Por Pedro Kirsten
Após ser deixado de lado pelo Yes enquanto se recuperava de problemas de saúde, o vocalista Jon Anderson esteve em Florianópolis na última semana para abrir uma série de shows no Brasil. Depois de passar os últimos meses em uma turnê conjunta com Rick Wakeman para promover o primeiro álbum da dupla, "The Living Tree" (2010), e de lançar seu mais novo trabalho de estúdio, "Open" (2011), o músico vem ao Brasil com uma proposta mais intimista, trazendo um show acústico apenas com voz e violão.
Após ser deixado de lado pelo Yes enquanto se recuperava de problemas de saúde, o vocalista Jon Anderson esteve em Florianópolis na última semana para abrir uma série de shows no Brasil. Depois de passar os últimos meses em uma turnê conjunta com Rick Wakeman para promover o primeiro álbum da dupla, "The Living Tree" (2010), e de lançar seu mais novo trabalho de estúdio, "Open" (2011), o músico vem ao Brasil com uma proposta mais intimista, trazendo um show acústico apenas com voz e violão.
O local escolhido para a apresentação foi o Floripa Music Hall, mesmo local onde o Yes se apresentou, sem Jon Anderson, em novembro do ano passado com a casa de shows praticamente lotada (confira a resenha do show). Desta vez a figura foi bem diferente e o músico teve que encarar a falta de público, cerca de apenas 300 presentes que se espalharam pelos diversos setores disponíveis, aumentando ainda mais a sensação de vazio. Por outro lado, isso serviu para o público acompanhar a apresentação ainda mais de perto e criar uma certa sensação de intimidade com o músico.
Jon Anderson, porém, não se mostrou incomodado em momento algum com o baixo número de presentes e tocou uma enxurrada de clássicos para a alegria dos fãs. Os principais sucessos do Yes não ficaram de fora e canções como Yours Is No Disgrace, And You And I, Wonderous Stories, Owner of a Lonely Heart, Roudabout e Starship Trooper ganharam versões adaptadas para a proposta acústica do músico, ou seja, mais simples, já que nem o próprio se considera um violonista formidável.
Entre uma música e outra houveram algumas pausas para histórias. Antes de I'll Find My Way Home, música proveniente da parceria entre Jon Anderson e Vangelis, Jon contou que devido às baixas vendas na estreia do álbum "The Friends of Mr. Cairo" (1981) a gravadora pressionou os músicos para que acrescentassem uma canção mais 'pop' ao disco. Jon contou que Vangelis resistiu no início dizendo "eu não quero ser um popstar Jon" e ele respondia "apenas pense no dinheiro!". O single, após ter sido incluído no disco, se tornou um dos maiores sucessos da dupla, permanecendo nas paradas europeias durante 14 semanas. Antes de I've Seen All Good People, Anderson mencionou que sempre cita o Brasil antes de tocar a música em outros países, dizendo que os brasileiros amam cantá-la como ninguém. O músico também anunciou que pretende ensaiar todas as canções de seu primeiro álbum solo, "Olias of Sunhillow" (!976), para uma possível turnê em 2012.
Em certo momento, Jon deixou o violão de lado para tocar seu teclado, executando um medley com Set Sail (Communication), Close to the Edge, Heart of the Sunrise e The Revealing Science of God, além de Marry With Me Again, ao qual dedicou à sua esposa, Jane Luttenberger, que assistiu ao show sentada na primeira fila. Em seu ukulele, o público se divertiu durante The Light of Love, já que até quem desconhecia a música não deixou de cantar o "bum, bum, bum" do refrão.
No final das contas, foi um show extremamente competente e especial para os fãs de Yes e Jon Anderson. O músico mostrou que sua voz permanece em perfeito estado. Ok, uma música ou outra foi modulada para tons mais baixos, porém o cantor não demonstrou cansaço na voz ao final da apresentação e realizou uma performance praticamente impecável, mesmo com 67 anos de idade nas costas. Quem cometeu a ingenuidade de não ir ao show por pensamentos do tipo "ah, é só voz e violão, é picaretagem, nem deve ser tudo isso" acabou perdendo uma excelente apresentação e uma chance única de viajar pela carreira de uma das maiores vozes da história do Rock Progressivo.
Entre uma música e outra houveram algumas pausas para histórias. Antes de I'll Find My Way Home, música proveniente da parceria entre Jon Anderson e Vangelis, Jon contou que devido às baixas vendas na estreia do álbum "The Friends of Mr. Cairo" (1981) a gravadora pressionou os músicos para que acrescentassem uma canção mais 'pop' ao disco. Jon contou que Vangelis resistiu no início dizendo "eu não quero ser um popstar Jon" e ele respondia "apenas pense no dinheiro!". O single, após ter sido incluído no disco, se tornou um dos maiores sucessos da dupla, permanecendo nas paradas europeias durante 14 semanas. Antes de I've Seen All Good People, Anderson mencionou que sempre cita o Brasil antes de tocar a música em outros países, dizendo que os brasileiros amam cantá-la como ninguém. O músico também anunciou que pretende ensaiar todas as canções de seu primeiro álbum solo, "Olias of Sunhillow" (!976), para uma possível turnê em 2012.
Em certo momento, Jon deixou o violão de lado para tocar seu teclado, executando um medley com Set Sail (Communication), Close to the Edge, Heart of the Sunrise e The Revealing Science of God, além de Marry With Me Again, ao qual dedicou à sua esposa, Jane Luttenberger, que assistiu ao show sentada na primeira fila. Em seu ukulele, o público se divertiu durante The Light of Love, já que até quem desconhecia a música não deixou de cantar o "bum, bum, bum" do refrão.
No final das contas, foi um show extremamente competente e especial para os fãs de Yes e Jon Anderson. O músico mostrou que sua voz permanece em perfeito estado. Ok, uma música ou outra foi modulada para tons mais baixos, porém o cantor não demonstrou cansaço na voz ao final da apresentação e realizou uma performance praticamente impecável, mesmo com 67 anos de idade nas costas. Quem cometeu a ingenuidade de não ir ao show por pensamentos do tipo "ah, é só voz e violão, é picaretagem, nem deve ser tudo isso" acabou perdendo uma excelente apresentação e uma chance única de viajar pela carreira de uma das maiores vozes da história do Rock Progressivo.
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