quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Review: Akribi - Black Morning Sun


Por Rodrigo Luiz

Há pouco tempo na ativa e depois de algumas mudanças no seu line-up, a banda sueca Akribi se estabeleceu e lançou recentemente o álbum Black Morning Sun, seu debut, através do selo independente Jymden Music. Com uma gama de influências, sendo a do Dream Theater a mais notória, a banda mostra neste disco um progressive metal muito variado e agradável, executado com extrema técnica.

Em termos de musicalidade, a banda é um primor. As duas primeiras faixas do disco, "Puppies Of War" e "Where The Water Meets The Sky" já dão mostras disso, principalmente a segunda, onde o tecladista Andreas Tiberto abre todo o seu leque de timbres, do som mais tradicional ao do piano, e até alguns sons estranhos, mas que funcionam muito bem em solos bastante técnicos, duelando por vezes com o guitarrista David Lidell. Variação e técnica também marcam presença na melódica "Surface", em "The Sum Of It All" e na ótima instrumental "Blue Clay".

A vocalista Jessica Ähman mostra versatilidade, impondo sua voz de maneira convincente nas partes mais pesadas, como na faixa "Wither And Die", e enaltecendo a delicadeza de outras como "The Plains Of Nevermore" e da faixa-título "Black Morning Sun", fazendo um excelente trabalho nos tons mais suaves, além de "Angel Kiss", uma linda balada com um ótimo trabalho no teclado. Muitos a acharão brega, e que cairia melhor em um musical da Broadway, mas a canção acaba sendo um dos destaques do disco, muito bem encaixada.

"The Sum Of It All" e "Carry The Rain" são o ponto alto do disco. Ambas tem fortes seções intrumentais, a primeira com um tom mais obscuro e mais destaque no teclado de Andreas Tiberto, e a segunda com mais variações entre partes pesadas e leves, e mais destaque para a guitarra de David Liddel. Mas acima dos destaques individuais, vale ressaltar o quanto a banda está entrosada nestas canções.

Em seu debut, o Akribi se mostra uma banda coesa e bem entrosada apesar do pouco tempo junta, e sem abusar do tecnicismo comum ao estilo e com variações que o impedem de soar repetitivo. Algumas canções inclusive ficam presas na cabeça, o que é algo muito bom e inusitado para este tipo de disco. Black Morning Sun é um álbum bastante consistente e gera expectativas para outros futuros bons discos.


Nota 8,5


Tracklist:
01. Puppies Of War
02. Where The Water Meets The Sky
03. Surface
04. Angel Kiss
05. Blue Clay
06. Carry The Rain
07. Wither And Die
08. The Plains Of Nevermore
09. The Sum Of It All
10. Black Morning Sun

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