

Após deixar a banda de Steve Vai, Mike Mangini mudou-se para Boston e passou a dar aulas da Berklee College of Music, uma das faculdades de música mais conceituadas do mundo. O músico também possui três dos quatro recordes de baterista mais rápido do mundo, Fastest Matched Grip, Fastest Hands e Fastest Traditional Grip.

No final de 2010, Mike Mangini foi um dos sete selecionados para participarem das audições de novo baterista do Dream Theater. Mangini já havia trabalhado com o vocalista da banda, James LaBrie, em seu primeiro álbum solo. O anúncio da escolha de Mangini para integrar a banda foi feito através do documentário The Spirit Carries On, dividido em três episódios que mostram como foram as audições dos sete bateristas selecionados. O documentário pode ser conferido no canal do YouTube da gravadora Roadrunner Records.
No momento, Mike Mangini se encontra em estúdio gravando o décimo primeiro álbum de estúdio do Dream Theater.

E você? O que achou da escolha de Mike Mangini para ser o novo integrante do Dream Theater? Concorda, discorda? Comente!


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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Review: Hot Tuna - Steady As She Goes

Por Gabriel Albuquerque

O Hot Tuna foi formado após a dissolução do Jefferson Airplane, quando foram criados duas novas bandas: o Jefferson Starship - que chegou a gravar o seu primeiro disco, o conceitual Blows Against The Empire com a musa Grace Slick e as participações ilustres de Jerry Garcia, Graham Nash e David Crosby - e o Hot Tuna, liderado pelo baixista Jack Casady juntamente com o guitarrista Jorma Kaukonen.

21 anos depois do insatisfatório Pair a Dice Found mais cinco anos com lançamentos de discos ao vivo, o grupo sai das catacumbas com Steady As She Goes. Para o novo álbum, Kaukonen decidiu voltar as origens do Jefferson Airplane, por isso convocou Teresa Williams para gravar vocais harmonicos, cantando junto com ele em algumas passagens das maiores das faixas, o que fazia com frequência no Airplane ao lado de Grace Slick.

O som explorado pela banda é, novamente, uma intersecção entre blues, country e folk, aliado de harmonias simples mas sensatas, que agradam logo de cara, e uma guitarra polida e oportuna, conduzida por um experiente músico, sendo os pontos altos mais notáveis Easy Now Revisited, com seu riff sacolejante e estridente, Angel Of Darkness, que abre o play e A Little Faster, onde Kaukonen faz uma leve improvisação sobre uma envolvente base rítmica.

A admiração e influência da música country é denotada pelo mandolim (elétrico e acústico), que conduz a instrumental instrumental Vicksburg Stomp e é peça fundamental nos arranjos de Mama Let Me Lay In On You, Goodbye To The Blues e If This Is Love, nesta última, revezando-se com uma guitarra um pouco mais acelerada que o resto do álbum ao lado de um refrão fácil e grudento. Outro destaque é a sequência das baladas Smokerise Journey e Things That Might Have Been.

O Hot Tuna parece renovado. Não é preciso de muito para perceber isso. Todos os membros estão muito bem introsados e parecem estar tocando por prazer e amor a música, isso fica claro a todo momento, talvez esse seja o motivo de Steady As She Goes ser tão gostoso e reconfortante. A gravação foi feita com um cuidado maior e não exige muito, sendo aprovado pelos mais variados gostos logo na primeira audição. Agora é esperar que o próximo disco não demore tantos anos para ser lançado.


Nota 8,5:



Tracklist:

01 – Angel of Darkness
02 – Children of Zion
03 – Second Chances
04 – Goodbye to the Blues
05 – A Little Faster
06 – Mourning Interrupted
07 – Easy Now Revisited
08 – Smokerise Journey
09 – Things That Might Have Been
10 – Mama Let Me Lay in on You
11 – If This Is Love
12 – Vicksburg Stomp

terça-feira, 26 de abril de 2011

Álbum da Semana: The Gathering - Testament


Depois de um tempo lançando álbuns um pouco erráticos, o Testament lançou em 1999 The Gathering, um dos mais importantes da carreira da banda, e considerado por muitos um dos melhores do thrash metal.

The Gathering é thrash em sua essência, desde os primeiros momentos de D.N.R. (Do Not Ressucitate), que começa o álbum de forma super explosiva, até o fim da magnífica Fall of Sipledome. Possui riffs excelentes por parte de Eric Peterson, que tem como companheiro nas guitarras James Murphy, compensando a limitação de Peterson nos solos. A cozinha, que neste álbum tem a ilustre participação de Dave Lombardo (Slayer), é impecável, com bastantes variações e uma pegada bem precisa, e Chuck Billy mostra uma voz mais grave e variada, até urrando por vezes.

Este álbum é obrigatório
para qualquer fã de thrash metal, e altamente recomendável a quem quiser começar a ouvir o estilo.

Tracklist:
  1. D.N.R. (Do Not Resuscitate)
  2. Down for Life
  3. Eyes of Wrath
  4. True Believer
  5. 3 Days in Darkness
  6. Legions of the Dead
  7. Careful What You Wish For
  8. Riding the Snake
  9. Allegiance
  10. Sewn Shut Eyes
  11. Fall of Sipledome
  12. Hammer Of The Gods

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Review: Pentagram - Last Rites

Por Rodrigo Luiz

Depois de sete longos anos sem gravar nada novo, os veteranos do Pentagram, uma das bandas pioneiras do Doom Metal, lança Last Rites, seu oitavo álbum de estúdio. O disco marca a volta do guitarrista, cantor, fundador e principal letrista da banda, Victor Griffin. Neste disco Griffin mostra porque fez tanta falta, com seus riffs simples e o timbre sujo de sua guitarra que dão verdadeira alma ao som do Pentagram. A energia de Joe Hasselvander, que saiu da banda em 2002, depois de muitas idas e vindas, ainda faz muita falta, mas Albert Born segura muito bem na batera e bate firme quando precisa.

Em Last Rites a banda continua fazendo o som que a consagrou, mas com um pouco mais de peso, e isso é perceptível logo nas duas primeiras faixas, Treat Me Right e Call The Man, ambas bem diretas. Into The Ground traz o som clássico da banda e poderia ter sido de um dos primeiros discos do Pentagram.

A 4ª faixa é 8, um dos destaques do disco, é extremamente sombria e tem uma bela performance de Victor Griffin na guitarra. Everything's Turning To Night, Nothing Left e Walk In The Blue Light, que ganhou nova versão neste disco, são outros destaques, com raízes nos primórdios da banda. Outro destaque é a excêntrica Windmills And Chimes, que tem outra boa performance de Griffin.

Certamente valeu a pena a espera de sete anos, pois o Pentagram volta com um ótimo álbum, obscuro e pesado, mostrando uma banda em forma apesar do tempo e conseguindo impor respeito. Bobby Liebling e Victor Griffin parecem jovens novamente, Griffin se destaca praticamente em todas as músicas do álbum, com bons riffs e solos e o feeling certo. Liebling surpreende com sua entrega às canções, que por vezes é cheia de alma, mas por outras vezes tem um tom mais misterioso. Este álbum é obrigatório para qualquer fã de Doom Metal e uma chance para os não introduzidos de conhecerem uma das bandas clássicas do gênero.

Nota 9,0


Tracklist:

1. Treat Me Right
2. Call the Man
3. Into the Ground
4. 8
5. Everything's Turning to Night
6. Windmills and Chimes
7. American Dream
8. Walk in the Blue Light
9. Horseman
10. Death in 1st Person
11. Nothing Left
12. All Your Sins - Reprise

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domingo, 24 de abril de 2011

Review: Le Orme - La Via Della Seta


Por Pedro Kirsten

Após sete longos anos, os italianos do Le Orme voltam a nos presentear com um novo álbum de estúdio. Chegando em um momento de incertezas, "La Via Della Seta" é o primeiro álbum do grupo lançado após a saída do vocalista e fundador, Aldo Tagliapietra. Quem passa a assumir a posição é o vocalista do Metamorfosi Fame, Jimmy Spitaleri.

"La Via Della Seta" possui todo o espírito do Le Orme, repleto de melodias suaves e sinfônicas. As músicas são todas de curta duração, se levarmos em consideração que isto é álbum de Rock Progressivo, sendo que as sete primeiras faixas mal ultrapassam os três minutos de duração. Porém, a atmosfera é muito agradável e não há pontos realmente fracos nas canções, de modo geral. Jimmy Spitaleri realiza a função de vocalista com maestria, como é o caso em faixas como Incontro Dei Popoli, uma balada guiada por um violão folk, teclados e sintetizadores. Vale a pena destacar também o trabalho de Michele Bon, que ganha cada vez mais proeminência, sempre trazendo idéias frescas e interessantes ao Le Orme.

Um álbum bem escrito e bem executado. "La Via Della Seta" é um álbum sólido e que facilmente agradará tantos os novos quanto os velhos fãs da banda, além de qualquer amante do Rock Progressivo Italiano. Um dos destaques entre os trabalhos mais recentes do grupo.

Nota: 8,5


Tracklist:
01. L'alba di Eurasia
02. Il romanzo di Alessandro
03. Verso sud
04. Mondi che si cercano
05. Verso Sud (Ripresa)
06. Una donna
07. 29457, l'asteroide di Marco Polo
08. Serinde
09. Incontro dei popoli
10. La prima melodia
11. Xi'an - Venezia - Roma
12. La via della seta

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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Motörhead (Floripa Music Hall, Florianópolis, 20/04/11)


Por Pedro Kirsten

Quarta-feira, véspera de feriadão, como isto poderia ficar ainda melhor? Simples, com muito Rock 'n Roll! E foi desta maneira que os catarinenses presentes no Floripa Music Hall, em Florianópolis, passaram a noite, enquanto acompanhavam a apresentação de nada mais nada menos que o lendário Motörhead.

"We are Motörhead... and we play Rock 'n Roll". Foram estas as palavras ditas pela voz rouca do frontman Lemmy Kilmister antes da banda explodir com a primeira música da noite: Iron Fist, rapidamente seguida por Stay Clean. Get Back In Line foi a primeira do 20º álbum de estúdio da banda, "The Wörld Is Yours", ao qual a banda veio promover.

O setlist dos últimos shows da banda foi mantido, seguindo com Metropolis, Over The Top, One Night Stand e Rock Out. Após esta última foi a vez do guitarrista Phil Campbell dar uma acalmada no público com um solo de guitarra mais lento e cheio de feeling. Porém não demorou muito para o local vir abaixo novamente com The Thousand Names Of God.

I Got Mine, I Know How to Die e The Chase Is Better Than The Catch deram sequência a apresentação, sempre mostrando o trio bastante afiado. Na metade de In The Name Of Tragedy, o baterista sueco, Mikkey Dee, divertiu e surpreendeu o público com seu preciso solo de bateria. Houveram também alguns efeitos extras de fumaça no palco durante a música, tirando isso, foi uma produção de palco limpa, porém com uma boa iluminação, dando toda atenção apenas aos músicos.

Após a execução da mais cadenciada Just 'Cos You Got The Power foi a vez da "nossa" música ser tocada: Going To Brazil, do álbum "1916" (1991). Dois clássicos vieram para encerrar o setlist: Killed By Death e Ace Of Spades, ao qual protagonizou o momento em que os fãs mais se mostraram empolgados e também quando os mosh pits tornaram-se selvagens o suficiente para poderem ser chamados de mosh pits. Antes de deixar o palco, Lemmy anuncia que se os fãs fizessem muito barulho eles voltariam para mais uma música.
Obviamente não deu outra, a banda rapidamente retornou ao palco e após as palavras de "Don't forget us. We are Motörhead and we play fucking Rock 'n Roll" a banda encerrou a apresentação com a indispensável Overkill.


Foi um show relativamente curto, cerca de 1 hora e 30 minutos de duração, e sem surpresas no repertório, porém muito direto, empolgante e memorável. A banda mostrou precisão e interagiu bastante com o público que lotou o Floripa Music Hall. O único porém foi em relação ao som, que embolava em certos momentos, não pela falta de acústica da casa ou qualidade do equipamento de som, mas sim pelo volume altíssimo, algo nada anormal para um show do Motörhead. A banda agora segue para Brasília antes de retornar ao Brasil em Setembro para se apresentar na quarta edição do festival Rock In Rio.

Setlist:
01. Iron Fist
02. Stay Clean
03. Get Back In Line
04. Metropolis
05. Over The Top
06. One Night Stand
07. Rock Out
08. Solo de Guitarra
09. The Thousand Names Of God
10. I Got Mine
11. I Know How to Die
12. The Chase Is Better Than The Catch
13. In The Name Of Tragedy
14. Just 'Cos You Got The Power
15. Going To Brazil
16. Killed By Death
17. Ace Of Spades
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18. Overkill

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Review: Uriah Heep - Into The Wild

Por Guilherme Vaz

Into the Wild é o 23º álbum de estúdio do Uriah Heep e o 1º pela gravadora Frontiers. A primeira faixa disponibilizada foi também a de abertura: Nail On The Head, lançada em vídeo com cenas da banda tocando em estúdio e ao vivo. A música é mais um hard característico do grupo, guitarras e teclados bem encaixados e o refrão, como no título, 'martelante'.

I Can See You empolga mais, segue a mesma fórmula da primeira, porém acrescenta velocidade e passagens melódicas interessantes. Os coros e os solos de teclado aparecem em Into the Wild que mantém a mesma energia das anteriores. Money Talk vem a seguir e apresenta uma das passagens instrumentais mais impressionantes do álbum.

Após a sequência dos 4 hards já citados, o álbum apresenta outras faces da banda. I'm Ready vem com uma pegada mais moderna, Trail of Diamonds - a balada clássica e infálivel - com coros agonizantes e nostálgicos de pura aura setentista e Southern Star, perfeita para ser entoada pelos fãs nos shows por conta de seus arranjos vocais.

O fato de a banda ter na bagagem o rótulo 'prog rock' não é esquecido. Referências ao estilo podem ser facilmente observadas na imponente Lost. Já T- Bird Angel exagera nos clichês e não empolga muito. O encerramento do álbum fica por conta da bela e intensa Kiss of Freedom, composição que já nasceu clássica. Como faixa extra, Hard Way to Learn, hard melódico sem muita enganação.

Com várias citações à década de 70, Into The Wild apresenta canções que podem ser consideradas apenas 'regulares', exagerando em determinados momentos nas referências aos clássicos da banda e outras que realmente fazem jus a carreira do grupo, demonstrando experiência e criatividade.

Nota: 8





Tracklist:

1. Nail On The Head
2. I Can See You
3. Into The Wild
4. Money Talk
5. Trail Of Diamonds
6. Lost
7. Believe
8. Southern Star
9. I’m Ready
10. T-Bird Angel
11. Kiss of Freedom
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terça-feira, 19 de abril de 2011

Álbum da Semana: Cactus - Cactus

Com o fim do Vanilla Fudge, o baixista Tim Bogert e o baterista Carmine Appice foram contratados por Jeff Beck para formar um supergrupo ao lado de Rod Stewart. Contudo, Beck sofreu um grave acidentente de carro e teve que ficar sem tocar por um tempo. Para não ficarem parados, Bogert e Appice resolveram formar o Cactus, que ainda contava com Rusty Day (que já havia tocado na banda do guitarrista Ted Nugent, The Amboy Dukes) nos vocais e Jim McCarty na guitarra.

O Cactus mesclava o hard rock pesado, à la Led Zeppelin, MC5, Sir Lord Baltimore, com elementos do blues. You Can´t Judge A Book By The Cover denota essa característica: um blues de Willie Dixon, que também foi regravado pelos Yardbirds, em um arranjo se reveza entre verdadeiros golpes de ataque na guitarra e um som suingado da gaita de Rusty Day. Apertar o play de Cactus é como acender o pavio de uma bomba: Parchman Farm é um rock veloz, que ameaça explodir, até que os primeiros acordes da balada de refrão grudento, My Lady From South Of Detroit, soam nas caixas de som.

E com uma das cozinhas mais respeitadas e competentes até os dias atuais, já era de se esperar um solo de baixo e/ou bateria; e eles acontecem justamente no final do álbum, em Oleo e Feel So Good. O blues de No Need To Worry, Let Me Swin e seu excelente gancho e Bro. Bill, com uma ótima harmonia na gaita e uma letra que fala sobre a morte de um amigo traficante de Rusty Day completam a tracklist de uma das melhores estréias do rock e referência e marco absoluto dos primeiros anos da música pesada, harmonizando os extremos de uma guitarra com uma harmonia cheia de groove de uma gaita e do blues, tudo isso de forma tão natural e espontânea que dá a impressão de que o quarteto estava apenas fazendo uma brincadeira.

Tracklist:

1. Parchman Farm (3:07)
2. My Lady From South Of Detroit (4:26)
3. Bro. Bill (5:12)
4. You Can’t Judge A Book By The (6:31)
5. Let Me Swin (3:51)
6. No Need To Worry (6:14)
7. Oleo (4:51)
8. Feel So Good (6:04)

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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Review: David Bowie - Toy

Por Gabriel Albuquerque

Em 2001, David Bowie iria lançar um disco chamado Toy, que traria novas versões de músicas antigas, B-sides e demos demos inéditas. Contudo, após um desentidementos com a sua gravadora na época, a Virgin, o álbum foi engavetado.

Toy apareceu em sites de compartilhamento de compartilhamento de arquivos após uma cópia ser posta a venda no Ebay (o mercado livre dos gringos). Especula-se ainda que o CD foi posto à venda pelo próprio Bowie para divulgar o seu disco Birthday Celebration - Live In NY 1997, que será lançado no dia 26 desse mês e contará com ilustres participações especiais, como Lou Reed, Robert Smith (ex-vocalista do The Cure), Billy Corgan (vocalista do Smashing Pumpkins) e as bandas Foo Fighters, Pixies e Sonic Youth.

O que mais chama atenção no disco são os arranjos, que fazem jus ao apelido do músico: camaleão. Apesar das músicas serem majoritariamente antigas - Liza Jane foi o primeiro compacto de Bowie, lançado em 1964 e Baby Loves That Way no ano seguinte, quando ainda era conhecido por Davy Jones e integrava o quarteto Lower Third -, os arranjos são bastante atuais , como é o caso de Afraid, Let Me Sleep Beside You e I Dig Everything.

Depois de décadas de carreira, a voz do inglês já não é a mesma (antes também não era das melhores) e os sinais da idade já comprometem alguns momentos do play, como Silly Boy Blue, onde fica difícil até entender o que Bowie está cantando. Por outro lado, esse tom mais grave deu tom especiais a faixas mais melancólicas, Uncle Floyd, uma bela música de introdução bizarra, e Shadow Man, a melhor canção do play, onde o piano dá pinceladas certeiras com a tinta forte do melodrama, denotam essa qualidade.

No fim das contas, Toy é um punhado de boas canções. Se você não gosta ou nunca deu atenção para a diversificada discografia de David Bowie, esse não é o melhor começo; mas se você é fã ou tem uma admiração maior pelo camaleão, vale a audição.

Nota: 7,5



Tracklist:

01. Uncle Floyd
02. Afraid
03. Baby Loves That Way
04. I Dig Everything
05. Conversation Piece
06. Let Me Sleep Beside You
07. Toy (Your Turn To Drive)
08. Hole In The Ground
09. Shadow Man
10. In The Heat Of The Morning
11. You’ve Got A Habit Of Leaving
12. Silly Boy Blue
13. Liza Jane
14. The London Boys

Coletânea Metal Is The Law

Para comemorar um ano do nosso blog, abrimos uma enquete para você votar em seus estilos musicais preferidos, de Jazz à Black Metal. Os três estilos mais votados (progressivo, hard e heavy metal tradicional) tiveram músicas selecionadas pelos redatores do blog e tudo foi reunido em uma compilação de 20 grandes faixas de grupos pouco comentados e desconhecidos do grande e até do médio público.

Abaixo você confere as faixas da coletânea, agora é só baixar e curtir o que há de melhor no rock! Não esqueça de dizer o que você achou lá nos comentários!

1. All We Are - Warlock
2. Angel Witch - Angel Witch
3. Collage - Le Orme
4. Creation A Child - Corpus
5. Defiance - Virgin Steele
6. Enigmatic Mission - Pagan´s Mind
7. Eternal Rain - Haken
8. Ethiopia - Jericho
9. Flirting With The Devil - Nox Eterna
10. Forse Le Lucciole Non Si Amano Più - Locanda Delle Fate
11. Freelance Friend - Leaf Hound
12. Giant - Gentle Giant
13. Hall Of The Mountain King - Savatage
14. Helix - Phideaux
15. Rude Perfume - The Soulbreaker Company
16. Spin Like A Wheel - Magnum
17. Último Entardecer - Bacamarte
18. Where Are You - Yesterdays
19.Young Enough to Cry - Triumph
20. You're in America - Granicus

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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Dez anos sem Joey Ramone

Os Ramones revolucionaram a música na década de 1970. Seu som visceral tocado numa velocidade mais rápida do que todos conheciam e a simplicidade em contraste com letras pesadas e críticas marcaram a hisória do rock para sempre, sendo os pioneiros do que viria a chamar-se punk num futuro próximo. As apresentações da banda são lendárias, e suas emblemáticas frases, até hoje sem sentido algum, como ''Gabba Gabba Hey'' e a lendária ''Hey Oh Let´s Go'', da música Blitzrieg Bop, estampam camisetas em todas as partes do mundo.

Jeffrey Ross Hyman, mais conhecido como Joey Ramone, foi o mais emblemático dos integrantes. Dois metros de altura, cabelos que muitas vezes cobriam o rosto, forte como um palito de dente e, segundo Leigh, seu irmão, portador da Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), isolado e cheio de problemas familiares. Tudo isso desaparecia no momento em que Joey pisava seus no palco; ele era a personificação das raízes do rock, um som simples, cru e direto.

Em 2001 o vocalista faleceu no Presbyterian Hospital, em Nova Iorque, vítima de um linfoma ( (câncer nos gânglios linfático). Um ano depois a antiga banda de Joey entrou para o Rock N´ Roll Hall Of Fame e o seu primeiro e único disco solo foi lançado, o ótimo Don´t Worry About Me, que traz em seu track list dois grandes covers, What A Wonderful World, de Louis Armstrong, e 1969, dos Stooges. Outras faixas acima da média são Maria Bartimoro, Like A Drug I Never Did Before, Spirit In My House e a faixa-título.



Até hoje Joey é uma das maiores referências no mundo do rock. Uma figura lendária que teve a sua vida transformada por causa da música, e esta também foi marcada por causa de Joey. O Ramone preferido dos fãs está enterrado no cemitério Hollywood Forever, e ainda recebe várias visitas todos os anos. Em 2007, o ex-vocalista do The Smiths, Morrisey, declarou: '' Me senti bem naquele lugar, era realmente lindo. Me agradou saber que os restos de Joey Ramone estavam ali, então decidi que quero ser enterrado ao lado dele".

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Roger Waters: assista ao show de The Wall Live na íntegra e em HD!


Teve início no ano passado a turnê The Wall Live, de Roger Waters, que se trata de uma espécie de reapresentação da histórica turnê do álbum "The Wall" (1979).  Como na turnê de 1980, um grande muro é construído no palco ao longo do espetáculo com várias projeções sendo mostradas nele. Pacifista, Roger Waters dá ainda mais ênfase na mensagem de paz da música e antes da turnê pediu que os fãs lhe enviassem fotos de parentes e amigos que morreram por causa das guerras. Há boatos de que um DVD da turnê será gravado nos shows de Londres, que acontecerão em Maio.

Enquanto o DVD não sai, vale a pena conferir o vídeo abaixo, postado por um usuário no YouTube, que conta com o mega-show gravado na íntegra em HD e em vários ângulos diferentes. O áudio foi remasterizado e as imagens foram registradas durante quatro shows do músico, dois em Chicago (nos dias 20 e 21 de Setembro) e dois em Uniondale (nos dias 12 e 13 de Outubro). Apresentação de tirar o fôlego!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Álbum da Semana: In Absentia - Porcupine Tree


"In Absentia" é o sétimo álbum de estúdio dos ingleses do Porcupine Tree e foi lançado em 2002. Este também foi o primeiro álbum da banda a ser lançado por uma gravadora grande, a Lava Records, pertencente ao Universal Music Group.

Longe de poder ser classificado apenas como Prog Rock, "In Absentia" possui uma vasta quantidade de influências diferentes que vão desde o psicodelismo ao Space Rock e Prog Metal, mostrando um pouco do lado mais obscuro e pesado da banda que ficaria ainda mais em evidência em seus sucessores, especialmente "Fear Of A Blank Planet" (2007).

Encabeçada pelo músico e produtor, Steven Wilson, o Porcupine Tree se torna uma das bandas mais interessantes de se acompanhar no cenário progressivo atual. "In Absentia" é apenas uma amostra da qualidade musical abundante na discografia do grupo. Recomendadíssimo!

Download

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Tracklist:
01. Blackest Eyes
02. Trains
03. Lips Of Ashes
04. The Sound Of Muzak
05. Gravity Eyelids
06. Wedding Nails
07. Prodigal
08. .3
09. The Creator Has A Mastertape
10. Heatattack In A Lay By
11. Strip The Soul
12. Collapse The Light Into Earth

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Classic Albums: Dark Side Of The Moon - Pink Floyd


Anciosos para se desprender da densa nuvem do rock psicodélico, o Pink Floyd se reuniu na cozinha do baterista Nick Mason e fez uma lista de coisas que os preocupavam; entre elas, dinheiro, morte, tempo e loucura. Todas essas questões foram combinadas e criou-se uma música, intitulada Eclipse (A Piece For Assorted Lunatics), que foi tocada durante um anos nas apresentações da banda.
Quando os quatro jovens ingleses entraram no lendário estúdio Abbey Road em junho de 1972, já sabiam que iriam fazer um disco com um tema (naquela época não havia o termo ''disco conceitual'') e que falasse sobre as pressões de viver no mundo moderno, mas que fosse, simultaneamente, pop e que pudesse ser cantado por multidões; afinal de contas, como disse o próprio Roger Waters, ''ainda tinha um objetivo comum, que era ficar rico e famoso''.
Desde a trágica saída de Syd Barret, fundador e principal compositor da banda, em 1968, o Pink Floyd fez músicas abordando a loucura, de certa forma, inspirados pelos acontecimentos com o ex-colega de banda. A quase esquizofrênica Echoes, retrata bem isso com os versos ''Estranhos passando na rua/Dois olhares se cruzam acidentalmente/ Eu sou você e o que eu vejo sou eu. Essa influência iria aparecer mais tarde em Wish You Were Here e é parte crucial do enredo de Dark Side Of The Moon.

Um fator que chama atenção no álbum é a sua notável capacidade de harmonizar extremos: enquanto Money, um blues rock com solo de sax, era o primeiro hit single do Floyd, On The Run foi uma das primeiras tentativas de se fazer música do futuro, com sons de carros espaciais, batimentos cardíacos, gritos e passos, que iam aumentando a velocidade até ser tudo finalizado numa grande explosão. Essa canção foi feita em um sintetizador VCS3 por David Gilmour e Roger Water após o guitarrista tocar uma sequência nesse teclado. Waters gostou do som e foi acelerando a velocidade e adicionando efeitos sonoros. Poucos sabem, mas On The Run deriva de uma música que a banda tocava em shows antes do Dark Side. Ela era chamada The Travel Section, uma jam entre o guitarrista Gilmour e o tecladista Richard Wright. Apesar dessa versão primitiva ser excelente, os integrantes a viam apenas como uma ponte entre Breathe, uma cópia descarada de Down By The River, de Neil Young e Time; essa insatisfação foi embora após a criação de On The Run.
Time, por sua vez, formada uma composição fria de Waters, com a reflexiva linha ''Aguentando um desespero quieto é o jeito inglês'' e um dos maiores solos de guitarra do conjunto inglês, recheado de feeling, é uma das músicas mais emblemáticas do clássico. Aqui as virtudes da produção são mais notáveis, com vários relógios alarmando em uníssono. Vale lembrar que em 1971 não haviam os mesmos artifícios tecnológicos que estão disponível nos estúdios de hoje em dia.
Cinco mulheres fizeram os backing vocals em diversas faixas do disco, mas apenas uma foi genial: Clare Torry, que improvisou sobre a apoteótica The Great Gig In The Sky e acabou se tornando uma das maiores performances vocais da história da música. Us And Them é outro ponto alto; um belíssimo tema com instrumental criado pro Richard Wright, um grande admirador de Jazz, para o filme Zabriskie Point, mas que foi rejeitada pelo diretor Michelangelo Antonioni por ser ''muito triste''.
As enigmáticas Brain Damage, frequentemente chamada de ''Lunatic Song'' durante as sessões de gravações e Eclipse encerram o disco. Nesta última, é ouvido batimentos cardíacos, que também abrem a audição na intro Speak To Me, e uma voz, dizendo ''não há lado escuro da lua, na verdade. De fato, é tudo escuro''. Essa voz é do porteiro do estúdio Abbey Road, Jerry ODriscoll. Outras pessoas foram entrevistadas, incluindo Paul McCartney, sendo que este não teve sua entrevista publicada por conter respostas demasiadamente cautelosas. Nessas conversas, eram feitas das mais variadas perguntas; Roger Waters lembra que começavam com ''qual a sua cor preferida?'' e ia até ''quando foi a última vez que você ficou violento? Você tinha razão?'' ''você já pensou que pode enlouquecer?''.

Roger Waters em 1972. Quando perguntado sobre o Dark Side, ele respondeu: ''Este disco era uma expressão de empatia política, filosófica e humanitária que estava louca pra sair.''
Dark Side Of The Moon ficou 741 semanas nas paradas, vendeu 45 milhões de cópias e é o terceiro disco mais vendido do mundo, perdendo apenas para Thriller (Michael Jackson) e Back In Black (AC/DC). Ele não é apenas o melhor disco de uma banda clássica, é uma das maiores manifestações culturais; levou a música underground e o rock progressivo de maneira geral ao mainstream com um disco de temas pesados e indigestos com uma sonoridade ambígua: apresenta os valores da música pop mas também pode criar novos caminhos em sua mente.

DOWNLOAD

Tracklist:
01 - Speak to me
02 - Breathe
03 - On the run
04 - Time
05 - The great gig in the sky
06 - Money
07 - Us and them
08 - Any colour you like
09 - Brain damage
10 - Eclipse

Review: Demonaz - March Of The Norse


Por Pedro Kirsten

Eis que chega às lojas o tão aguardado álbum solo de Demonaz Doom Occulta (nome artístico de Harald Nævdal),  famoso por seu trabalho como guitarrista do Immortal. Desde 1997 o músico está incapaz de tocar guitarra devido à tendinites e em "March Of The Norse", Demonaz assume o posto de vocalista. Completam a formação Ice Dale (guitarra e baixo) e Armagedda (bateria).

É um disco muito bem executado, são composições diretas e com influências que nos remetem à bandas como Bathory, ou seja, Viking Metal sem muita enrolação e com poucas influências da música folclórica. Não é um trabalho extremamente pesado ou veloz, as músicas possuem arranjos que ajudam a dar um clima épico às canções e ótimas passagens melódicas de guitarra. Demonaz faz um trabalho decente nos vocais, dentro daquilo que as músicas pedem.

As composições seguem um tempo cadenciado e apesar de estar longe de ser um álbum entediante, não há grandes variações entre as músicas, de um modo geral. Individualmente são composições fortes, porém como um todo não há momentos realmente surpreendentes ao decorrer do disco.

Ainda sim, nada que impeça "March Of The Norse" de ser um trabalho bastante sólido e bem produzido, com uma mixagem bastante clara. São ao todo nove faixas que mostram outro lado do estilo do multi-facetado Demonaz. Recomendado!

Nota: 8,5


Tracklist:
1. Northern Hymn
2. All Blackned Sky
3. March Of The Norse
4. A Son Of The Sword
5. Where Gods Once Rode
6. Under The Great Fires
7. Over The Mountains
8. Ode To Battle
9. Legends Of Fire And Ice

domingo, 10 de abril de 2011

Ozzy Osbourne (Mineirinho, Belo Horizonte, 09/04/11)




Por Pedro Kirsten


O "bom velhinho" Ozzy Osbourne passou pelo Brasil durante o fim de março e início de abril com sua turnê de divulgação do recente álbum "Scream", se apresentando em cinco cidades, terminando com o concerto em Belo Horizonte diante de 12 mil espectadores.

A banda de abertura foi os gaúchos do Hibria que às 20:30 mandaram os primeiros acordes da noite com Nonconforming Minds. Eles exploraram bem as canções do seu último álbum "Blind Ride", tocando, além da supracitada, Welcome To The Horror Show, Shoot Me Down e Blinded By Faith, além de algumas outras dos dois primeiros discos, demonstrando muita disposição e qualidade. Porém, a essa altura, o local ainda não estava lotado, com muita gente do lado de fora tentando retirar seu ingresso nas bilheterias ou esperando dar a hora do espetáculo principal.

Ao som dos coros que gritavam seu nome, Ozzy então subiu no palco exatamente no horário marcado, ao contrário de outros shows, levando a multidão ao delírio assim que entrou. Bark At The Moon iniciou seu repertório e deu sequência com Let Me Hear You Scream, ambas agitando o público, principalmente a segunda que foi entoada fortemente. Então vieram dois clássicos do seu debut em carreira solo: Mr. Crowley, um dos momentos mais emocionantes da noite, e I Don't Know. Em seguida, foi tocada a primeira música do Black Sabbath da setlist, Fairies Wear Boots.

Entre os gritos de "olê, olê olê, Ozzy, Ozzy" foram ouvidos coros pedindo No More Tears durante todo o show, mostrando que foi a ausência mais sentida. Apesar do clamor pela canção, ela não foi tocada. Mas Suicide Solution foi e agitou os presentes mais uma vez. Road To Nowhere, uma das baladas mais prestigiadas do cantor britânico, veio desacelerar o ritmo um pouco, o que não significa que não foi apreciada.

War Pigs veio e com ela outra cena ocorrida em Porto Alegre: Ozzy que já havia se enrolado em uma bandeira do Grêmio, desta vez acolheu uma bandeira do Atlético-MG, dividindo, é claro, o barulho entre gritos eufóricos de atleticanos e vaias de cruzeirenses. Mas as divergências futebolísticas logo foram esquecidas com Shot In The Dark, após uma rápida apresentação dos integrantes da banda.
Para dar um descanso pro Madman, os outros músicos apresentaram Rat Salad, além de solos de Gus G. (entre eles uma versão de "Brasileirinho" na guitarra), que parece ter agradado de uma forma geral pelo menos a maioria, e do baterista Tommy Clufetos, com sua performance excêntrica, puxando uma interação com o público. Com Ozzy de volta ao palco, Iron Man foi outro ponto alto, tendo seu riff cantado em uníssono. I Don't Want To Change The World e Crazy Train também foram cantadas alto, principalmente no refrão. Após uma rápida retirada, o grupo volta para fechar com chave de ouro tocando Mama, I'm Coming Home e a alucinante Paranoid.

O ícone do rock passava um entusiasmo contagiante e parecia estar muito feliz e satisfeito por estar cantando e se apresentando pra milhares de pessoas. O único ponto negativo foi que a acústica do local não é um primor, às vezes produzindo até alguns ecos. Mas nada que estragasse o brilhantismo do espetáculo.

Ozzy mais uma vez mostrou que ignora completamente sua idade em suas apresentações e manteve constantemente brincadeiras com o público (o que o faz ser um dos melhores ao vivo), com direito à baldes de água e jatos de espuma. Com uma tracklist repleta de clássicos antigos (só uma posterior ao álbum "No More Tears", de 1991, foi tocada), se despede temporariamente do Brasil com um show à altura do seu nome, provando que ainda tem muito gás para gastar.


Fotos: Jornal do Brasil/Portal UAI


Setlist:

Bark At The Moon
Let Me Hear You Scream
Mr. Crowley
I Don't Know
Fairies Wear Boots
Suicide Solution
Road To Nowhere
War Pigs
Shot In The Dark
Rat Salad
Iron Man
I Don't Want To Change The World
Crazy Train
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Mama, I'm Coming Home
Paranoid

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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Iron Maiden (Arena Expotrade, Curitiba, 05/04/11)


Por Pedro Kirsten 

Uma verdadeira aula de Heavy Metal. É assim que pode ser definida a última apresentação do Iron Maiden no Brasil pela The Final Frontier World Tour. A apresentação foi realizada em Pinhais, cidade da região metropolitana de Curitiba, na Arena Expotrade, que nada mais é do que a área externa do centro de convenções Expotrade, ou seja, no estacionamento do local. Formada por Steve Harris (baixo), Bruce Dickinson (vocal), Dave Murray (guitarra), Adrian Smith (guitarra), Janick Gers (guitarra) e Nicko McBrain (bateria), a última passagem da banda em terras paranaenses foi em 2008, pela Somewhere Back In Time Tour, que se focava nos clássicos da banda da década de 80. Dessa vez, o repertório está renovado com canções dos álbuns mais recentes do grupo.

Os curitibanos do Motorocker foram os responsáveis por abrirem a noite para os mais de 11 mil fãs presentes no local. Tocando músicas como Blues do Satanás e Igreja Universal do Reino do Rock, o Motorocker teve uma recepção rara para bandas de abertura, com uma grande parte do público cantando as músicas da banda, que se mostrava bastante surpresa e empolgada com tamanha receptividade.


Pontualmente às 21:00 horas, os acordes de Doctor Doctor do UFO entoavam nas caixas de som do local, esta era a deixa para o show começar. As luzes se apagaram e um vídeo foi passando no telão ao som da introdutória Satellite 15, antes da banda subir ao palco para abrir o show com The Final Frontier, do álbum de mesmo nome lançado no ano passado. El Dorado, manteve os fãs alvoroçados antes do local ir abaixo de vez com a clássica 2 Minutes to Midnight.


The Talisman e Coming Home, ambas do novo álbum da banda, deram uma diminuída no empurra-empurra das primeiras músicas, mas ainda tiveram seus refrões cantados alto pelo público. Dance Of Death veio em seguida com um plano de fundo que remetia à capa do álbum de mesmo nome. O local veio abaixo de novo com The Trooper, cantada por Bruce Dickinson vestido de soldado e erguendo a bandeira britânica.

The Wicker Man e Blood Brothers foram cantadas a todos os pulmões, sendo que esta última foi dedicada às vitmas dos terremotos no Japão e Nova Zelândia e também para todos os fãs da Donzela espalhados pelo mundo, independentemente da raça ou religião. When The Wild Wind Blows foi a quinta e última música de "The Final Frontier" executada, além de se mostrar muito eficiente ao vivo.

A partir daí, o show deu lugar apenas para clássicos, iniciando com The Evil That Man Do. Fear of the Dark teve seu famoso "ôôô" cantado por todos antes de Iron Maiden encerrar a primeira parte do show. A música ainda teve direito a um enorme Eddie alien que andou pelo palco e ainda tocou guitarra, além de ter uma câmera acoplada em seu olho, mostrando a "visão da criatura" nos telões. Já o Eddie de oito metros que aparecia atrás do palco acabou ficando uma exclusividade apenas dos shows de São Paulo e Rio de Janeiro. Foi quando a banda deixava o palco que todos realmente puderem ver o baterista Nicko McBrain, que fica praticamente todo escondido atrás de seu enorme kit de bateria.


Não demorou muito para a banda retornar ao palco para a execução de The Number of the Beast e Hallowed Be Thy Name, ambas muito celebradas pelos presentes. Running Free, do primeiro álbum do grupo tratou de encerrar a noite com chave de ouro.

No geral, um show impecável. A qualidade de som estava clara e a banda se mostrou extremamente carismática e energética. O único porém é à respeito do local do show, o Expotrade havia recebido outro evento musical no sábado e o palco ainda não havia sido desmontado, o que forçou a produção do show a montar o palco em uma região do estacionamento mais estreita e que ficava de frente para a rua de trás do local. Ou seja, alguns que passavam pela rua no momento da apresentação puderam acompanhar o show na calçada pelo telão, de muito longe é verdade, mas o suficiente para poderem dizer "eu assisti um showzaço do Iron Maiden de graça". Em um momento da apresentação Bruce até cumprimentou estes fãs e curiosos. Já em termos de produção, o que preocupa é a tal da Pista Vip, que além de ficar mais cada vez mais cara, agora é quase tão grande quanto a pista comum.
De uma forma ou de outra, um show para ficar na memória dos fãs das diferentes gerações presentes no local, que iam desde pré-adolescentes até cinquentões que acompanham o Maiden desde o início da carreira.

Setlist:
1. Satellite 15... The Final Frontier
2. El Dorado
3. 2 Minutes to Midnight
4. The Talisman
5. Coming Home
6. Dance of Death
7. The Trooper
8. The Wicker Man
9. Blood Brothers
10. When The Wild Wind Blows
11. The Evil That Man Do
12. Fear Of The Dark
13. Iron Maiden
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14. The Number Of The Beast
15. Hallowed Be Thy Name
16. Running Free

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Álbum da Semana: Lynyrd Skynyrd - God & Guns

Por Guilherme Vaz

God & Guns é o décimo primeiro álbum de estúdio do Lynyrd Skynyrd. Foi o último a contar com Billy Powel nos teclados e Hughie Thomasson, guitarrista e compositor do Outlaws, que contribui na escrita de várias canções deste. Ambos, infelizmente, já falecidos.

Com Still Unbroken, arrebatadora faixa de abertura, já se nota que o direcionamento desse álbum é um pouco diferente dos que já estamos acostumados a ouvir do grupo. Little Thing Called You, Floyd (com participação de Rob Zombie) e Comin Back for More, por exemplo, apresentam um instrumental mais moderno, com guitarras pesadas e distorcidas, se aproximando do hard rock.

Outras, ainda conservam traços mais sulistas da banda como: Simple Life, Southern Ways e a belíssima Gifted Hands. Também pode-se ver a fusão desses dois lados em God & Guns, a faixa homônima começa com um clima mais southern e termina explodindo no hard rock, é dela o solo mais memorável do álbum.

Enquanto o Lynyrd Skynyrd continua na turnê "Rebels and Bandoleros" tocando com o ZZ Top e os Doobie Brothers e não tem previsão de lançamento para um próximo álbum de estúdio vale a pena conferir o ótimo trabalho de God & Guns.



Tracklist:

"Still Unbroken" - 5:06
"Simple Life" - 3:17
"Little Thing Called You" - 3:58
"Southern Ways" - 3:48
"Skynyrd Nation" - 3:52
"Unwrite that Song" - 3:50
"Floyd" (feat. Rob Zombie) - 4:03
"That Ain't My America" - 3:44
"Comin' Back For More" - 3:28
"God & Guns" - 5:44
"Storm" - 3:15
"Gifted Hands" - 5:22


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terça-feira, 5 de abril de 2011

Review: Obscura - Omnivium

Por Rodrigo Luiz

Eis mais um dos álbuns que estão no grupo dos mais esperados do ano. Depois do excelente Cosmogenesis, o Obscura volta com Omnivium, seu terceiro álbum de estúdio, tentando cumprir as expectativas geradas pelo álbum anterior. Nesse disco, a banda continua com o seu som super-hiper-ultra-mega técnico, que muitos gostam, mas muitos odeiam. Os que odeiam dizem que as bandas de Technical Brutal Metal não sabem fazer música, porque a estrutura musical é quase inexistente e muitas vezes repetitiva, assim como as guitarras. Por um lado, é compreensível, algumas das bandas que se propõem a tocar esse estilo não tem a técnica necessária e realmente cansam, mas muitos dos que odeiam vão ter que dar o braço a torcer para este álbum.

Em Omnivium, a maturidade da banda é perceptível, pois apesar de ele se parecer com Cosmogenesis em muitos aspectos, neste disco há abordagens de diferentes estilos e instrumentos pouco tradicionais para o estilo, como as guitarras acústicas que surgem logo na faixa de abertura, Septuagint.

Septuagint, aliás, é uma das que mais impressionam, tem excelentes alternâncias entre passagens calmas e outras pesadas e rápidas, repletas de ondas de blast beats. Uma das passagens calmas tem um curto solo de baixo que logo dá lugar a outra passagem mais melódica, com vocais limpos. O resultado é surpreendente. E assim como essa faixa, o álbum todo é repleto de surpresas, desde o baixo deslisando em Ocean Gateways até o solo de baixo numa passagem "jazzística" em Celestial Spheres. A faixa mais diferente do disco é Velocity, e também a mais difícil de ser digerida, perde um pouco do rumo na sua complexidade, sendo muito tecnicista, assim como A Transcedental Serenade, que tem boas guitarras, mas também perde o rumo.

Tecnicamente a banda é impecável, Steffen Kummerer e Christian Müenzner arrebentam nas guitarras, com ótimos riffs e solos, principalmente Müenzner, com certeza um dos melhores guitarristas da atualidade. Jeroen Thesseling continua atacando no seu baixo fretless, com ótimos licks, talvez o destaque técnico da banda. Hannes Grossmann não impressiona como os outros integrantes, mas segura bem a onda nas diversas quebras de ritmo do disco.

Omnivium é um álbum excelente, e que cumpre as expectativas. Certamente agradará aos já adeptos ao estilo e também pode quebrar algum preconceito contra o metal técnico, pois há uma tentativa de ambrangir o som a novos horizontes dentro desse estilo tão criticado pela mesmice. Outro lançamento que vale a pena ouvir.

Nota 9,0


Tracklist:

01. Septuagint
02. Vortex Omnivium
03. Ocean Gateways
04. Euclidean Elements
05. Prismal Dawn
06. Celestial Spheres
07. Velocity
08. A Transcendental Serenade
09. Aevum

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Iron Maiden (Centro de Convenções, Recife, 03/04/11)

Por Gabriel Albuquerque

Em 2009 o Iron Maiden se apresentou no nordeste do país pela primeira vez. Com o show da turnê Somewhere Back In Time, que focava as músicas de 1980 até 1989, a banda lotou o Jockey Club do Recife; e naquela mesma noite, o vocalista Bruce Dickinson disse que iria gravar um novo disco em 2010 e que voltaria a mesma cidade para fazer um novo show durante a turnê de promoção do álbum. E a promessa foi cumprida. The Final Frontier foi lançado e a banda retornou a solo pernambucano.

Desta vez, a apresentação ocorreu em um bem menor em relação ao anterior, a área externa (leia-se estacionamento) do Centro de Convenções de Pernambuco. Apesar do mérito da produtora Raio Lazer em trazer uma das bandas mais influêntes do Heavy Metal pela segunda vez ao estado e outros artistas internacionais como Amy Winehouse, deve ser citada a falha na instalação da torre de som, que cobria a visão de uma boa parte do lado direito do palco, ponto onde costuma fixar-se o eterno criticado e subestimado guitarrista Janick Gears.

Depois do show de abertura da banda pernambucana Terra Prima, foram executadas diversas músicas diferentes, escolhidas pelo próprio Iron Maiden, entre elas, Deep Purple, Jethro Tull, Metallica e Doctor Doctor, do UFO, e foi no riff dessa que todos voltaram suas atenções ao palco. Em seguida, um excelente vídeo ilustrou a enigmática intro Satellite 15..., que eclodiu com o hit instantâneo The Final Frontier, cantado em uníssono pelo público. El Dorado também teve seu refrão entoado pelos headbanguers presentes, que em seguida provaram conhecer cada verso de 2 Minutes To Midnight.


A extensa Dance Of Death foi seguida do hino The Trooper e dos eternos clássicos The Wicker Man e Blood Brothers, esta última composta pelo baixista Steve Harris após a morte de seu pai, teve o solo executado por Janick Gears, que esbanjou feeling. Até o momento as músicas do novo álbum tinham sido muito bem recebidas, mas quando When The Wild Wind Blows e The Talisman entraram em cena, pouquíssimos cantavam e as reconheciam. A banda já tinha conhecimento prévio disso, e para não perder o ânimo do público, as sucedeu, respectivamente com The Evil That Men Do e Fear Of The Dark, quando uma velha senhora decidiu tirar o vestido e ficar pulando sem roupa por alguns segundos. O riff Iron Maiden aumentou a ansiedade para ver o novo Eddie, mascote do grupo que costuma invadir os palcos durante essa canção. Ele entrou, falou com o baterista Nicko Mcbrain e como de costume, tocou na guitarra de Janick Gears.


A banda sai, e alguns minutos depois a narração do ator inglês Barry Clayton arranca aplausos anunciando The Number Of The Beast, que como já era de se esperar, cantada por todos que estavam no recinto. Na sequência, a dramática Hallowed Be Thy Name, com direito ao lendário ''scream for me'' de Bruce, que mostrou que não foi vencido pelo tempo e ainda alcança notas mais altas e longas. A noite terminou com Running Free, do primeiro disco da banda, onde a banda foi apresentada.


Ainda que uma parcela vá ao show apenas para conferir as músicas antigas e ver os astros do rock da sua época, o Iron Maiden atinge um público das mais variadas idades e que conhece a carreira da banda por completo. Essa nova tour serviu para a banda soltar as correntes de músicas que estavam se tornando rotina. Seu novo repertório, encaixando os eternos clássicos e as boas novas canções agradou a todos, e como sempre, foi apresentado com uma performance que esbanja entrosamento e cheia de energia.

Setlist:

01 - Satellite 15... The Final Frontier (Intro)
02 - El Dorado
03 - 2 Minutes to Midnight
04 - Coming Home
05 - Dance of Death
06 - The Trooper
07 - The Wicker Man
08 - Blood Brothers
09 - When the Wild Winds Blows
10 - The Evil That Men Do
11 - The Talisman
12 - Fear of the Dark
13 - Iron Maiden
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14 - The Number of the Beast
15 - Hallowed Be Thy Name
16 - Running Free

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Ozzy Osbourne (Gigantinho, Porto Alegre, 30/03/11)


Por Pedro Kirsten 

Com os ingressos esgotados, a primeira das cinco apresentações de Ozzy Osbourne no Brasil levou mais de 12 mil fãs ao Ginásio Gigantinho em Porto Alegre, na última quarta-feira (30). Os shows fazem parte da turnê de divulgação do álbum mais recente do cantor, "Scream", lançado no ano passado.

Quase no mesmo horário, o time do Internacional enfrentava o Jorge Wilstermann pela Taça Libertadores, gerando um contraste na entrada entre os uniformes vermelhos dos torcedores colorados e as roupas pretas dos headbangers, já que o Gigantinho faz parte do complexo do Estádio Beira-Rio e se localiza apenas a alguns metros do mesmo.

Após o show de abertura do Gunport, o Madman, como também é conhecido, subiu ao palco pontualmente às 21:00 horas ao lado de sua banda para abrir o show com um clássico: Bark At The Moon. Com uma produção reduzida em relação aos shows mais recentes na América do Norte, o palco não contava com o telão gigante ao fundo, efeitos pirotécnicos e o vídeo de abertura ao qual Ozzy satiriza vários filmes famosos, porém estes detalhes não chegaram nem perto de fazerem falta. Ainda na primeira música, um torcedor jogou uma bandeira do Grêmio ao palco e Ozzy a vestiu como uma capa por alguns segundos, em pleno ginásio do arqui-rival. Para aumentar ainda mais a irá dos torcedores colorados, o músico ainda ignorou uma bandeira do Inter arremessada ao palco mais tarde. A provocação, provavelmente involuntária, vem sendo bastante comentada em diversos veículos de comunicação.

Apesar de ser uma turnê para a divulgação de "Scream", apenas uma música do álbum foi tocada, Let Me Hear You Scream. Daí em diante foram apenas clássicos, iniciando com uma dobradinha do álbum "Blizzard Of Ozz" para deixar qualquer fã louco: Mr. Crowley e I Don't Know.

Fairies Wear Boots foi a primeira música do Black Sabbath da noite, seguida de Suicide Solution. Road to Nowhere veio para dar uma acalmada no público antes do lugar ir abaixo com mais um clássico do Black Sabbath, War Pigs.

Shot In The Dark, do álbum "The Ultimate Sin" foi muito bem recebida. Na sequência foi a vez do guitarrista grego, Gus G., mostrar porque foi escolhido como o novo guitarrista de Ozzy em um solo virtuoso emendado com a instrumental Rat Salad, que ainda deu espaço para um longo solo de bateria de Tommy Clufetos, sempre chamando atenção com seus movimentos exagerados. Esta foi a única música do Sabbath tocada em que Adam Wakeman, filho do lendário Rick Wakeman, não abandonou os teclados para tocar a guitarra base. Rob "Blasko" também se mostrou um ótimo baixista e com uma enorme presença de palco, assim como todos da banda.

O clássico absoluto, Iron Man, teve seu riff cantado em coro pelos fãs, assim como os refrões das duas músicas que encerraram o set principal, I Don't Want to Change The World e Crazy Train. Rapidamente os músicos retornaram ao palco para a balada Mama I'm Coming Home e a insana Paranoid para encerrar a apresentação. O setlist foi o mesmo dos últimos shows da turnê e para a tristeza de muitos, deixou No More Tears de fora.


Aqueles que foram esperando um show de um velho roqueiro sem fôlego e estático no palco se surpreenderam ao verem Ozzy indo de um lado para o outro, pulando, jogando baldes de água e jatos de espuma no público, sempre muito carismático e interagindo com os fãs, seja atiçando-os ao puxar coros de "olê, olê, Ozzy, Ozzy" ou brincando com os morcegos de plástico que eram jogados no palco. É fato para todos que sua performance vocal não é das melhores, porém não houveram falhas absurdas e ninguém parecia ligar muito para isso, todos se preocupavam apenas em aproveitar o show de uma das figuras mais emblemáticas do Heavy Metal. A banda foi um show a parte e Gus G., estreante em solo brasileiro com Ozzy, foi muito bem recebido pelo público que também comemorava e cantava cada clássico que era tocado. Sem dúvidas um show memorável. Resta agora vermos se Ozzy cumprirá a promessa feita em Porto Alegre e voltará no ano que vem.

Setlist:
1. Bark At The Moon
2. Let Me Hear You Scream
3. Mr. Crowley
4. I Don't Know
5. Fairies Wear Boots
6. Suicide Solution
7. Road To Nowhere
8. War Pigs
9. Shot In The Dark
10. Rat Salad
11. Iron Man
12. I Don't Want To Change The World
13. Crazy Train
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14. Mama I'm Coming Home
15. Paranoid


Fotos: Divulgação/By Paz Fotos
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