sexta-feira, 18 de março de 2011

Review: Van Der Graaf Generator - A Grounding In Numbers


Por Guilherme Vaz

Aguardado a tempos, A Grounding In Numbers foi lançado no dia 14/3, ou, tomando como base a língua inglesa, 3, 14. A data não foi escolhida por acaso, pois esses são os três primeiros dígitos do numeral pi (π). Além da arte da capa e da data de lançamento, são várias as referências 'matemáticas' do álbum. Na sugestiva Mathematics, por exemplo, temos várias menções a Identidade de Euler, o "poema matemático".

O álbum já é o segundo lançado como trio, depois da saída do saxofonista e flautista David Jackson em 2005. A sonoridade, tende portanto a ser mais parecida com Trisector, porém é melhor preenchida, demonstrando uma melhor adaptação à nova formação, e mais diversificada que o antecessor. Entre as 13 faixas do disco, podemos ver composições mais enérgicas e simplistas, que não ultrapassam a marca de 7 minutos. Portanto, não há nenhuma canção épica, uma das características da banda. The Quiet Zone/The Pleasure Dome de 77 é, além desse, o único com essa particularidade.

Os destaques ficam por conta de Bunsho, uma das poucas que enfatizam o trabalho nas guitarras de Peter Hammil, Mr. Sands com belos arranjos e a imponente All Over The Place, escolhida para o encerramento. Outras faixas interessantes são Smoke e 5533. Hugh Banton assume a guitarra na primeira e Guy Evans na seguinte.

A intensa repetição de determinados trechos faz com que o álbum se torne um pouco maçante em seu decorrer. Mesmo assim, A Grounding in Numbers não desvalorizará a carreira do grupo, mas também não acrescentará muito a mesma. É um álbum consistente e ao mesmo tempo diferente. Vale a pena conferir, pois ele traz em si bons momentos e referências para a modernização do prog.

Nota: 8





Tracklist:

1. Your Time Starts Now
2. Mathematics
3. Highly Strung
4. Red Baron
5. Bunsho
6. Snake Oil
7. Splink
8. Embarassing Kid
9. Medusa
10. Mr. Sands
11. Smoke
12. 5533
13. All Over the Place

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1 comentários:

... a falta que o Sax de David Jackson faz, fora isso até que é um bom disco não compara-se aos clássicos Still Life, Pawn Hearts etc mas dá para ouvir.


Boa resenha, parabéns

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