Por Gabriel Albuquerque
Formado em 2008, na Suécia, com um EP e um disco lançados na Europa em 2010. Isso é tudo o que se sabe sobre o Ghost, o novo queridinho dos headbanguers desde que seu álbum de estréia, Opus Eponymous foi lançados nos EUA, em janeiro de 2011. E eles já contam com alguns ilustres admiradores, entre eles, o guitarrista e vocalista do Metallica, James Hetfield, e Phil Anselmo, que usou uma camiseta do grupo em sua apresentação no SWU.
Não se sabe quem são os músicos que integram o Ghost. Todos só dão às caras sob a pesada e super produzida maquiagem e figurinos que usam no palco; ou seja, vestimentas de monges católicos para os instrumentistas e um visual ''papa-macabro'' para o vocalista. Enfim, o Ghost segue a linha de Alice Cooper e Kiss, somado à uma divulgação anti-marketing que alavancou à carreira do razoáveis, porém largamente idolatrado, Slipknot.
Até aí, sem problemas. Afinal de contas, em meio à tantas novidades e sons antigos para se descobrir, é natural que se explore o quesito visual para se destacar em meio à esse turbilhão de informações. Mas quando o assunto é música, o Ghost deixa à desejar.
Inspirados pelo lado místico de pesos-pesados do início do heavy metal, como Black Sabbath, Blue Oyster Cult e Pentagram, eles mantém um boa sonoridade orgânica. A banda ainda é composta por músicos habilidosos, como se percebe no riff de baixo galopante de ''Con Clavi Clon Dio'', nos vocais quentes de ''Elizabeth'' e, por fim, na instrumental ''Genesis''. Mas essas qualidades se perdem em meio à composições fracas, forçada e exageradamente satanistas, feitas para manter a estética demoníaca da banda, mas que na verdade, não assusta nem seu irmãozinho pequeno.
Boas e acessíveis canções, com boa (e positivamente simples) instrumentação e vibração, como ''Ritual'', ''Prime Mover'' e ''Con Clavi Clon Dio'' acabam por serem descartadas por tentar impor de qualquer maneira esse satanismo de botequim inocente e inssoso. Coisa que só impressiona à esses jovens rebeldes sem causa, que vão se debruçar sobre o Ghost para parecem diferentes - algo como ''mamãe, eu sou do mal!'' ou ''pai, agora sou do diabo!''.
Ao Ghost, segue um conselho: deixem de frescuras e firulas desnecessárias; esqueçam essa idiota pose/estética satânica e façam música naturalmente. Se isso vim a acontecer, poderemos ouvir um ótimo disco de heavy metal. Potencial eles já tem.
Nota 6,0
Tracklist:
1. Deus Culpa
2. Con Clavi Clon Dio
3. Ritual
4. Elizabeth
5. Stand By Him
6. Satan Prayer
7. Death Knell
8. Prime Mover
9. Genesis
5 comentários:
Tá de palhaçada né? Você ao menos olhou ao redor? NINGUÉM elogia o Ghost por causa de seu visual, isso não foi o responsável por praticamente nada na hora de promover a banda, muito menos a temática satanista. O Ghost ganhou o destaque e merecimento por causa da música, basta ler qualquer comentário sobre a banda. Dizer que a banda só impressiona adolescentes rebeldes sem causa é o cúmulo do ridículo. Não tem nenhuma informação sobre o disco, o cidadão apenas ficou falando mal do visual da banda que em nada influência no trabalho e criticando os fãs, naquele típico "argumento" furado onde já ataca aqueles que eventualmente o criticarão.
Ouvir disco de heavy metal e reclamar de temática satanista também é o fim. Não, não estou querendo pagar uma de satanista, mas é uma temática frequente, tanto em bandas clássicas como atuais, se incomodar com isso é perda de tempo.
Anônimo, acho que ele criticou mais a forma como o Ghost aborda o tema do que o tema em si, pois, como vc mesmo disse, esse é um tema bem frequente.
Também não gostei muito do disco. A qualidade técnica da banda é indiscutível, mas achei as músicas um pouco fracas e a temática realmente parece forçada em alguns momentos. Mas isso não chega a comprometer. Se as músicas fossem boas, mesmo com a temática exagerada, acharia um ótimo disco.
Não acho que o Ghost tenha um apelo comercial só pelas roupas e temática, até pq o som não é tão acessível assim. É o tipo de som que eu gosto e poucos procuram resgatar, só acho que eles deveriam se empenhar mais mesmo. Qualidade eles têm de sobra
Eu acho que penso um pouco diferente dos três. Achei o álbum excelente e, apesar de simples, as atmosferas são riquíssimas. Acho que a temática das letras se casa perfeitamente com as harmonias, coisa que pouca gente sabe fazer. Uma coisa é sentar e ler as letras fingindo ser filósofo, outra coisa é ouvir a mesma letra com a música por trás, tentando entrar no clima da coisa, muda completamente, dá mais vida e sentido. Não vejo maneira melhor de abordar este tipo de temática do que o jeito que a banda fez.
Isso tudo deixa a sonoridade muito mais "assustadora" (note as aspas!) do que muita banda de Black Metal, por exemplo, que confundem peso com quantidade de distorção (eu gosto de muitas bandas de Black Metal, antes que reclamem). Nesse quesito o Ghost foi muito feliz, na hora de juntar a estrutura com os arranjos e as letras. É a sonoridade que muita banda de heavy metal procura e não encontra, e o Ghost conseguiu fazer da maneira mais simples, mas ainda sim eficaz, possível.
O lance das roupas considero indiferente para o disco.
Do jeito que falei parece que o disco é a maior maravilha do mundo, mas não é bem assim, mas o considero muito longe de ser fraco.
Cada tem o seu gosto mas falar que o disco é fraco é pura falta de conhecimento do estilo.
Na minha opinião o disco é maravilhoso. Rock/Metal "alá" Mercyful Fate, resgatando o Rock/Metal simples e bem feito.
E eles mostram uma originalidade sem igual sim, pois a temática altamente satânica deles só se compara com a do Black Metal( Que escuto 90% do meu tempo) e ver esta mesma temática em um Rock simples é muito diferente sim e também muito inteligente.
E quanto a indumentária deles, todo mundo fala que não importa, mas são todos hipócritas pq no fundo todos adoram e é sim um diferencial muito maneiro.
Nossa, esse foi com certeza um dos reviews mais amadores que eu li. Amigo, segue um conselho. Não se prenda tanto a falar de lado estético de uma banda quando fizer o review do seu ALBÚM. A temática satanista não deveria incomodar tanto alguém que se propõe a fazer reviews de rock e heavy metal. Erros de português grosseiros também deveriam ter sido evitados. Boa sorte no próximo review.
Postar um comentário