quarta-feira, 22 de junho de 2011

Review: UnexpecT - Fables of the Sleepless Empire

Por Guilherme Vaz 

Considerados um dos expoentes do avant-guarde metal extremo desde 2006 com "In a Flesh Aquarium", os canadenses do Unexpect (grafado também muitas vezes como uneXpect, unexpecT e UnexpecT) lançaram recentemente seu mais novo álbum de estúdio "Fables of the Sleepless Empire".

Mais variados do que as grafias do nome da banda são os diversos estilos que constituem sua música: black metal, death metal, thrash metal, progressive metal, melodic heavy metal, música clássica, dark cabaret, opera, música medieval, electro, ambient, noise, música cigana, música de circo, funk e jazz. Todas essas influências contribuem para o desenvolvimento do que mais chama a atenção no trabalho do grupo: a complexidade enfatizada em cada faixa de seus álbuns.

Se comparado com seu antecessor, "Fables of the Sleepless Empire" não trouxe grandes inovações. No entanto, é notável sua melhor produção e direcionamento para as composições, assim como o amadurecimento dos músicos, trazendo a tona faixas mais sólidas e coesas. As melodias soam mais claras e mais dinâmicas, mantendo seu brilho com trechos caóticos e por vezes passagens limpas, que se destacam com muita intensidade.

A capacidade técnica de cada integrante da banda é algo a parte. Seja pelo baixo de 9 cordas que cria linhas incríveis de groove juntamente a riffs encorpados de guitarra ou pelo violino totalmente avant que se sobressai com linhas paralelas ao peso do restante dos instrumentos, os músicos se fazem notar com muita virtuose. Os vocais são em sua maioria femininos, mas há também os masculinos. Ambos se destacam pela variedade de rosnados, grunhidos e guturais que muitas vezes criam arranjos se juntando ou alternando com vocais limpos.

"Fables of the Sleepless Empire" é daqueles álbuns que merecem ser ouvidos várias e várias vezes para se assimilar toda a riqueza de detalhes presente em cada uma de suas faixas. As várias camadas instrumentais que beiram a insanidade por tamanha complexidade e diversidade empregadas fazem deste a obra-prima da banda e mais um ponto de referência para o Metal Extremo. Superá-lo não será fácil, assim como foi árduo superar "In a Flesh Aquarium" (o que alguns, ainda, não acreditam ter sido feito). Um dos melhores álbuns de Metal lançados esse ano e acredito que, até o final deste, dificilmente será batido.

Nota: 10

Tracklist:

Unsolved Ideas of a Distorted Guest
Words
Orange Vigilantes
Mechanical Phoenix
The Quantum Symphony
Unfed Pendulum
In the Mind of the Last Whale
Silence this Parasite
A Fading Stance
When the Joyful Dead are Dancing
Until yet a few more Deaths do us Part



2 comentários:

Ultimamente tenho me surpreendido com a quantidade e qualidade técnica das bandas canadenses. Dei uma ouvida nessa no youtube, e é incrível, extremamente técnica e bem produzida, dá pra perceber bem todos os instrumentos, é muito experimental, mas eu gosto de coisas assim, rs.
Vou dizer um de meus candidatos favoritos ao "título" de melhor álbum do ano. Obscura - Omnivium. valeu

É isso mesmo, William, muitas bandas do Canadá estão ganhando grande destaque atualmente. Essa, por exemplo, despontou com as inovações presentes no segundo álbum deles, muito experimental também, vale o download.

Já ouvi boas recomendações quanto a esse novo do Obscura. Tô dando bobeira em ainda não tê-lo baixado.

Valeu pelo comentário.

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