Karina Buhr no Recife

Cantora celebra o auge com show vibrante em Recife

Entrevista: Into The Void

Em entrevista ao Metropolis Music, os americanos do Into The Void falam sobre seu novo álbum, a cena Metal da região, o processo de criação de seus clipes e muito mais

Pérola perdida

Funk, Prog e Jazz com os africanos do Demon Fuzz

Band of Skulls

"Sweet Sour apresenta o trio ainda mais flexível, partindo de canções puramente densas à composições com toda a sutileza do folk."

Leonard Cohen

"As velhas ideias deste senhor ainda são muito superiores à várias novas sensações do cenário musical."

domingo, 30 de janeiro de 2011

The Orb Featuring David Gilmour - Metallic Spheres [Review]

Antes de virar febre na década de 1990, a música eletrônica tinha uma abordagem diferente da que se tornou conhecida. Em 1971, a banda alemã Kraftwerk revolucionou ao usar a eletrônica e robótica para criticar a alienação da sociedade. A partir daí, o som eletrônico começou a aparecer no rock progressivo em discos das bandas de krautrock Tangerine Dream, Popol Vuh e Neu!.

A relação entre rock progressivo e música eletrônica se mostra mais íntima ao ler listas de melhores discos feitas por DJ´s: o próprio Alex Peterson, atualmente, o único integrante do The Orb, declarou que Meddle, do Pink Floyd está entre seus preferidos.

Peterson e Gilmour já trabalharam juntos. Gravaram uma versão de Chicago, do super grupo Crosby, Stills, Nash & Young. Então, depois de um remix que teve sua duração estendida a ponto de poder gravar um novo álbum e com clima de Pink Floyd, Peterson chamou Gilmour para juntar-se a ele e ao produtor Youth (que toca baixo no disco) para gravar Metallic Spheres. Este, composto por apenas duas longas suítes, em que Alex adicionou efeitos eletrônicos, teclados, e sons incomuns, como folhas balançando com o vento.

A primeira e mais longa faixa, Metallic Side, lembra o Pink Floyd de Ummagumma e Atom Heart Mother, quando a banda estava mais distante da música pop, fazendo progressivo menos comercial. A voz de Gilmor é ouvida em poucos trechos, mas não é uma letra em si. Já Spheres Side é reflexo da influência que o krautrock tem sobre o som do The Orb, com mais sintetizadores e um pouco mais engrenada.

Não há um único estilo para enquadrar o trabalho. O trio fez um ótimo trabalho na composição do álbum (Youth tanto pelo som de seu baixo, tanto pela produção exemplar). The Orb deu uma roupagem atual ao som do Pink Floyd, e Gilmour fez um fácil candidato a vaga de melhor disco sem a banda que o levou ao estrelato.

Se você tem interesse em conhecer melhor o projeto, o disco tem um site oficial, com informações e interessantes vídeos dos bastidores da gravação de Metallic Spheres.



Nota: 8,5


Tracklist:


01. Metallic Side: 28:37

a. Metallic Spheres
b. Hymns To The Sun
c. Black Graham
d. Hiding In Plain View
e. Classified

02. Spheres Side: 20:09

a. Es Vedra
b. Hymns To The Sun (Reprise
c. Olympic
d. Chicago Dub
e. Bold Knife Trophy

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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Iron & Wine - Kiss Each Other Clean [Review]

O Iron & Wine é uma que tem como único integrante o cantor e compositor norte-americano Samuel Beam. Kiss Each Other Clean é o seu quarto disco, e é também o disco com a menor presença de folk de todos eles, mesclando o rock com música pop das décadas de 1960 e 1970 (e, ainda assim, um leves toques de folk).

Músicas simples e de fácil assimilação recheiam o álbum. A influência de Simon & Garfunkel reina por todo a audição, em especial nas faixas Me And Lazarus, que recebe um tímido solo de saxofone e Three By The River. As radiofônicas Monkeys Uptown, Walking Far From Home e Glad Man Singing prometem trazer o merecido reconhecimento popular ao Iron & Wine, já consagrado pela crítica internacional: The Sheppard Dog, seu disco anterior, ficou na décima posição da lista de melhores discos de 2007 da revista americana Paste. Além disso, The Creek Drank the Cradle, de 2002, ficou na posição de número 137 na lista dos 200 melhores álbuns dos anos 2000 feita pelo site Pitchfork.

Mas Kiss Each Other não é só mais um discos de melodias ingênuas e agradáveis. Godless Brother In Love é uma balada melancólica no maior estilo de Bob Dylan, com um violão à la Neil Young e um piano discreto no fundo. Rabbit Will Run merece destaque pela percurssão em tom de psicodelismo que inspirou a capa. Ainda há espaço para o groove de Big Burned Hand, conduzida por um ótimo time de sopros e metais, assim como a faixa que encerra o álbum, Your Fake Name Is Enough For Me, a mais longa e a melhor música do tracklist. Suas variações de andamento provam a qualidade de Beam e que ele não tem medo de ousar com os estilos musicais.

Daniel Beam evolui cada vez mais rápido. Kiss Each Other Clean capta o artista em seu melhor momento, e tira o rótulo de ''Indie'' do Iron & Wine, que acaba de lançar, provavelmente, o seu melhor e mais maduro disco.



Nota: 9,0



Tracklist:

1. Walking Far From Home

2. Me and Lazarus

3. Tree by the River

4. Monkeys Uptown

5. Half Moon

6. Rabbit Will Run

7. Godless Brother in Love

8. Big Burned Hand

9. Glad Man Singing

10. Your Fake Name Is Good Enough for Me

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Review: Gregg Allman - Low Country Blues



Por Gabriel Albuquerque

Os integrantes da Allman Brothers Band sempre ficaram ofuscados pelo renomado guitarrista Duane Allman, que foi eleito o segundo melhor em seu instrumento pela revista Rolling Stone e após a sua morte em um acidente de motocicleta adquiriu o status de lenda do rock. Por isso, o lançamento do novo álbum do fundador da banda de southern rock, Gregg Allman, foi recebido com menos atenção do que deveria.

O sétimo disco de estúdio do tecladista e vocalista sem o grupo que o consagrou é composto, basicamente, por covers de clássicos do blues, exceto por Just Another Rider, que foi composta por Allman e por Warren Haynes, que já tocou guitarra na Allman Brothers Band e atualmente faz parte do Got´v Mule.
Os teclados não receberam muito destaque como nos outros trabalhos do músico, mas a atuação vocal de Gregg compensa, passando por temas simples, como  I Can't Be Satisfied, Please Accept My Love e Just Another Rider a composições dramáticas e instrospectivas, onde se destacam Devil Got My Woman e Blind Man. Entre outras faixas que formam o tracklist, merecem destaque a épica e emocionante Rolling Stone e Floating Bridge, que introduz a atmofesra blues intimista, modesta até, que se segue ao longo da audição.

Low Country Blues não apresentou nada de novo ou que não fosse esperado. A pulsante veia roqueira e os solos de guitarra que fez a antiga banda de Gregg conquistar tantos fãs não aparece mais. A qualidade do novo trabalho de Allman está em sua simplicidade e carisma, e provam que o músico ainda é util - e necessário - a música. Um álbum simples, que agradará a gregos e troianos.

Nota: 8,5





Tracklist:

1. Floating Bridge (Sleepy John Estes)
2. Little By Little (Junior Wells)
3. Devil Got My Woman (Skip James)
4. I Can’t Be Satisfied (Muddy Waters)
5. Blind Man (Bobby Bland)
6. Just Another Rider (Gregg Allman & Warren Haynes)
7. Please Accept My Love (BB King)
8. I Believe I’ll Go Back Home (Traditional)
9. Tears Tears Tears (Amos Milburn)
10. My Love is Your Love (Samuel Maghett)
11. Checking On My Baby (Otis Rush)
12. Rolling Stone (Traditional)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Álbum da Semana: Pride Of Texas - Texas Hippie Coalition


Direto de Dallas, os texanos (juro!) do Texas Hippie Coalition lançaram seu primeiro álbum da carreira no ano de 2008, o sugestivo Pride Of Texas.

É meio complicado dizer qual o seguimento da banda musicalmente, pois se muitos consideram-na stoner, é notável elementos de thrash e groove metal, principalmente nos riffs e bases, além de todo o clima sulista proveniente do seu pesado e característico southern metal. Outro ponto que chama atenção é o vocal de Big Dad Ritch, grave, agressivo e com "tons de bebedeira", lembrando muito o de Zakk Wylde. A bateria é uma máquina e o baixo está pesadíssimo, completando o grupo.

O disco inicia com No Shame, uma das mais queridas dos fãs. A partir dos primeiros acordes dela você já sente o peso do som deles martelando na sua cabeça. Em Clenched Fist não é diferente, com seu ritmo alucinante e um solo muito inspirado.

O ponto alto é com Pissed Off And Mad About It, com um riff massacrante e frases e refrão que simplesmente não saem da sua cabeça por um bom tempo, porém ela está longe de ser "pop", muito longe. Troublesome Times vai variando entre guitarras distorcidas e bases de violão, com o clima sulista levado ao máximo. Vale destacar o solo desta música, que é o melhor do álbum.

Outra grande pedrada é Drug Dealer, alternando passagens calmas de vocal funkeado com refrões raivosos. Outros destaques vão para as duas últimas: Closure, que começa tranquila e depois explode, e a animada Riverbottom.

Texas Hippie Coalition é metal com toda a cara do sul dos EUA e cheirando à bebidas. Mesclando vários estilos e resultando em um southern metal bem peculiar à banda, é uma ótima dica para apreciadores de Motörhead, Black Label Society, Pantera, etc.


Tracklist:

No Shame
Clenched Fist
Pissed Off And Mad About It
Troublesome Times
Drug Dealer
Texas Tags
Leavin'
Crawlin'
Closure
Riverbottom



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DeWolff - Orchards/Lupine [Review]























DeWolff é um power trio holandês formado em 2007. Diferentemente dos power trios tradicionais, o DeWolff conta com um órgão Hammond no local onde de costume se tem o contra-baixo, em suas apresentações ao vivo.

Após o lançamento de um EP que levava o nome do trio, fizeram algumas aparições na TV e consequentemente muitos shows, o que lhes rendeu um contrato para a produção de um álbum, "Strange Fruits and Plants Undiscovered", lançado em 2009.

"Orchars/Lupine" é o seu segundo trabalho de estúdio e, assim como no anterior, sem soarem datados, eles tem a proposta de trazer de volta a sonoridade produzida nos anos 60 e 70. Para isso, exploram o que melhor foi produzido nas duas décadas, passam pelos caminhos do Psicodélico, do Blues Rock, por vezes o Hard Rock e como não poderia deixar de ser, algumas viagens no Prog.

O trio consegue encaixar bons riffs durante todo o disco, sempre bem enérgicos como os de Pick Your Bones Out Of The Wat e Seashell Woman. O trabalho de Robin Piso nas teclas é um dos destaques do álbum, cria ótimos climas como o da faixa de abertura Diamonds, funciona muito bem como suporte e complemento para as guitarras de Love In C Minor, assim como sola com primor em The Pistol.

Apesar de ter uma sonoridade bem definida como base, o trio não abusa de suas referências e acaba desenvolvendo um estilo sofisticado. As longas jams são outro diferencial, visto que fazem bem e atualmente, as improvisações acabaram por se tornar uma raridade. O álbum soa impecável e cumpre sua proposta.

Nota: 10


Tracklist:

Diamonds
Evil and the Midnight Sun
Everything Everywhere
Who Are You or the Magnificence of Loving a Million Strangers
Love in C Minor
Higher Than The Sun
Pick Your Bones Out Of The Water
Seashell Woman
Fever
The Pistol
Poison

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Battlelore - Doombound [Resenha]

Com mais de 10 anos de carreira e diversas mudanças de formação, os finlandeses do Battlelore sempre proporcionaram um heavy metal variado, mesclando elementos do folk, power, symphonic e até death metal. Em "Doombound", sexto álbum de estúdio, não é diferente.

O álbum é conceitual e novamente as letras são inspiradas nos livros de J.R.R. Tolkien, as músicas narram a história do herói Túrin Turambar. Apesar dos álbuns anteriores seguirem a mesma temática nenhum deles era conceitual.

Da capa ao tracklist, "Doombound" parece ter tudo para gerar o clima épico que a banda se propõe a fazer, porém há falhas rudimentares que impedem que isso aconteça como deveria.
Em vários momentos tanto os vocais femininos quanto os masculinos soam pouco refinados, assim como as guitarras, já que no disco inteiro não há sequer um riff realmente memorável. A vasta quantidade de gêneros musicais incluidos no álbum acaba tendo também um efeito contrário, como por exemplo em Kärmessurma, que soa fora de contexto em relação ao restante das músicas. Talvez uma escolha melhor de produtor pudesse evitar boa parte destas falhas.

Felizmente não há apenas momentos ruims em "Doombound", faixas como Enchanted conseguem fazer com que a banda soe da maneira que se propõe a fazer, mas ainda assim "Doombound" pode no máximo valer a pena para fãs da banda, pois está longe de ser uma das melhores pedidas para quem busca algo dentro do estilo.

Nota: 5,5

Tracklist:
01. Bloodstained
02. Iron of Death
03. Bow and Helm
04. Enchanted
05. Kärmessurma
06. Olden Gods
07. Fate of the Betrayed
08. Men as Wolves
09. Last of the Lords
10. Doombound
11. Kielo


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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Sirenia - The Enigma Of Life [Review]

Depois de dois anos do agressivo The 13th Floors, que contou com a estreia de Ailyn nos vocais, o Sirenia volta com The Enigma Of Life. E o fundador da banda, o guitarrista, baixista e responsável pelos vocais guturais Morten Veland parece finalmente ter se decidido sobre a vocalista da banda, já que, depois de três vocais diferentes nos três primeiros álbuns, Ailyn continua firme.

A banda fugiu um pouco do que costuma fazer, o som está mais acessível do que nos discos anteriores. A primeira faixa, The End Of It All, tem todos os elementos básicos para o som característico da banda, o som mais voltado para o sinfônico, as guitarras simples e secas, bateria rápida e a voz de Ailyn quebrando um pouco a agressividade, dando uma atmosfera melancólica. No resto do álbum ainda vemos um pouco desses elementos, mas o som parece mais um pop/gothic/rock/, algo como o que o Nightwish fez em Dark Passion Play, com canções mais fáceis de serem digeridas.

As canções se repetem muito, e não tem nada de diferente em relação às outras bandas de gothic metal. Só se percebe um lampejo criativo em A Seaside Serenade, onde Morten Veland finalmente solta o gutural, depois de 6 faixas te deixarem de saco cheio e morrendo de vontade para que o álbum termine o quanto antes. Além dessa faixa, só Coming Down e Fading Star se salvam, são mais pesadas que qualquer outra do disco, as únicas que realmente parecem Metal e conseguem se aproximar do som que a banda já conseguiu fazer em álbuns anteriores.

Vendo por um lado, pode até ser compreensível a banda soar um pouco repetitiva, até mesmo porque o Gothic Metal já é um estilo um pouco banalizado e é difícil não ser apenas mais um clichê dentro desse cenário, mas o Sirenia, certamente poderia se esforçar mais para fazer um trabalho digno da importância de seu nome para o estilo, principalmente Morten Veland, que é um dos grandes nomes desse estilo. O trabalho soa sem vida e parece não haver empolgação, como se os integrantes estivessem sido obrigados a fazer o disco. Um dos poucos pontos positivos é Ailyn, sua voz soa bem, não é a melhor das que já passaram pela banda, mas pelo menos Morten Veland conseguiu manter uma vocalista por dois álbuns seguidos e parece que finalmente se firmou em relação a isso, mas ainda é cedo para afirmar qualquer coisa, já que o guitarrista já deu mostras de que este cargo vive em risco.

The Enigma Of Life não é péssimo, mas está longe de ser bom, e é certo que também não agradará os fãs da banda. O som mais acessível que a banda faz neste disco pode até fazer novos fãs, mas certamente fará a banda perderá muitos outros.

Nota 4,5



Tracklist:

01. The End Of It All
02. Fallen Angel
03. All My Dreams
04. This Darkness
05. The Twilight In Your Eyes
06. Winter Land
07. A Seaside Serenade
08. Darkened Days To Come
09. Coming Down
10. This Lonely Lake
11. Fading Star
12. The Enigma Of Life

Bonus Tracks:

13. Oscura Realidad
14. The Enigma Of Life (Versão acústica)

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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Álbum da Semana: Feed The Beast - Bonded By Blood


Proveniente da Califórnia, o Bonded By Blood é uma banda de thrash/speed metal que lançou o Feed The Beast em 2008 como sendo seu debut.

A banda se encaixa dentro da New Wave Of Thrash Metal e, deve-se dizer, é uma das principais e mais promissoras representantes do thrash contemporâneo. Como dá para perceber já pelo nome, os caras são muito influenciados principalmente pelo Exodus (cujo primeiro álbum deu origem ao título da banda), Testament, Slayer, etc. Riffs rápidos e cortantes que lembram o início da carreira dos titãs do gênero e cozinha bem pesada, com bateria e baixo agressivos, marcam o som do Bonded By Blood. O único ponto negativo (comum à maioria dos grupos do NWOTM) é o vocal juvenil demais devido à idade do vocalista Jose Barrales, problema que com certeza será resolvido à medida que Barrales for envelhecendo.

O disco simplesmente não pára um só minuto com a sua fúria, é uma paulada atrás da outra, começando por Immortal Life, uma das faixas mais vibrantes. A autointitulada é mais um destaque que, como a anterior, possui vozes fazendo um coro sinistro no refrão. O riff de Psychote Pulse e Civil Servant mostra por que o debut do Exodus os influenciou tão intensamente.

Os guitarristas Alex Lee e Juan Boogie fazem um grande trabalho em solos como o de Mind Pollution, The Evil Within e Feed The Beast. Outros bons destaques vão para as músicas Another Disease (possivelmente a melhor) e Tormenting Voices, apelando mais para os coros nervosos.

Provavelmente quem nunca apreciou o estilo, não irá gostar desse álbum também, pois nele há a junção dos elementos clássicos do gênero. Mas para os fãs de speed/thrash old-school e metal na sua forma crua, é uma boa pedida.

Tracklist:

Immortal Life
Feed The Beast
Psychotic Pulse
Necropsy
Mind Pollution
Another Disease
The Evil Within
Tormenting Voices
Civil Servant
Self Immolation
Vengeance
Theme From Teenage Mutant Ninj

Bonus Tracks:
Severe Violation
Unusual Punishment



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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Magnum - The Visitation [Review]


Por mais de 40 anos, os veteranos do Magnum atravessam gerações fundindo Hard Rock ao Rock Progressivo mantendo sempre um direcionamento ao chamado AOR. The Visitaion é o 16º álbum de estúdio da banda e mostra o grupo ainda em forma e no ritmo. O álbum é a prova disso tudo: 10 faixas muito bem produzidas, com Bob Catley, sem deixar a desejar, bastante enérgico nos vocais.

Para a abertura do álbum, Black Skies foi a escolhida. Com uma melodia rápida e pesada, a faixa é um dos grandes destaques do disco. Doors To Nowhere (com um solo memorável), Wild Angels (com um refrão marcante) e Midnight Kings são composições que relembram os tempos áureos da banda. Guitarras vigorosas, teclados criativos e variados arranjos vocais.

A faixa título é uma das que demonstram o maior toque progressivo característico do grupo, na parte intermediária há uma longa passagem instrumental atmosférica, que torna a canção bastante sofisticada. Assim como The Visitation, The Last Frontier e Freedom Day contam com arranjos que dão ares épicos às faixas. Em The Last Frontier há ainda uma orquestra convidada, que também dá as caras em Midnight Kings, mas aqui com menor destaque.

Spin Like A Wheel é a maior faixa do álbum e tem uma boa mudança de andamento, assim como um bom e extenso solo de guitarra. Mother Nature's Final Dance e Tonight's The Night são as baladas, esta última é a que completa o play.

The Visitation é mais um grande álbum da banda e chega a surpreender em alguns momentos. Sem soar repetitivo e muito menos abusando dos clichês do estilo que um dia os consagrou, Magnum segue fiel às suas raízes, mantendo um alto nível em relação a suas recentes produções.




Nota 8:


Black Skies
Doors To Nowhere
The Visitation
Wild Angels
Spin Like A Wheel
The Last Frontier
Freedom Day
Mother Nature's Final Dance
Midnight Kings
Tonight's The Night

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Álbum da Semana: In Search Of Truth - Evergrey


O Evergrey é uma banda de progressive metal originária da Suécia. Em 2001, lançou seu terceiro álbum de inéditas, In Search Of Truth, o primeiro a ganhar maior notoriedade. Esse é um álbum conceitual que trata do tema de abduções alienígenas, sendo baseado no romance Communion: A True Story, do ufologista e autor de horror Whitley Strieber.

A sonoridade progressiva com elementos de power metal estão bastante evidentes aqui, com riffs melódicos, refrões cheios de feeling e coros em diversos momentos nas faixas. Dois grandes destaques que merecem atenção: o vocal às vezes mais sensual e às vezes mais robusto de Tom S. Englund e o excelente trabalho do tecladista Sven Karlsson.

O álbum é cheio de complexidades e variedades, e repleto de uma atmosfera sombria que dá a cara ao Evergrey, e que casa perfeitamente com a temática conceitual, fazendo canções realmente muito poderosas. Os arranjos bem colocados são outro ponto positivo.

The Masterplan tem o peso necessário e conta com um refrão cativante. É seguida pela incrível Rulers Of The Mind, com bons riffs, uma inspirada performance vocal e uma impecável melodia de teclado. Watching The Skies apresenta o peso das guitarras ditando o ritmo e dá também mais espaço para solos de Karlsson.

State Of Paralysis possui pouco mais de dois minutos, com um belo e emocionante dueto de vocal e piano, e possui pedaços da letra de The Encounter. Essa e Mark Of The Triangle possuem pesados riffs que vão se quebrando dando lugar para intrincados arranjos e melodias. Ambas com aquela atmosfera única do disco.

Outro grande destaque fica por conta de Dark Waters, com seu início tenso de piano. Essa música transborda feeling e bom gosto para usar os coros no meio da canção. Different Worlds na sua maior parte nos trás de volta o emocionante dueto entre vocal e piano; porém, no seu final ela tem um grande solo de guitarra. A última é Misled que segue a fórmula de vocais, peso e melodia e apreensão.

O Evergrey conseguiu finalmente se achar em In Search Of Truth, dando-lhe um aspecto único e inovador. É o tipo de álbum que melhora a cada audição e que pode ficar no seu MP3 por muito tempo. Vale a pena ouvir.

Tracklist:

The Masterplan
Rulers Of The Mind
Watching The Skies
State Of Paralysis
The Encounter
Mark Of The Triangle
Dark Waters
Different Worlds
Misled



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sábado, 8 de janeiro de 2011

Pearl Jam - Live On Ten Legs [Review]

Pode não parecer nenhuma novidade ao vermos que o Pearl Jam lançará mais um álbum ao vivo, já que a banda tem o costume de lançar "bootlegs oficiais" de praticamente todos os shows de sua turnê. Porém "Live On Ten Legs"é um lançamento diferente, pois marca o aniversário de 20 anos da banda.
Foram selecionadas ao todo 18 músicas gravadas em shows das turnês de 2003 à 2010.

O disco começa bastante energético, nas cinco primeiras faixas para ser mais exato, iniciando com o cover de Arms Aloft e passando por ótimas performaces de músicas como State of Love And Trust e Animal, com o público cantando o refrão o mais alto que podem.
Também vale destacar a execução de músicas como In Hiding e Nothing As It Seems, além dos clássicos mais conhecidos (especialmente Porch e Jeremy). As músicas do álbum mais recente, "Backspacer", também não deixam a desejar ao vivo.
O repertório passa por todos os álbuns da banda, deixando apenas "No Code" de fora, infelizmente, e inclui também dois covers (Arms Aloft, Public Image)

Eddie Vedder não se mostra 100% em forma em algumas músicas, estando com uma voz ainda mais rasgada do que antigamente - consequência do tempo e dos cigarros - e acaba dando algumas escorregadas uma vez ou outra. De certa forma acaba sendo melhor assim; sem alterações no estúdio, deixando o disco soar exatamente como soa o show, o que torna a audição mais agradável, pois não há aquela sensação incômoda de artificialidade devido aos overdubs, muito presentes em vários álbuns ao vivo de outras bandas.
A mixagem do áudio é satisfatória, deixando todos os instrumentos bastante audíveis.

É difícil conseguir sentir a mesma sensação de assistir um show quando se ouve um álbum ao vivo, porém o Pearl Jam consegue chegar muito perto disso. "Live On Ten Legs" é uma ótima amostra do que uma banda como o Pearl Jam pode fazer no palco, mostrando que suas apresentações continuam relevantes mesmo após 20 anos.
"Live On Ten Legs" só chega às lojas no dia 17 de Janeiro, mas os interessados já podem encomendar sua cópia através da Amazon.com. O disco estará disponível na versão convencional e em um box limitado, contendo faixas bônus, o álbum em CD e vinil duplo, 6 posters, além de outros bônus.

Nota: 8,5

Tracklist:
1. Arms Aloft
2. Worldwide Suicide
3. Animal
4. Got Some
5. State of Love and Trust
6. I Am Mine
7. Unthought Known
8. Rearviewmirror
9. The Fixer
10. Nothing As It Seems
11. In Hiding
12. Just Breathe
13. Jeremy
14. Public Image
15. Spin The Black Circle
16. Porch
17. Alive
18. Yellow Ledbetter


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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Lazarus A.D. - Black Rivers Flow [Review]



Após o extremamente elogiado The Onslaught, álbum de estréia do grupo, o Lazarus AD apresenta Black Rivers Flow, que será lançado no dia 02 de Fevereiro. Em seu debut era visível a influência do Thrash Old School (solos rápidos e agressivos à la Slayer, vocal outrora de Rob Dukes) essas referências eram, entretanto, diminuídas por uma produção moderna.

Em Black Rivers Flow, é notável a evolução do grupo. Se primeiramente tentaram mostrar tudo o que podiam fazer ao mesmo tempo, agora eles escolhem como e quando vão soltar seus petardos. Em American Dreams, faixa de abertura, já se nota que a banda está no controle e não deixa se perder em nada. The Ultimate Sacrifice foi o primeiro single do álbum e arrebentou com longas passagens instrumentais, que vem se tornando um dos diferenciais do grupo, assim como Black Rivers Flow, o segundo single. É nessa faixa e em Eternal Vengeance, a maior do álbum e do grupo, por enquanto, que se vê pela primeira vez, uma introdução mais limpa e introspectiva.

O álbum todo é muito bem produzido: os solos, as bases... tudo se encaixa perfeitamente bem. Somente os vocais de Jeff Paulick que não soam tão brutais, assim como a bateria de Ryan Shutler que parece bem menos agressiva, quando comparadas ao The Onlaught; seriam os pontos negativos do álbum.

São poucos os detalhes que definem o diferencial entre os dois álbuns, apesar de Black Rivers Flow soar muito mais composto e arranjado que o anterior. Lazarus AD tem tudo para ser um nome cotado a estar entre os grandes do Thrash atual, já que mostra inovação e consegue agregar valor à suas composições, o que falta nas novas bandas do gênero. Black Rivers Flow logo de cara já é um nome provável nas listas de melhores de ano e merece ser ouvido várias e várias vezes.

Nota 9,5:




1. American Dreams

2. The Ultimate Sacrifice

3. The Strong Prevail

4. Black Rivers Flow

5. Casting Forward

6. Light A City (Up In Smoke)

7. Through Your Eyes

8. Beneath the Waves of Hatred

9. Eternal Vengeance



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Drive-By Truckers - Go Go Boots [Review]


Com lançamento previsto para 15 de Fevereiro, Go Go Boots vem a ser o 9º álbum de estúdio da banda Drive- By Truckers. É, basicamente, uma continuação de The Big To Do, lançado no inicio do ano passado e elogiado por ser um retorno as raízes do grupo.

A sonoridade passeando entre o Southern, o Alt./Country, já característicos, e agora com um pouco de Rhythm and Blues, criam um clima totalmente western, ou seja, um pano de fundo perfeito para as narrativas criadas por Patterson Hood (guitarra/vocal) e companhia, baseadas em grande parte em histórias de crimes, que nos remetem rapidamente ao velho oeste americano.

As 14 faixas do disco seguem essa mesma perspectiva: algumas são enérgicas, outras carregadas e, de sobra lisérgicas. Os destaques ficam por conta de Dancin' Ricky, cantada por Shonna Tucker (baixo/vocal), Everybody Needs Love, com seu refrão marcante e Used To Be A Cop toda emblemática.

Não ousaram, nem tentaram reinventar seu som, os clichês criados pelo grupo estão aí. Mas, mais uma vez, o Drive- By Truckers faz o que gosta de fazer, música descompromissada e de qualidade, feita por músicos talentosos. É isso o que agrada, e é isso que faz o grupo angariar seus fãs.

Nota: 8



I Do Believe (3:33)

Go-Go Boots (5:38)

Dancin’ Ricky (3:28)

Cartoon Gold (3:15)

Ray’s Automatic Weapon (4:27)

Everybody Needs Love (4:38)

Assholes (4:41)

The Weakest Man (3:21)

Used To Be A Cop (7:05)

The Fireplace Poker (8:16)

Where’s Eddie (3:03)

The Thanksgiving Filter (5:37)

Pulaski (4:26)

Mercy Buckets (5:24)

Legion Of The Damned - Descent Into Chaos [Review]

O Legion Of The Damned é uma banda holandesa de Thrash/Death Metal formada em 2004. "Descent Into Chaos" é o quinto álbum de estúdio da banda e chega hoje (07/01) às lojas de todo o mundo.

A banda tenta apostar novamente na fórmula de seus álbuns anteriores: riffs simples, porém cativantes, com uma forte influência de bandas oitentistas do gênero. Night Of The Sabbath é uma boa demonstração do que a banda se propõe a fazer e que funciona muito bem, a música entra em cena logo após a introdução de Intro - Descent Into Chaos que gera uma boa expectativa para o que está por vir.

O vocalista Maurice Swinkels utiliza o chamado drive vocal predominantemente em suas linhas vocais e em alguns momentos alternando para vocais guturais que se encaixam bem com o instrumental do restante dos músicos.

O problema com "Descent Into Chaos" é que ele não tenta ir além disso. O álbum apresenta bons momentos, mas não sai do convencional, gerando uma certa previsibilidade. Além disso, alguns riffs e seções acabam ficando um pouco abaixo da média do restante do álbum, como é o caso do refrão de Holy Blood, Holy Wars. O acréscimo de alguns solos seria uma boa alternativa para tentar dar um "quê" a mais para as composições.

Para os mais fanáticos pelo Thrash Metal com pitadas de Death Metal em sua forma manjada, "Descent Into Chaos" pode ser uma boa pedida assim como os trabalhos anteriores da banda. Já para aqueles que buscam algo a mais, talvez não haja muita coisa que os façam querer ouvir o álbum repetidamente.

Nota: 6

Tracklist:
1. Intro - Descent Into Chaos
2. Night of the Sabbath
3. War Is In My Blood
4. Shrapnel Rain
5. Holy Blood, Holy War
6. Killzone
7. Lord of the Flies
8. Desolation Empire
9. The Hand Of Darkness
10. Repossessed

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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Classic Albums: Highway To Hell - AC/DC


Quando se pensa em Rock N' Roll, a primeira palavra que vem em sua cabeça, provavelmente, é AC/DC. Pois bem, falando nos australianos, neste post vamos tratar da sua obra propulsora, Highway To Hell.

O ano era o de 1979, o rock em plena efervescência. O AC/DC já havia lançado no mercado alguns discos de grande qualidade como Let There Be Rock (1977) e Powerage (1978), começava a galgar lugar de destaque no cenário, abrindo concertos de bandas como Black Sabbath, Aerosmith e Kiss. Até que em Julho deste derradeiro ano da década de 70, Highway To Hell estava pronto e preparado para alavancar a ascensão definitiva da banda.

O disco emplacou vários hits como a faixa título, Touch Too Much e If You Want Blood. As letras falavam principalmente sobre mulheres, bebida e luxúria, como é o caso da já citada Touch Too Much, Girls Got Rhythm e Walk All Over You. Musicalmente apresentou elementos de rock puro; heavy metal que surgira das mãos criadoras do Sabbath e outros; e blues, juntando tudo num caldeirão e formando um som fervente e inovador, animado e empolgante. Nele há uma amostra da potência vocal de Bon Scott e o porque de ser considerado um dos maiores cantores da história do rock. A cozinha é simples e fica no básico. Nas guitarras, os irmãos Young também não são dois dos mais virtuoses, porém a eficiência de Malcolm com os riffs e bases e a forma com que Angus coloca a alma na música compensam qualquer falta de incríveis habilidades. A tonalidade deste álbum vai de rock frenético à melodias sensuais como a de Night Prowler (curiosamente encerrada com Scott pronunciando a frase "Shazboz nano-nano", uma expressão do TV show "Mork and Mindy" do ator Robin Williams). É inegável a influência da banda e dessa obra, milhões de músicos estão aí para comprovar isso.

Highway To Hell marcou também a entrada de um novo responsável pela produção. Originalmente, quem começou capitaneando o projeto foi o renomado produtor de rock Eddie Kramer, mas Kramer e a banda não chegaram a um consenso sobre alguns métodos de gravação. O posto acabou passando para o então novato na área, Robert John "Mutt" Lange, que devido ao sucesso do álbum, foi mantido para os consagrados "Back In Black" e "For Those About To Rock Salute You". As principais contribuições de Lange para o som do quinteto foi aumentar um pouco os decibéis, principalmente para a bateria de Phil Rudd, além de dar mais espaço tanto para Bon Scott quanto para os vocais de apoio de Malcolm Young e Cliff Williams, ouvidos abundantemente nos refrões.

Capas dos singles Girls Got Rhythm (1979) e Touch Too Much (1980)

Entretanto, dois acontecimentos marcaram negativamente essa era. O primeiro deles é que o álbum não repercutiu somente no campo da música, mas também na área do ocultismo e da religião. O quinteto recebeu muitas acusações de satanismo, muito pela letra de Highway To Hell (Autoestrada Para o Inferno) que supostamente (segundo fanáticos religiosos) fazia apologia ao demônio, quando na verdade a música é uma metáfora ao desejo de acabar com os valores ultrapassados da sociedade, um grito de uma juventude que queria mais liberdade e menos regras. E não parou por aí; a gota d'água foi a história do serial killer Richard Ramirez, grande fã dos australianos. Ramirez costumava vestir uma camisa do AC/DC quando cometia seus crimes, chegando inclusive a deixar um chapéu da banda no local onde atacou uma de suas vítimas. Durante seu julgamento, ele murmurava "Hail Satan" e exibiu o pentagrama gravado na sua palma da mão. Também foi alcunhado de Night Stalker (Perseguidor da Noite), claramente devido ao fato de que sua música favorita era Night Prowler. Tudo isso gerou uma imagem extremamente negativa para o AC/DC, que mais tarde alegou que a referida música falava sobre um rapaz que entrava furtivamente no quarto de sua namorada, sem os pais da garota saberem. De qualquer forma, tiveram que encarar protestos de pais durante seus concertos em Los Angeles, na época. O resultado foi que a sigla AC/DC logo recebeu um falso significado pelos puritanos de plantão: Anti Christ/Devil's Children (Anti-Cristo/Filhos do Demônio). A origem do nome, na realidade, veio das iniciais da parte de trás de uma máquina de costura da irmã mais velha dos Young, significando alternating current/direct current (corrente alternada/corrente contínua).

A outra baixa foi a morte de Bon Scott, em fevereiro de 1980. Consta que Scott passou a noite inteira na bebedeira em Londres, sendo declarado morto no dia seguinte, devido a intoxicação por álcool. Apesar da enorme perda, o grupo decidiu continuar com o então novo vocalista, Brian Johnson, marcando uma nova era para o AC/DC.

Mesmo com essas indesejáveis ocorrências, "Highway To Hell" ficou gravado na história e obteve importantes marcas: foi o primeiro álbum da banda a entrar no top 100 Americano, com o 17° lugar; é o 58° colocado na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame; e alcançou o n° 199 na lista dos 500 melhores álbuns de todos os tempos da revista especializada Rolling Stones. Sem contar que sua canção título é uma das mais tocadas nos funerais que ocorrem na Austrália!

Para baixar esse clássico imperdível, você deve ser cadastrado no nosso fórum. Se já é, basta clicar AQUI.


Tracklist:

Highway To Hell
Girls Got Rhythm
Walk All Over You
Touch Too Much
Beating Around The Bush
Shot Down In Flames
Get It Hot
If You Want Blood (You've Got It)
Love Hungry Man
Night Prowler


Integrantes:

Bon Scott - Vocalista
Angus Young - Guitarrista
Malcolm Young - Guitarrista e vocal de apoio
Cliff Williams - Baixista e vocal de apoio
Phil Rudd - Bateria

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Stratovarius - Elysium (Resenha)


Os finlandeses do Stratovarius voltam em 2011 com seu décimo terceiro álbum de inéditas, o segundo sem o seu ex-principal componente Timo Tolkki.

Quem achava que com a saída do "cérebro" do grupo em 2008, o Stratovarius ganharia nova forma e nova direção, se enganou. Tanto Polaris (2009) quanto o novo Elysium seguem à risca o velho e conhecido som das antigas da banda, porém sem a grande qualidade de álbuns como o "Visions". Não que Elysium seja ruim, mas não é algo muito empolgante.

O disco inicia com um dos dois singles escolhidos, Darkest Hours, que tem uma melodia e um refrão bacanas. Essa é a melhor música do álbum, com mais inspiração. As próximas faixas vêm apenas para manter um bom nível: Under Flaming Skies e o segundo single Infernal Maze.

Com algum esforço você gosta da quarta faixa, Fairness Justified, que é a mais balada do álbum, com coros no refrão e um bom solo lento. Entretanto, a partir de The Game Never Ends, você começa a se sentir entediado, o que se confirma com as faixas Lifetime In A Moment e Move The Mountain. O Stratovarius costuma sempre por uma música de tom rápido e cortante no meio das outras mais melódicas, e desta vez quem cumpre esse papel é a Event Horizon que volta a animar um pouco. Quem fecha é a autointitulada com seus longos dezoito minutos, dando-nos um banho de repetição, como se eles tivessem pegado todo o álbum e sintetizado naqueles quase vinte minutos.

O fato é que a ausência de Tolkki não é notada à "ouvido nu", devido ao mesmo caminho tomado pela banda após a saída do seu líder. Não deve entrar nas listas de melhores do ano e nem dá um quê a mais para a carreira dos finlandeses, mas não é de todo ruim. Porém, se você for daqueles que não tem paciência para metal melódico nórdico, mudará de play antes de chegar à metade.

Nota: 6,5




Tracklist:

Darkest Hours
Under Flaming Skies
Infernal Maze
Fairness Justified
The Game Never Ends
Lifetime In A Moment
Move The Mountain
Event Horizon
Elysium

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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Álbum da Semana: Allied Forces - Triumph


Lançado em 1981, o quinto álbum de estúdio, Allied Forces, veio consolidar o auge dos canadenses do Triumph de maneira memorável e ficar gravado como o melhor álbum da banda.

O que se pode dizer desse trabalho é que como todos na carreira do Triumph, fez uma mescla de hard rock setentista (apesar deste ano ser na década de 80, a cara é dos anos 70), blues e rock progressivo marcando um som eclético e muito interessante, além de ser o álbum mais pesado da banda. Um fator que conta a favor é a possibilidade de se contar com dois bons vocalistas (algo frequente nessa época como nos mostra Kiss, Pink Floyd, Kansas, entre outros). Gil Moore, além de competente baterista, atua cantando nas faixas Fool For Your Love e na auto-intitulada. Já o guitarrista e vocalista principal, Rik Emmett, demonstra sua qualidade nas outras canções com seus agudos que lembram os de Geddy Lee dos conterrâneos do Rush. Quem completa o power trio é o baixista Michael Levine, que é outro como uma espécie de "multiutilidades", fazendo também o papel de tecladista, produtor e organizador dos concertos.

A abertura Fool For Your Love começa animando e dá lugar ao grande clássico Magic Power com sua atmosfera emocionante que sempre é aproveitada nos shows. Air Raid é uma intro para Allied Forces que possui um dos melhores solos do disco. Outra música que possui um excelente solo é a acelerada Hot Time (In This City Tonight) onde Emmett arrasa com sua guitarra.

Fight The Good Fight com sua levada prog é outro hit promocional e que ganha destaque. Ordinary Man inicia com sua parte melódica para no meio se tornar mais rápida e pesada e retornar à parte melódica depois. E como em todo disco do Triumph, Emmett embala neste uma faixa solo de violão, a Petite Etude. E quem fecha é Say Goodbye como mais um ótimo destaque neste álbum maravilhoso.

Allied Forces se tornou uma grande referência no mundo do rock and roll, com suas músicas passando bastante na TV na época, inclusive aqui no Brasil. Se você curte um bom rock setentista, não pode deixar essa passar.


Tracklist:

Fool For Your Love
Magic Power
Air Raid
Allied Forces
Hot Time (In This City Tonight)
Fight The Good Fight
Ordinary Man
Petite Etude
Say Goodbye


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sábado, 1 de janeiro de 2011

Mentes Que Inspiram - J. R. R. Tolkien

Por Pedro Kirsten

No primeiro "Mentes Que Inspiram", tratamos da vida e obra do ocultista Aleister Crowley e da música inspirada por ele. Desta vez falaremos sobre J. R. R. Tolkien, um dos maiores nomes da literatura do século XX, e suas obras, que continuam servindo de fonte de inspiração para músicos dos mais diversos gêneros musicais até hoje.

John Ronald Reuel Tolkien nasceu em Bloemfontein na África do Sul em 3 de Janeiro de 1892. Aos 3 anos de idade, Tolkien, seu irmão Hilary Arthur e sua mãe, Mabel Suffield, mudaram-se para a Inglaterra. O plano era passarem apenas uma temporada no país devido a questões de saúde de Mabel e seus filhos, mas acabaram permanecendo ali por toda a vida, pois em 1896 o pai, Arthur Tolkien, faleceu antes de se juntar à família. Isso tornou a renda da família muito limitada, impedindo-os de retornarem à Bloemfontein.
Mabel passou a ensinar seus filhos em casa, onde Tolkien ganhou interesse pela botânica e leitura, e mais tarde passou a estudar na King Edward's School. Aos 12 anos, sua mãe faleceu devido à diabetes. Ele e seu irmão passaram a viver com o Padre Francis Xavier Morgan e converteu-se ao catolicismo.

Iniciou sua carreira acadêmica em 1911, na Universidade de Oxford. Estudou inicialmente Arte e Culturas Clássicas, mas em 1913 mudou-se para o curso de Inglês e Literatura, se formando em 1915 como o primeiro aluno da classe.
Em 1916, mesmo ano em que se casou, Tolkien foi chamado para defender a Inglaterra na Primeira Guerra Mundial, tendo sobrevivido à Batalha do Somme, na França. Um ano depois nasceu seu primeiro filho e no ano seguinte, após contrair tifo, J. R. R. Tolkien pôde retornar à Inglaterra. Durante este período ele iniciou o "Livro dos Contos Perdidos", que mais tarde se converteria para "O Silmarillion". Após o fim da guerra, passou a trabalhar como professor e filólogo, sendo um importante contribuidor para o New English Dictionary.

A idéia para "O Hobbit" surgiu em 1928 enquanto corrigia as provas de seus alunos, ele contou que: "Um dos alunos deixou uma das páginas em branco – possivelmente a melhor coisa que poderia ocorrer a um examinador – e eu escrevi nela: 'Em um buraco no chão vivia um hobbit', não sabia e não sei por quê." Somente dois anos depois ele começou a escrever "O Hobbit" a partir desta frase, porém abandonou a obra no meio. Mais tarde foi encorajado a terminar o livro e em 1937 foi publicada a primeira edição.
Com o enorme sucesso da publicação, a editora queria lançar mais obras de Tolkien. Ele ofereceu "O Silmarillion", considerada por ele sua principal obra, mas a editora não o considerou "comercialmente publicável" e sugeriu uma sequência para "O Hobbit". Tolkien aceitou o desafio.

"O Senhor dos Anéis" chegou às mãos da editora em 1949, porém só foi publicado em 1954, pois a idéia de Tolkien era que "O Silmarillion" também fosse lançado, como uma espécie de primeiro volume, mas foi novamente rejeitado pela editora. Graças ao "Senhor dos Anéis", o escritor ganhou reconhecimento internacional. A obra criou um chamado "mundo secundário" e graças ao enorme conhecimento linguístico do escritor também criou novas línguas para suas obras, onde a mais elaborada é o élfico. Dentre as influências literárias presentes em "O Senhor do Anéis" pode-se notar principalmente as mitologias nórdica e britânica, além de obras como o "Anel de Nibelungo" e "Beowulf".

J. R. R. Tolkien morreu na Inglaterra no dia 02 de Setembro de 1973. Outros trabalhos do escritor foram lançados após sua morte, entre eles "O Silmarillion".

Apesar de não serem as únicas, as obras que mais influenciaram músicos foram "O Hobbit", "O Silmarillion" e "O Senhor dos Anéis". No Heavy Metal, talvez o fato mais notável seja o Blind Guardian, que lançou o álbum "Nightfall in Middle-Earth" inteiramente inspirado em "O Silmarillion". Além é claro das diversas canções inspiradas nos livros de Tolkien presentes em outros álbum, a mais óbvia de todas é sem dúvida Lord of the Rings do álbum "Tales from the Twilight World". O Summoning também possui inúmeras canções sobre o tema, assim como o Battlelore, que possui toda a discografia tratando do mundo de Tolkien. Entre os dinossauros do Rock, não se pode deixar de citar o Led Zeppelin; Jimmy Page e Robert Plant eram dois leitores de Tolkien, as músicas inspiradas em suas histórias são: Ramble On, The Battle of Evermore e Misty Mountain Hop. A banda austríaca Rivendell possui influências desde seu nome (Rivendell é uma cidade fictícia da Terra Média), que é também o nome de uma canção do Rush presente no álbum "Fly by Night", além de The Necromancer do álbum "Caress of Steel". Fora o Rivendell, outras bandas também se inspiraram em Tolkien para escolherem seus nomes, como o Gorgoroth (nome de uma área de Mordor) o Burzum e Amon Amarth.
As influências não param por aí, por isso separamos algumas músicas "Tolkien-based" na playlist abaixo. Obviamente não são todas, mas deixa a noção da enorme influência do escritor sobre bandas de Rock e Heavy Metal:



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