O guitarrista Ronnie Wood, ex-Faces e atual Rolling Stones, lançou o terceiro disco da sua carreira solo, que se iniciou nos anos 1970. O título reflete muito bem a atmosfera do disco, é uma sensação de simplicidade e espontaneidade, algo que acontece com uma certa frequência em discos de músicos já consagrados e que não precisam se esforçar para mostrar seu talento.
Em I Feel Like Playing, Ron Wood conta com músicos renomados em sua banda de apoio, entre eles, músicos da banda de apoio dos Rolling Stones, os guitarristas Slash e Wandy Wachtel (da banda solo de Keith Richards, X-Pensive Winos), o baixista Flea (Red Hot Chilli Peppers) e o baterista Steve Ferrone, que já tocou com Eric Clapton e Tom Petty & The Heartbreakers.
O disco chega com um rock direto e com solos e riffs descompromissados e fervorosos, como em Lucky Man - melhor faixa do álbum -, e Thing About You, com participação de Billy Gibbons, guitarrista do ZZ Top, e no cover da clássica Spoonful, de Willie Dixon.Ainda assim, há espaços para outros ritmos, como o reggae carregado de swing em Sweetness My Weakness, conduzida por uma guitarra pulsante e envolvente. O blues também ocupa um bom espaço de I Fell Like Playing, que chega com majestosas e belíssimas faixas que mostram o talento de Ron Wood, que consegue ousar em vários ritmos de música, sempre com belos trabalhos de guitarra, prevalencendo-se em Why You Wanna Go And Do A Thing Like That For, I Gotta See, e a faixa de encerramento, Forever.
2 comentários:
Minha favorita deste álbum é Lucky Man, tremenda sonzera, meio balada, meio paulada...
A voz de Ronnie é curiosa, muito anasalada, e mesmo assim agradável.
Só acho que seria legal uma participação do Keith Richards no álbum. Os dois se muito bem, musicalmente falando.
Eles fazem uma coisa que o Keith chama de "tecelagem", termo que só se compreende ao conferir algum live dos Stones.
Mas enfim! Esse álbum é animal!
Lucky Man é realmente uma grande faixa, como você disse, ela vem como se fosse uma balada, mas depois o coro come e se transforma num Hard paulera.
Quanto a participação de Keith, eu achei legal que ele não entrasse, pois aí teríamos outros grandes nomes, como os citados no texto, Billy Gibbons, Eddie Vedder e etc.
Mas não há dúvidas, é um discaço! Provavelmente entrará na minha listinha de melhores discos do ano, vamos ver se entra na do pessoal.
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