domingo, 8 de agosto de 2010

Order Of The Black - Black Label Society (Resenha)

Após quatro anos desde o lançamento do até então último álbum de estúdio, Shot To Hell, o Black Label Society volta à mídia com seu mais novo petardo: Order Of The Black. Pra quem não esperava muito desse disco por achar que o velho Zakk estava ficando repetitivo e chato, com certeza deverá rever sua opinião.


O bom deste trabalho é que ele não lembra em nada o insosso Shot To Hell. Pode sim remeter ao Mafia, por exemplo, pois ele traz de volta todo o som vibrante e cheio de energia da banda. Outro aspecto que gerava bastante expectativa era como se sairia Will Hunt em sua estréia pelo Black Label. O baterista, que substitui o competente Craig Nunenmacher, era visto com desconfiança por muitos fãs, devido principalmente ao fato de constar em seu currículo o nome da banda Evanescence (onde ainda se encontra ligado). Entretanto, o músico obteve muito êxito nas baquetas e acabou de vez com a incredulidade que o rondava, não sendo exagero dizer que a bateria ganhou em qualidade. O ponto negativo fica por conta do baixo que não se sobressai como os outros instrumentos.

O álbum inicia com a estonteante Crazy Horse, que tem potencial de hit. Nela, Zakk Wylde mostra que mantém duas características que vêm marcando o som de sua banda: os inconfundíveis pinch harmonics (ou harmônicos artificiais) que já são praxe, além de efeitos de estúdio utilizados nas suas linhas vocais, especialmente nos refrões.

A próxima é Overlord, candidata a melhor faixa, com o melhor refrão do álbum e um excelente solo. Aqui está destacada a presença de Hunt, bem como na seguinte, Parade Of The Dead, single que já havia sido disponibilizada na internet. Nela, Wylde despeja mais e mais harmônicos artificiais num riff contagiante.

Com três pedradas logo de saída, nada melhor que uma balada para acalmar os ânimos. Quem cumpre essa função é Darkest Days, com um acompanhamento de piano bem legal. E diga-se de passagem, o solo é muito bonito, calmo como a canção pedia.

Black Sunday e Southern Dissolution vêm para animar novamente e manter o bom nível. Após elas, mais uma balada, Time Waits For No One (falando sobre a brevidade do tempo, tema que vem sendo presente nas letras do ex-chefe de Wylde, Ozzy Osbourne).

Agora é a vez de mais um petardo, Godspeed Hellbound, que tem um poderoso riff e pode funcionar bem tocada ao vivo. Vale destacar mais esse solo "alucinado". War Of Heaven e Shallow Grave dão continuidade. A última também possui belo trabalho de piano. Aliás, as baladas deste álbum demonstraram grande qualidade de melodia.

Uma música que chama mais atenção pelo nome exótico do que por qualquer outra coisa é Chupacabra, uma instrumental de violão ao estilo de Speedball do álbum 1919 Eternal. Riders Of The Damned repete a fórmula das outras músicas, com riff vigoroso, solo selvagem e refrões com efeitos vocais, sendo a última pesada do álbum. Mas pra encerrar, ainda temos January, feita com bases de violão. Ela remete bastante ao álbum solo do guitarrista, Book Of Shadows.

Order Of The Black é uma porrada na orelha que vem para dar novo gás à banda de um dos maiores expoentes da guitarra. Será difícil não se empolgar e mais difícil ainda será conter a expectativa de uma passagem deles pelo Brasil, algo que já parece certo.




Tracklist:

Crazy Horse
Overlord
Parade Of The Dead
Darkest Days
Black Sunday
Southern Dissolution
Time Waits For No One
Godspeed Hellbound
War Of Heaven
Shallow Grave
Chupacabra
Riders Of The Damned
January

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1 comentários:

Esse tempo que o BLS ficou parado serviu pra dar uma repensada e não voltarem com um cd repetitivo, enjoativo, mantendo tradições. Inovações têm que acontecer, mas claro, mantendo o rumo que sempre teve. Mudanças sem manter o foco caracteriza falta de personalidade na banda. E isso, o BLS nunca fez. Particularmente admiro muito Zakk Wylde, suas letras, suas formas de compor arranjos, e é ele quem faz a personalidade do Black Label. Esse album novo ficou do caralho, meus parabéns. Mesmo. ;)

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