quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Disco da parceria entre Mikael Åkerfeldt e Steven Wilson será lançado em abril


Foi anunciado que o primeiro álbum de estúdio do Storm Corrosion, projeto proveninente da parceria entre
Mikael Åkerfeldt (Opeth, Bloodbath) e Steven Wilson (Porcupine Tree, Blackfield), chegará às lojas em abril de 2012 via Roadrunner Records. O anúncio foi feito através do Facebook oficial do projeto, inaugurado hoje.

Além de Åkerfeldt e Wilson, o projeto também conta com as participações de Gavin Harrison na bateria, Ben Castle nos intrumentos de sopro, e Dave Stewart nos arranjos de cordas.

Mais informações em breve.

12 comentários:

Steven Wilson e Mikael Äkerfeldt são dois gênios contemporâneos da música, provavelmente o Storm Corrosion lançará um disco nada menos que excelente, seja qual for o rumo musical que o projeto tome.

Gênios também não, hein? São dois grandes músicos, concordo; mas gênios... Mesmo assim também fiquei curioso pra ver no que vai dar.

Não sou fanático por nenhuma das duas bandas (sério), mas (apesar de ser relativo) só quem não conhece a banda para não compreender a genialidade do Opeth ou é excesso de saudosismo (tem gente que parece que tem medo de reconhecer a genialidade de alguns músicos contemporâneos, pois acha que apenas os grandes nomes do passado possam ser considerados assim).

Basta ver a quantidade de bandas que vieram depois tentando fazer o mesmo som do Opeth e nunca conseguiram, além do estilo único que a banda criou, harmonias e arranjos extremamente complexos. Não há guitarrista com o fraseado semelhante ao de Akerfeldt e não há banda que consiga trabalhar tão bem os contrastes entre o peso na música como o Opeth. Desconsiderando a popularidade, se a banda possui tudo o que grandes gênios da música possuem, por que considerá-los apenas bons músicos?

Não estou querendo fazer ninguém gostar da banda, pois como disse, nem eu sou grande fã. Também não estou querendo marginalizar o termo "gênio" e sair chamando todo mundo assim, mas neste caso é diferente.

Anônimo, pessoalmente, acho o Opeth um saco. São músicos extremamente técnicos, mas não tem musicalidade pra fazer um bom som. Parece que querem mostrar tudo que sabem em cada faixa.

Atualmente não me conheço um músico genial em tempo integral. Há grandes bandas e ótimos músicos e compositores que tem seus momentos de genialidade - para citar exemplos, o novo disco do Machine Head e do compositor maranhense Pélico, são geniais.

Sem falar em grandes bandas, que não tem um líder em si, mas lançam discos geniais. Por exemplo, o Arcade Fire, só lançou 3 discos, mas são 3 discaços.

Pra ser gênio tem que ter um trabalho muito longo, se passando vários anos. Cinco ou seis discos ainda são muito pouco pra se definir um gênio. E gênios também erram, claro, só que com pouca frequência. A grande questão se dá com a passagem do tempo.

O Jonny Greenwood, guitarrista e verdadeiro cabeça do Radiohead, é um grande concorrente ao meu ver. Nem tudo que o Radiohead fez é genial. O último álbum mesmo é só um bom disco. Chamá-lo de gênio ainda é precoce. Mas se ele tiver a sorte de ter uma longa carreira, e de ter bons projetos paralelos, talvez consiga esse título, ao passo que o enxergo como músico extraordinário.

Não queria entrar nessa discussão, acho ela extremamente chata, irrelevante e ninguém vai chegar em conclusão nenhuma, mas vou mesmo assim. Cada um está com uma definição de "gênio" diferente da do outro o que complica ainda mais as coisas. Não acho que um tal 'gênio' precise ser genial em tempo integral nem que alguém só possar ser considerado assim após vários discos ou anos de carreira. Basta pegar os Beatles como exemplo, que ficaram na ativa por apenas 10 anos e possuem discos que não estão a altura de seus maiores clássicos, mas isso não diminui em nada o conceito que acredito que todos temos deles.

Porém apesar de tudo, não vejo como estabelecer um critério eficiente para definir a genialidade na música, pois a arte é subjetiva e transmite sensações diferentes para cada um. Considero 'gênios' especialmente aqueles músicos que conseguem mexer com minhas emoções, que conseguem transmitir algo para mim, que me inspirem, me façam sentir bem e deem sentido ao meu dia e porque não à vida? E certas vezes a tal da originalidade nem é fator tão relevante assim. Se alguém consegue compor algo que transmita tudo isso, o que falta para reconhecer essa tal genialidade? Afinal, não é para termos essas sensações que todos nós ouvimos música? (Desculpem todo o sentimentalismo barato :) )Tudo isso pra dizer resumidamente que genialidade é relativa e não universal.

É claro, também tem a questão da musicalidade e do lado menos pessoal e sentimental da coisa (apesar de ter ligação c/ o que foi dito no parágrafo anterior), que não é algo tão subjetivo e é possível estabelecer critérios comparativos e é o que costuma me fazer reconhecer o talento/"genialidade"/importância mesmo de artistas que não fazem o meu gosto. Além de ser fator importante na hora de escrever um review por exemplo, já que não dá apenas para dizer que tal disco é bom ou ruim, é necessário argumentar o porque. Mas isso fica pra outra hora.

Agora falar que o Opeth "São músicos extremamente técnicos, mas não tem musicalidade pra fazer um bom som. Parece que querem mostrar tudo que sabem em cada faixa." não dá. Achar a banda um saco tudo bem, ninguém escolhe do que vai gostar e ninguém tem o direito de criticar. Mas os caras do Opeth estão extremamente longe de serem 'extremamente técnicos' e 'quererem mostrar tudo que sabem em cada faixa'. Não estou querendo dar uma de fan-boy, mas são argumentos que não fazem o mínimo sentido, só o Damnation, por exemplo, é uma antítese completa à isto. O trecho "não tem musicalidade pra fazer um bom som" não vou nem comentar.

Agora falando finalmente da notícia, estou ansioso em relação a este projeto. Steven Wilson já produziu alguns discos do Opeth, mas vê-lo participando diretamente do processo de composição com o principal compositor da banda é algo que me deixa curioso para ver o resultando. Ainda mais depois do ótimo disco solo lançado por ele este ano.

Esse último comentário define bem alguns pontos do que penso em relação ao assunto "genialidade". Acho que, como tudo na música, ela pode ser meio irracional e pessoal, com seu conceito variando de pessoa para pessoa. Porém isso não tira a obrigação de reconhecermos o talento de certos músicos e sua "genialidade", pois quando deixamos o lado pessoal e irracional de lado entra então a questão musical e outros fatores que nos fazem reconhecer bons e maus músicos, "gênios" ou não, independente de nossos gostos pessoais. Como vários aqui escrevem críticas musicais, acho que entendem o que quero dizer. Ou nunca aconteceu de, por exemplo, darem uma nota mais baixa ao disco por não ser tão "bom" nos critérios estabelecidos, mas nem por isso deixarem de ser especiais para você? Ou de dar uma nota alta mesmo para um trabalho que você provavelmente não ouvirá novamente, mas nem por isso deixa de reconhecer a competência e a qualidade?

Levando isso em conta, será que não ouve um certo exagero em seu comentário, caro Gabriel, ao se referir ao Opeth? Não estou querendo ser chata, deseducada ou tentar dar uma de fã que defende a banda cegamente (pois reconheço quando uma banda que gosto lança algo que não seja tão bom), mas o que você escreveu simplesmente não condiz com a realidade, em qualquer ponto de vista. O trecho "São músicos extremamente técnicos, mas não tem musicalidade pra fazer um bom som. Parece que querem mostrar tudo que sabem em cada faixa." não tem lógica, basta ouvir qualquer disco da banda. Também nunca ouvi alguém dizer que a banda não tem musicalidade, nem mesmo daqueles que odeiam ela, justamente pelo fato de ela ser reconhecida pela sua alta musicalidade. E agora não estamos falando de algo subjetivo e pessoal.

Desculpa se dei uma de chata, mas se é isso que você pensa da banda recomendo que ouça melhor a discografia, pois ou você não está conseguindo compreender a música do grupo direito ou conhece muito pouco do seu trabalho ou se empolgou demais para tentar discordar do comentário do cara anônimo.

Aproveito para parabenizar todos os redatores do blog e destacar que foi o primeiro site a dar a notícia. Gigantes como o Blabbermouth só foram noticiar um dia depois de ser postado aqui. :)

Ser gênio hoje em dia é diferente de ser gênio na época dos Beatles. Elvis foi gênio tendo vários discos adocicados e cafonas. Por que? Ele representa a explosão do Rock, junto dos Beatles. Elvis teria sido gênio mesmo se tivesse morrido em 1958, dois anos depois de lançar o primeiro disco. São gênios pela função histórica, por quebrarem preceitos e tabus importantes.

Atualmente essa possibilidade está esgotada. Talvez haja exceções, porém só o tempo irá definir. Nada hoje é uma completa novidade. E é nesse contexto que digo que ser gênio hoje em dia é bem mais difícil. Talvez atuais artistas sejam considerados geniais apenas daqui algumas décadas. Josh Homme é um outro bom candidato.

Quanto ao Opeth, não opino. Nunca escutei sequer uma música da banda. Entretanto, acho esse tipo de debate importante. Só que debater é trocar argumentos e opiniões. Não concordou com o Gabriel, ótimo! Deixe o por quê de você gostar aí. Não precisa tentar mudar o conceito dele, ou se desculpar por parecer fã. Aí o debate se transforma em combate.

Entendo você, Fernanda. Mas ao passo que ninguém é o dono da verdade e que é humanamente impossível ser imparcial sempre, criticar é expressar a sua preferência mesmo. É a sua opinião. É o seu gosto. Achei o último álbum do Bon Iver maravilhoso. Gabriel achou um dos piores do ano. Ele amou o do Yuck. Eu já detestei. Tanto Bon Iver e Yuck são bem elogiados pela crítica mais conceituada. Isso significa alguma coisa? Não! Ouça você mesmo. Gostou? Não? Isso é o que importa pra você, o que você pensa!

Abraços a todos!

Augusto, não sei se você se referiu a mim também ou apenas a Fernanda, mas se for o caso acho que fui mal compreendido, já que na internet não temos como saber a entonação da pessoa e eu devo ter parecido sério ou nervoso, quando na verdade foi o contrário.

Ninguém está tentando ser o dono da verdade e eu não quis tentar mudar a opinião do Gabriel ou algo do tipo, muito pelo contrário (também creio que a Fernanda não o quis fazer). Apenas discordei e falei o porque, no caso porque não acredito que as afirmações definem o som da banda em questão, independentemente de eu ou ele gostar ou não, da mesma forma que ele fez em relação ao comentário do anônimo e da mesma forma que você está fazendo. A última coisa que quero é criar algum tipo de combate, ainda mais com o Gabriel, já que dificilmente discordamos das coisas quando falamos de música.

Quanto a esse assunto de que cada um deve ouvir o que gosta independente do outro, foi justamente isso que quis dizer em todo o meu comentário.

Fernanda, quanto ao que você disse sobre a crítica musical até concordo, mas como já havia dito também há uma ligação com o gosto pessoal. Se todas as críticas fossem imparciais elas não seriam críticas e seriam todas iguais, porém concordo que é necessário saber reconhecer um bom trabalho mesmo quando ele não se aproxima tanto de nossas preferências pessoais. Mas não existe jeito certo, cada um leva em conta o que considera mais importante e relevante, por isso é interessante ver pontos de vista diferentes em relação a um mesmo assunto, no caso, música.

Abraços.

Nem se eu quisesse abrir essa questão eu conseguiria fazer uma discussão dessas se desenrolar, rs. Pois bem, todo mundo já apresenteou os seus argumentos e eu concordo que a genialiadde de tal músico seja relativa e não vou dizer muito porque concordo completamente com o dois últimos comentários.

Por exemplo, amigo Gabriel, eu considero Chuck Schuldiner um gênio, ele praticamente criou um estilo e revolucionou o metal de certa forma. Conhecendo o seu gosto, acho que a música dele não faria efeito algum em você e dificilmente você o consideraria um gênio. A música atinge as pessoas de formas muito diferentes.

Acho que as pessoas têm muito cuidado ao usar essa palavra quando se referem à música, principalmente entre pessoas que consomem música como algo importante, como nós. Acho tbm que há um certo "medo" em banalizar esse termo, ainda mais quando nos referimos à músicos contemporâneos. Por tudo que já mostraram, eles merecem ser chamados de gênios. Pelo menos na minha opinião

Não acrescentei muita coisa à essa discussão, mas acho que é sempre bom disctir sobre música e trocar ideias, acho que devia acontecer mais nos comentários do blog, rs. E obrigado pelo elogio, Fernanda, não tava sabendo disso. #chupablabbermouth

Só pra registrar, em "dois últimos comentários", leia-se o do Pedro e o da Fernanda.

Calem a boca aí, bando de ignorantes! Gênios hoje só Axl e o Slash, seus burros! Guns N' Roses, "é nóis"! ;D

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