
Em entrevista ao Metropolis Music, os americanos do Into The Void falam sobre seu novo álbum, a cena Metal da região, o processo de criação de seus clipes e muito mais
"Sweet Sour apresenta o trio ainda mais flexível, partindo de canções puramente densas à composições com toda a sutileza do folk."
"As velhas ideias deste senhor ainda são muito superiores à várias novas sensações do cenário musical."
Mas o Pink Floyd não teve essas características durante toda a sua vida. Em 1964 estava sendo formada uma banda que contava com Nick Mason na bateria, Roger Waters no baixo, Richard Wright nos teclados e piano e Syd Barret, guitarrista, vocalista e principal compositor do grupo. O grupo foi rejeitado pela crítica da época, que não entendia a música de bandas como o Pink Floyd, mas os jovens, que se afundavam cada vez mais no LSD e na psicodelia amaram o quarteto.
O primeiro Single do Pink Floyd foi Arnold Layne, música que falava sobre um travesti que roubava roupas íntimas. Como é de se esperar, essa não foi uma música que levou a banda à mídia; isso veio a acontecer com o segundo single, See Emily Play, que fala sobre uma jovem aristocrata psicodélica.
Enquanto a banda ia sendo mais aceito por parte de crítica e público, o líder do Pink Floyd não ia bem; Syd Barret se afundava cada vez mais no vício do LSD e acaba saindo da banda. Antes de sair da banda, Syd trouxe à banda mais um guitarrista e vocalista, David Guilmor, que tocou junto com Syd e o resto da banda no segundo disco, A Saucerful Of Secrets.
Depois de Syd Barret, o Pink Floyd adotou a teatralidade para os seus shows, algo que se tornaria sua marca registrada mais tarde. Um grande momento teatral da banda foi o show que eles fizeram no anfiteatro de Pompei, na Itália, que foi destruído por lava vulcânica há quase 2.000 anos.
Apesar de alcançar grande fama na Inglaterra, eles ainda não eram muito conhecidos nos EUA, mas isso mudou a partir do Dark Side Of The Moon, um disco conceitual, que falava sobre guerra, loucura e as pressões do mundo moderno. A partir do Dark Side Of The Moon o som do Pink Floyd ficou menos experimental, mas não menos progressivo; tornou-se mais maleável e mais fácil gostar da banda, assim Dark Side Of The Moon foi sucesso não só nos EUA, mas no mundo todo, tornando-se o terceiro disco mais vendido dos dias atuais, com mais de 40 milhões de cópias vendidas no mundo inteiro.A partir do Dark Side, banda lançou outros discos que lhe renderam conseguiu mais fãs e mais hits, como Confortably Numb, Wish You Were Here, Another Brick In The Wall e Run Like Hell.
Mais tarde, Roger Waters decidiu sair da banda, e sem ele, foi gravado o disco A Momentary Lapse Of Reason. Mesmo sem o principal compositor da banda, o disco ficou em terceiro lugar no Reino Unido, mas assim como em seu sucessor The Division Bell, o disco recebeu muitas críticas, dizendo que apenas David Guilmor participou, e com mais algumas brigas, a banda acabou.
Em 2005, a banda se reuniu, e com o aumento significativo em CD´s da banda, começaram os rumores sobre mais uma turnê da banda, porém, em 2006 Guilmor negou tudo. Esse ano Waters confirmou que irá se encontrar com Guilmor para mais um show. Eis sua declaração no seu Facebook:
“Como poderia recusar tal oferta? Eu não poderia, não tinha como. Generosidade ultrapassa o medo. E assim explicando que eu provavelmente seria uma droga [nos vocais do dueto], mas se ele não se importava, eu também não me importaria. Eu concorde e o resto é História. Nós tocamos junto e foi excelente. Fim da história. Ou possivelmente, o início”
O Anathema, banda fundada pelos irmãos Cavanagh, retorna após 7 anos com seu oitavo álbum de estúdio "We're Here Because We're Here", apostando em uma sonoridade mais progressiva, alternativa e atmosférica.
O death/doom apresentado pela banda em seus primórdios já não ecoa tanto, a partir de Eternity, o som do grupo vem sofrendo mudanças com um direcionamento para composições mais complexas e melódicas, o que fica mais que comprovado nesse álbum.
A faixa que abre o disco é "Thin Air", com um instrumetal de certa forma agressivo, por conta de sua aceleração, é também sutil: graças aos arranjos vocais, carregados de feeling. Os trabalhos de teclas, cordas e percussão também são muito bem feitos, aliando peso e sutileza em todo o álbum.
"Summernight Horizon" é bastante intensa, a faixa ganha beleza com os vocais da cantora Lee Douglas bem a mostra, contrastando com os riffs acelerados.
"Dreaming Light" e "Angels Walk Among Us", no qual Ville Valo do HIM dá as caras, são duas ótimas baladas que merecem destaque por conta de sua orquestração.
"Presence" é talvez a música mais atmosférica do álbum, o vocal falado e o instrumental suave dão um toque intimista a essa composição.
"Universal", também com qualidade indiscutível, tem como ponto alto o baixo acentuado e um solo de guitarra carregado de feeling que fala por si só.
A "Simple Mistake" e "Hindsight", ambas beirando oito minutos e meio, merecem destaque por conta de sua complexidade nas longas passagens instrumentais.
A temática do álbum gira em torno do “homem”, seus relacionamentos, suas ambições, seus sentimentos e suas frustrações.
A mixagem do álbum foi por conta de Steven Wilson, do Porcupine Tree.
Apesar da mudança de sonoridade, que não agradou alguns fãs, a banda continua fazendo um ótimo trabalho. O álbum merece ser ouvido sem ressalvas.
Tracklist:
1. "Thin Air" – 5:59
2. "Summernight Horizon" – 4:12
3. "Dreaming Light" – 5:47
4. "Everything" – 5:05
5. "Angels Walk Among Us" (featuring Ville Valo) – 5:17
6. "Presence" – 2:58
7. "A Simple Mistake" – 8:14
8. "Get Off Get Out" – 5:01
9. "Universal" – 7:19
10."Hindsight" – 8:10
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Para a nossa Semana Especial, vamos falar de uma banda que continua contribuindo, ao longo de 40 anos, com o Rock Progressivo: o Rush. Além de fazerem um hard rock primoroso, o trio por apresentar grandes habilidades instrumentais, composições complexas e um lirismo primoroso ficaram conhecidos também como expoentes do prog.
A banda foi formada em 1968, por Jeff Jones, vocalista e baixista; Alex Lifeson (Alex Zivojinovich) guitarrista e John Rutsey, baterista. O nome da banda foi sugerido pelo irmão de Rutsey. Geddy Lee (Gary Lee Weinrib) substitui Jones ainda no mesmo ano.
O primeiro álbum da banda, Rush, foi lançado de forma independente em 1974, é um ótimo álbum de hard rock, mas que não apresentava o tipo de música que projetaria a banda. Neil Peart substitui Rutsey, por problemas de saúde, duas semanas antes do inicio das turnês, criando a formação que permanece até hoje.
Em 75, “Fly by Night” é lançado, já contando com a participação de Peart nas composições, se afastaram do blues e do hard rock, com letras e arranjos mais complexos. "Caress of Steel”, lançado no mesmo ano, e “2112" em 76, ambos álbuns conceituais, flertaram ainda mais com o progressivo. "All The World is a Stage", primeiro álbum ao vivo do trio também saiu em 76.
A” Farewell to Kings", lançado em 1977, mostrou ainda mais maturidade quanto ao som da banda. "Cygnus X-1”, um dos temas do álbum, seria citado posteriormente em vários outros, principalmente em “Hemispheres” de 1978. Hemispheres por sua vez é considerado um dos melhores trabalhos da banda e seu ultimo grande álbum conceitual.
No inicio da década de 80, começaram a se aproximar da musicalidade das rádios, compondo faixas de durações menores, aumentando assim a acessibilidade ao seu som, apesar disso, a qualidade de sua música permanecia indiscutível. "Permanent Waves" (1980), com o hit "Spirit of Radio" e "Moving Pictures" (1981) com "Tom Sawyer", tiveram ótimas vendagens, o ao vivo "Exit Stage Left" foi lançado também em 81.
"Signals" (1982), "Grace Under Pressure" (1983), "Power Windows" (1985) e "Hold Your Fire" (1987), caracterizam a fase dos sintetizadores e dos temas futuristas, "Show Of Hands", ao vivo, foi lançado em 88. Peart recebeu ótimos críticas pelo trabalho na bateria de Signals. Nesse período trocaram de co-produtor três vezes, o cargo ficou por último com Peter Collins.
Na tentativa de resgatar sua sonoridade antiga e simplificar seu som lançaram "Presto" (1990), "Roll The Bones" (1991) e "Counterparts" (1993), álbuns que não obtiveram boa receptividade dos fãs, principalmente por uma aparente má produção.
Com o lançamento de "Test For Echo", em 96, receberam boas criticas de publico e mídia especializada. O álbum tem um som criativo e conciso, porém não apresenta composições longas, as faixas beiram os 5 minutos. "Retrospective I" com clássicos entre 1974 a 1980 e "Retrospective II" que aborda sucessos de 1981 a 1987 foram coletâneas lançadas em 97.
Different Stages (1998,) álbum triplo ao vivo, tinha os 2 primeiros CDs gravados durante as turnês de Counterparts e Test For Echo, o terceiro CD vinha de um concerto gravado em 78, o álbum conta com uma excelente produção e performance indiscutível dos músicos.
Os trabalhos da banda foram interrompidos após Test For Echo, devido a duas tragédias: a morte da mulher e da filha de Peart. Câncer e um acidente de carro, respectivamente, foram as causas das mortes.
Voltaram a ativa em 2002, com Vapor Trails, na turnê do álbum passaram pela primeira vez no Brasil. O DVD e CD Rush In Rio, gravado no Maracanã, foi lançado em 2003.
Snakes & Arrows, o último álbum de estúdio da banda foi lançado no dia 1 de maio de 2007, ele mostra a banda ainda em forma e mantendo sua ótima sonoridade.