sexta-feira, 4 de março de 2011

Jag Panzer - Scourge Of The Light (Resenha)


Após um hiato de sete anos desde o ótimo Casting The Stones (2004), a banda estadunidense de heavy/power metal Jag Panzer é mais uma que retorna ao público com seu novo trabalho denominado Scourge Of The Light.

As composições são bastante heavy, com uma melodia que pende para o power metal dos anos 80. A banda sempre foi e é muito influenciada pelo movimento chamado New Wave Of British Heavy Metal, o que contribui para sua blindagem tradicional. Sua sonoridade apresenta similaridades com o Nevermore, principalmente na atmosfera um tanto dramática das músicas e no vocal que varia do caótico ao compassado.

Apesar da grande baixa que foi a perda do guitarrista Chris Broderick para o Megadeth, a banda conseguiu preencher muito bem o posto com a volta de Christian Lasegue, que em sua reestreia mostrou solos competentíssimos, encaixando muito bem com as bases de Mark Briody. Já o vocalista Harry Conklin continua chamando as atenções para sua potente voz às vezes grave, outras vezes agudíssima. Harry também usa efeitos de delay, combinando bem com o estilo da banda e deixando as frases com mais impacto.

Scourge Of The Light nos traz um repertório redondinho com dez faixas excelentes, sem nenhum momento ruim ou chato. A canção mais agressiva do disco foi escolhida para iniciar: Condemned To Fight vem como um petardo! As faxias seguintes nos trazem um sólido conjunto de músicas melodramáticas no ponto certo, uma respeitável cadeia musical de metal: The Setting Of The Sun, Bringing The End e Call To Arms.

Let It Out possui mais peso, um riff mais "speed" e uma bateria marcante. Stjernquist volta a dar as caras com sua presente batera no riff de Union, que diga-se de passagem, possui o refrão mais "catchy" do disco. Burn, apesar do nome, inicia e termina com uma leveza advinda do piano de Briody; mas no intermédio das passagens desse instrumento, os vocais se apresentam mais marcadamente agudos e as bases são novamente aceleradas. Pra fechar brilhantemente temos The Book Of Kells, mais progressiva, mais sinfônica, com direito até a coros.

Retornando de forma muito digna, o Jag Panzer presenteia seus adoradores com um excelente álbum, muito bem produzido, muito bem feito. De volta à sua forma antiga, eles continuam deixando um fio de esperança para que façam uma inédita passagem pelo Brasil.

Nota: 8,5



Tracklist:

Condemned To Fight
The Setting Of The Sun
Bringing The End
Call To Arms
Cycles
Overlord
Let It Out
Union
Burn
The Book Of Kells

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