Por Douglas Paraguassú
A expectativa para o sucessor do aclamado Endgame era grande e, como um dos últimos lançamentos do ano, Thirteen veio para acabar com a espera dos fãs com o status de um dos discos mais aguardados de 2011.
Considerado pela maioria como uma bandeira do Thrash Metal, penso que, apesar de ser um dos fundadores do estilo, o Megadeth produziu quatro álbuns no gênero (os quatro primeiros) e a partir do Countdown To Extinction deixou um pouco de lado o thrash de raiz para fazer um som mais calcado no heavy metal tradicional. Junta-se a isso uma preocupação mais rítmica e melódica e temos os últimos álbuns.
Na bateria, Shawn Drover, muito criticado, não faz feio. As bases de guitarra, além de alguns solos, são mais uma vez executadas com grande competência por Mustaine, que nunca deixa de acertar a mão. Chris Broderick desfila sua técnica afiada, mas ainda deixa muito a desejar no quesito musicalidade, faltando a ele compor solos realmente significativos. Por fim, David Ellefson, co-fundador junto a Mustaine, marca seu retorno à banda após nove anos fora. Ellefson faz boas bases, porém, como um dos pontos negativos, faltou mais espaço ao baixo em algumas faixas.
Em Thirteen talvez não tenha nenhuma música tão marcante quanto "Head Crusher", mas é um disco mais compacto que Endgame. As únicas músicas descartáveis são "Guns, Drugs & Money" e "Fast Lane", ambas com riffs e refrões fracos e manjados. Das músicas regravadas, a boa "New World Order" pouco mudou; "Black Swan" ganhou riff e base mais pesados, mas a letra é a mesma; a bela meia-balada "Millenium Of The Blind" é a que mais mudou, ganhou adições na letra como o refrão que antes não tinha. A cadenciada "We The People" e a excelente "Deadly Nightshade" não parecem ser músicas do Megadeth, o que não as tira sua boa qualidade. Destaques ainda para o single "Public Enemy No 1" (ouça no player abaixo), "Sudden Death" (que mudou para muito melhor em relação à original para o game Guitar Hero) e a faixa-título "13" - um pouco superestimada por Ellefson ao dizer que esta canção resumiria toda a carreira do grupo.
Thirteen não decepciona os que apreciam a nova fase do Megadeth, apesar de que não satisfará aqueles que insistem em enterrar a banda nos anos 90. Um ótimo disco de Heavy Metal melódico (não confundir como sinônimo de power metal e afins) que vale a audição.
Nota: 8,0
Tracklist:
Sudden Death
Public Enemy No. 1
Whose Life (Is It Anyways?)
We The People
Guns, Drugs & Money
Never Dead
New World Order
Fast Lane
Black Swan
Wrecker
Millennium Of The Blind
Deadly Nightshade
13
Ouça ''Public Enemy No. 1''
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