domingo, 5 de fevereiro de 2012

Review: Chemical Brothers - Don't Think


Por Gabriel Albuquerque

Por si só, Don't Think, o filme-concerto e primeira superprodução visual da veterana dupla eletrônica Chemical Brothers já seria aguardado com certa empolgaç!ao. Formado pelos DJ's Tom Rowlands e Ed Simons, o conjunto sempre investiu pesado em seu visual, criando verdadeiros clássicos em forma de vídeo clipe. Mas Don't Think tem um brilho. Com direção do amigo Adam Smith (que também fez o elogiado vídeo de ''Galvanize'', de 2005), o filme objetiva mostrar uma apresentação da banda sob a perspectiva do público; mostrar como é estar num show do Chemical Brothers, uma dos nomes mais importântes do gêneros e precursor do Big Beat, ao lado de Fatboy Slim

O filme, exibido pela rede de cinemas UCI, capta a performance do grupo no Fuji Rock Festival, no Japão em 2001, com 22 câmeras de alta definição espalhadas pelo palco e pela platéia. Ao longo de seus 90 minutos, acompanhamos as animações psicodélicas, surreais, por vezes tensas, do telão; um show de luzes frenético em perfeito sincronismo com as batidas; e o mais curioso: as reações(euforia, gritos, bocas abertas, surpresas, êxtase) de determinados expectadores em meio à platéia gigantesca de 50 mil pessoas.

Ainda que alguns expectadores se levantem da cadeira e fiquem dançando em frente à tela, Don't Think não chega de fato a nos inserir naquele show do Chemical Brothers. afinal de contas, ainda estamos presos na sala de cinema. Mas ele nos dá uma noção de como é grandioso e um breve panorama da sensação de pertencer ao espetáculo do Chemical Brothers. Seu jogo de imagens e sons é extremamente poderoso e chega a nos deixar em estado de transe por alguns momentos. Uma experiência sensorial que prova que a música eletrônica vai além daquele bate-estaca repetitivo e também pode mexer com o coração e a mente humana.

Nota 9,0:



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